14 dezembro, 2015

Amar é punk: trecho



MEU LIVRO NOVO – veja bem – COMECEI POR VOCÊ.

Porque era você, depois não era e depois era de novo. Outra hora eu achava que nunca mais seríamos nós e, em outra, acreditava que iria morrer de amor sem você. Aí então eu percebi o que ninguém quer aceitar: a gente não ama do mesmo jeito todo dia. Tem dia que o amor vira raiva. Vira tristeza. Vira cansaço. Vira mágoa. Vira pão com ovo. Vira cara emburrada.

Tem dia que o amor parece qualquer coisa – MENOS AMOR. Na minha opinião, esses dias são os mais perigosos, ou, talvez, difíceis. Porque o amor pode parecer não ser, MAIS AINDA É. E deixá-lo ir pode ser um caminho sem volta. 

ps: Para comprar o livro AMAR É PUNK, só enviar um email para LOJA.FERNANDAMELLO@GMAIL.COM, frete grátis para todo o Brasil.

O Perdão no Divã

Perdão é uma palavra linda em seus significado e significante. Significante são o som e a grafia das palavras e significado é o que sabemos e sentimos sobre a palavra. Qual a importância nas nossas vidas desse signo tão forte e cada vez mais pesquisado por psicólogos, médicos, lideres políticos e religiosos, o que tem de especial e mágico em uma palavra que pode repercutir na saúde física e mental de uma pessoa e na paz entre povos. O perdão prolonga relações importantes, o exemplo disso é o perdão na família, perdão no trabalho, amizades e amores perdoados. mão de sua vaidade ou de suas convicções. A civilização não existiria se o irmão matasse a irma que matou os pais, seria impossível conviver em família porque somos humanos e erramos, às vezes erramos feio, mas isso não é o fim. O perdão leva a esse aprendizado, o de não ser o fim, mas um novo começo. A falta de perdão leva ao fim, o egoísmo leva ao fim. A ação da pulsão de conciliação é o amor recíproco. A presença de alguém compartilhando a vida com amor recíproco pode curar doenças que foram criadas por acúmulo de sentimentos negativos. Mas apesar de o beneficio do perdão ser para quem perdoa e para quem pede perdão não é fácil fazer nenhum dos dois movimentos. Perdoar não significa esquecer o fato e para pedir perdão é preciso ter coragem para abandonar velhas opiniões e, sabedoria para sermos aquele que perdoa e não aquele que tudo aceita. Vale à pena tentar encher sua alma de paz, só é preciso aprender a exercer empatia* para o uso de o perdão ser o mapa da caminhada evolutiva de cada um.

*pulsão: É a tendência instintiva consciente/inconsciente que motiva e empurra as atividades de todo sujeito. Para Freud pulsão é uma forca constante que atua durante todo o tempo.

*empatia: processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento do outro. (abordagem psicologia)


"Amor no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM.
Instagram: @renatalommez

09 dezembro, 2015

Passe Livre


Coluna Pedro Raposo Lopes


SOB ESCOMBROS

Nas praias, nos rios, no Senado... 
Sujeira para todo lado.
 Ninguém respeita a Constituição. 
 Quando vendermos todas as almas 
dos nossos índicos num leilão. 
Terceiro mundo, se for. Piada no Exterior. 
 Que país é este 
(Capa do Jornal “Estado de São Paulo”, dia 26/11/2015)


O ano: 2723 D.C.. O local: Algum lugar entre o ressequido leito do que outrora fora o Rio Oiapoque e o deserto do Chuí, ao norte do Uruguai. Ali, quase um século passado da hecatombe que dizimou centenas de milhões de pessoas famintas, resultado fatal do “efeito estufa”, um grupo de arqueólogos brasileiros debruça-se sobre uma descoberta interessantíssima: um pequeno cofre contendo arquivos magnéticos provavelmente datados do século XXI, que se encontrava sob escombros de uma antiga construção.

O material foi levado pelos cientistas com muito cuidado para os laboratórios da Universidade de São Paulo onde, após laboriosos exames de radiocarbono, chegou-se à conclusão de que datava, todo ele, do ano de 2015.

O material era composto basicamente por jornais digitalizados (método arcaico de armazenamento de grandes quantidades de informações), escritos e músicas daquela época.

