14 setembro, 2015

Não fode minha playlist!


A pior coisa do final de um relacionamento é que a porra das músicas que eram - teoricamente - "de vocês" e que você AMAVA (as músicas, até, talvez, mais que o cara), passam a te fazer mal.

Então, aqui: quebra meu coração. Mói. Corta em 5 pedaços. Mas NÃO acaba com minha playlist. Porque aí, meu amigo, a história vai ficar feia para o seu lado.

Fernanda Mello - vem Aí, AMAR É PUNK, em Outubro.




Agora, a coluna da nossa querida Renata Lommez, com um texto muito bacana sobre sentimentos.


Sentimentos marginalizados

Existe uma tendência em classificar sentimentos como bons ou ruins. É comum vermos as pessoas consolando outras que passam pelo luto, por exemplo, dizendo: ”_ não fica triste não, vai passar”. Mas como não ficar diante de uma situação que nos conduz a isso? É importante sentirmos tristeza, ao invés de engolirmos tristeza, porque o sentimento vai dar um jeito de se manifestar em nós. Se ele não entra pela porta, entra pela janela, isso quer dizer que quando a gente engole raiva, por exemplo, corremos o serio risco de termos uma baita dor de estomago! Sentimos inclusive sentimentos pelo outro, já perceberam? Alegria pelo outro, vergonha pelo outro, e se alguém insistir em dizer que você não pode sentir isso ou aquilo desconfie! Nós podemos e devemos sentir!
O que é fundamental em lidar com sentimentos considerados marginalizados está na forma como vamos elaborá-los e colocar em prática as ações que deles virão. A inveja é um sentimento dos mais negados e realmente dos que precisam ser mais bem trabalhados, mas ela existe, e isso é fato! Podemos conduzi-la para querermos melhorar de vida no aspecto que for do nosso desejo, ao invés de ficarmos estáticos no tempo só prestando atenção na vida do outro. Dessa forma vamos esvaziando o sentimento de inveja e construindo objetivos.  O medo nos protege de perigos, mas pode ser tão grande que não deixa a gente nem sair de casa. Uma dose certa de ansiedade no dia a dia nos exige dar o nosso melhor nas nossas tarefas com receio de sermos desaprovados! Até meus famosos anjinho e capetinha que compõe nossas estruturas mentais podem mudar de lugar! Na TPM o ID, nossos instintos, é o capetinha porque quer que façamos tudo que temos vontade, e o anjinho, nossa censura interna e inconsciente, chamada de Superego, tenta nos proteger das gafes, quase sem sucesso. Acontece que nossa censura em excesso pode nos impedir de realizarmos nossos sonhos porque estará sempre nos alertando, cuidado! E se tentarmos barrar todos os nossos instintos podemos assim perder também a capacidade de nos defender. Você já amou odiar ou, odiou amar alguém? Ouvimos sempre falar que existe uma linha tênue entre amor e ódio, pois é, é por aí... Prazer, me nome é sentimento, e por ser humano sou ambíguo.


"TPM no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM, lançado pela editora Empíreo.