Dentre as manchetes dos jornais de então liam-se as seguintes: “Eduardo Cunha dá largada ao impeachment de Dilma”, “Lama do Rio Doce chega ao Espírito Santo e ameaça Abrolhos”, “Governo prevê déficit de R$ 31 bilhões e aumento de tributos”, “Feliciano será candidato a prefeito de São Paulo”, “Dilma proporá a recriação da CPMF”, “PIB recua e recessão se alonga”, “Crise eleva endividamento dos municípios”, “Petrolão pode ter causado rombo de 80 bilhões”, “Investimento despenca e sinaliza mais longa retração desde o real”, “Inflação corrói salários em 15% dos reajustes”.

Todo material é encaminhado ao Departamento de História da Universidade de Federal do Amazonas, no sertão semi-árido brasileiro (em tempos idos, o que já fora a maior floresta equatorial do planeta). Os historiadores tinham muitas dúvidas a respeito de período histórico a que se referiam as notícias jornalísticas.

É que, muito embora o material tivesse idade certa, o colecionador, de forma proposital e misteriosa, havia eliminado as datas dos periódicos e escrito, em letras garrafais, o aforisma de Sócrates: “nosce te ipsum” (“conhece-te a ti mesmo”).

Todavia, como praticamente todas as notícias mencionavam, de forma direta ou indireta, a Polícia Federal, tudo foi reencaminhado imediatamento à sede do Departamento na capital brasileira, situada no pantanal alagadiço brasiliense (antes, aquela que fora uma região pouco aquinhoada pelas chuvas), onde peritos forenses e historiadores da Universidade de Brasília iniciaram seus estudos.

As dúvidas persistiam porque, em maior ou menor grau, todos os casos policialescos se assemelhavam a outros historicamente situados em épocas muito próximas uma das outras.

O escândalo do Petrolão (2015) foi associado ao do Mensalão (2005) e este, por sua vez, à Operação Satiagraha (2004). A menção ao nome do Deputado Federal Eduardo Cunha conduziu o rumo das investigações para a figura do então Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, cujo escândalo particular datava, entretanto, de 2007 e envolvia a suposta ajuda de empreiteiros baianos no pagamento de pensão alimentícia a uma sua filha.

As investigações passaram a focar, portanto, no Congresso Nacional, porque não convém tornar a coisa pessoal.

Nos arquivos policiais, a relação mais aproximada que se conseguiu estabelecer com a Casa de Leis foi com o episódio dos “Anões do Orçamento”, de 1993 e com a pitoresca figura de um deputado baiano que havia tido a fortuna de ser premiado em 200 sorteios de loteria.

É nesse ponto que o caso se aproximou perigosamente do escândalo Coroa Brastel, de 1983. Estabelecido o intervalo de mais de trinta anos entre os arquivos encontrados e os casos catalogados, chegaram os pesquisadores à conclusão de que o melhor mesmo era dar tudo por visto e encerrado e mandar arquivar o material digitalizado nos escaninhos da Biblioteca Nacional, na Cidade do Rio de Janeiro.

Toda a estória que acima narrei passeia por diversos eventos históricos que sacudiram o Brasil ao longo de mais de trinta anos. E muitos outros há, datados da velha república, do regime ditatorial, e mesmo na época do Brasil ainda colônia se Portugal, com a espoliação do patrimônio autóctone promovida pela pátria-mãe e destinada às burras inglesas, espanholas, holandesas e francesas.

Acredito que o ponto central da estória talvez não tenha sido apreendido pela maioria dos leitores e que reside no pormenor de haver o colecionador de histórias eliminado as datas das notícias e escrito em letras garrafais a máxima socrática “nosce te ipsum” (“conhece-te a ti mesmo”), supostamente inscrita na entrada do Oráculo de Delfos.

Para Sócrates, conhecer-se é o ponto de partida para uma vida de equilíbrio. Se isso vale para pessoas, vale por certo também para instituições e nações.

O Brasil passa por momentos bastante difíceis e as perspectivas não são nada otimistas. Se tudo der certo, o ano de 2016 será tão ou pior para os brasileiros que o de 2015. Desemprego, queda do poder de compra, o recrudescimento do monstro da inflação, a indústria nacional reduzida a pó, o alargamento do abismo entre os muito pobres e os muito ricos. Desigualdade, miséria, violência, déficit civilizatório.

A mais triste notícia, todavia, é que todas as agruras pelas quais o povo brasileiro será obrigado a amargar poderiam ter sido evitadas. São todas elas tragédias anunciadas. Têm a ver, sim, com os sucessivos escândalos narrados sinteticamente na ficção de abertura deste trabalho, mas também com os remédios que vêm sendo ministrados para tentar trazer algum lenitivo à doença.

O Brasil, ao longo de seus pouquíssimos séculos de vida, teima em não aprender com as lições que a história lhe proporcionou e continua a lhe proporcionar a curtos intervalos. Corrupção, fisiologismo político, pilhagem do patrimônio público, promiscuidade entre o empresariado e o Poder Público, confusão entre o que é privado e o que é público, soluções de curto prazo para questões atávicas (que só fazem atrasar o crescimento), personalização do poder (talvez a grande herança maldita de nosso berço ibérico) são apenas alguns erros recorrentes de nossos próceres.

E a raiz de praticamente tudo está na precária educação que é subministrada aos governados e que se manifesta em todos os estamentos. Em recentes manifestações sociais, foram vistas pautas absurdas como a intervenção militar. Será que não aprendemos a nos conhecer a nós mesmos?

E a quem aproveita a eterna, cafona e démodé “summa divisio” política de “esquerda” e “direita”, posições que não fazem a menor diferença quando a vaca está indo para o brejo? A necessidade carece de dissensões. Quando o barco afundar, qual importância terá o lado que você ocupará no naufrágio? Solidariedade, diálogo, união é o que precisamos quando a coisa não está indo bem.

Falta-nos educação. Educação formal e educação como valor, como princípio, o único princípio capaz de trazer igualdade substancial (não igualdade de riquezas, mas de oportunidades). Sem educação não há memória. Sem memória, não há como cumprir o ideário socrático de nos conhecermos a nós mesmos para, somente então, não repetirmos os erros do passado.

Voltando à estória que narrava no início deste já longo discurso, no material arrecadado sob os escombros havia também, junto à coleção de manchetes atemorizadoras e ao adágio socrático, o seguinte trecho de um notável brasileiro chamado Ruy Barbosa, talvez o melhor coco que a Bahia já nos legou:

“A pátria não é ninguém; são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.”


E havia também uma canção de um artista precocemente morto, cujo nome era Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido por Cazuza. A música chamava-se “Brasil” e no último verso trazia a seguinte mensagem: “Grande pátria desimportante, em nenhum instante eu vou te trair.”

Nós, brasileiros, jamais trairemos a nossa grande pátria.

Salve a semana da pátria!

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02 dezembro, 2015

Passe Livre

Coluna Larissa Facco



Eu fico

Então eu fico. Fico com a vontade de querer viver tudo outra vez. Fico com a saudade dos teus risos. Fico com a minha ilusão, que você ajudou a construir. Fico com o frio na barriga em dia de encontro. Fico com os teus ensinamentos, e você minha intensidade.
Você deve lembrar daquele abraço apertado, daquele beijo demorado, daquele olhar penetrante. Fico com eles também. Fico com a cena das nossas mãos se tocando lentamente. Fico com a vontade de conhecer teu mundo. 
Fico com o dia que você disse ter medo de paixões intensas, fico com a sua fala de adeus.
Fico com o que foi dito e o que não foi. Fico com o silêncio que muitas vezes habitava em nós, quando as palavras não se faziam necessárias. Fico com a minha insegurança, da qual você sempre aumentava. Fico com a sua falta, com a sua ausência. Fico com a sua saudade.


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24 novembro, 2015

Passe Livre

Coluna Pedro Raposo Lopes



MISÉRIA

“Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Índio, mulato, preto, branco
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Filhos, amigos, amantes, parentes
Riquezas são diferentes”. 
(“Miséria”, Paulo Miklos / Sergio Britto / Arnaldo Antunes)


Fui visitar minha cidade natal na semana passada, o Rio de Janeiro, de São Sebastião. Enquanto aguardava no saguão do local onde iria palestrar, fiquei a observar aquela imensa e magnífica obra de engenharia construída no Píer Mauá, ali naquela praça (até ontem reduto de putas e marinheiros) em cujos arredores se situa o tradicional Colégio de São Bento, onde passei a maior parte de minha infância e adolescência. Belíssima construção recentemente inaugurada, digna das cidades mais prósperas do Primeiro Mundo.

Também não muito distante dali (e dava para ver na mesma moldura de vidro daquele prédio sofisticado do início da Avenida Rio Branco), a comunidade pobre do Morro da Providência e da Gamboa e, um pouquinho mais distante, surgindo entre muita névoa de poluição, a baixada fluminense.

O Rio de Janeiro é assim: cheio de contrastes. A pequenina Zona Sul, espremidinha entre as montanhas e o mar, berço da riqueza carioca, e o gigantesco bolsão de pobreza da baixada. As favelas da Zona Sul, penduradas nas encostas, funcionam como lembrança constante de que a pobreza está lá, existe e não pode ser desconsiderada no cotidiano de executivos e donas de casa.

Essa viagem que empreendi me fez refletir sobre os recentes ataques terroristas em Paris, cidade pela qual também nutro uma paixão imensa, por sua beleza inefável e pela cultura que exala cada esquina sua.

A Paris que conheço também possui seus imensos guetos, onde moram muçulmanos, africanos e toda sorte de minorias. Pessoas à margem do fausto da cidade-luz e tratadas com despeito pelos habitantes e turistas (estes, também, muitas vezes tratados com despeito, sobretudo os latinos. É interessante experimentar uma dose de preconceito, sobretudo quando se sabe que é temporário e não durará mais que o idílio de umas férias na europa).

Vez por outra, no meu Rio de Janeiro, habitantes dos arrabaldes saem de sua marginalidade territorial para desfrutar um pouco das belezas das praias e dos parques. São tratados com o mesmo desdém com que são tratadas as minorias parisienses. Caso não possuam muito dinheiro, poderão ser inclusive presos preventivamente, a bem da ordem pública, com as bençãos da Secretaria de Segurança Pública.

Como dizia De Gaulle, “o apetite do privilégio e o gosto da igualdade, eis as paixões dominantes e contraditórias dos Franceses em todas as épocas.” Os franceses sempre prestigiaram, dentre os ideários da revolução de 1789, o da “liberdade” em detrimento dos da “solidariedade” e da “fraternidade”.

Os recentes ataques terroristas à capital francesa, conquanto possam ter sido urdidos no longínquo oriente médio, foram executados por esses mesmos cidadãos marginalizados, ou quase-cidadãos. E agora, paradoxalmente, as medidas de polícia adotadas sufocarão a “liberdade” dos socialistas de cafés (como cá existem os comunistas de botequim do Leblon). Mas, ao que tudo indica, a iniquidade dos guetos tenderá a prosperar e o preconceito contra as minorias a recrudescer.

Diante desse quadro de confrangedora desigualdade, não foi difícil ao Estado Islâmico recrutar jovens dentre franceses que, sob o pretexto de promover a justiça divina, puseram as mãos em armas e bombas, a arrostar os conceitos ocidentais e seu modus vivendi libertino. 

Miséria é miséria em qualquer parte.

Dizem que o Brasil está imune a tais ataques jihadistas. Será?

Todos sabemos como a religião funciona como válvula de escape para as mazelas da pobreza, basta ver a profusão de igrejas, templos e cultos que se espalham por todas as capitais brasileiras. Some-se a isso o preconceito e a marginalidade e não será inconcebível que as ideias de fundamentalistas também grassem em terras tupiniquins.

E mais: é preciso que se tenha em mente que a má compreensão do Islã é também fruto da falta de educação ou da má formação cultural dessa horda de marginalizados que, justamente por desconhecerem os fundamentos da religião, distorcem os conceitos e lançam-se em empreitadas criminosas.

Ernst Jünger, um dos maiores escritores do século XX, em sua obra “A Guerra como Experiência Interior”, já evidenciava a existência, no ser humano, de algo bestial e o prazer pelo sangue existente nos soldados alemães da Primeira Grande Guerra, sobretudo naqueles cujos olhos não estavam acostumados ao belo e que, portanto, naquele cenário de terror, não experimentavam as intermitências da beleza.

Instile em algum menino pobre das periferias do Rio de Janeiro tais ideias pervertidas, arme-o com um fuzil AK-47, coloque-o em luta contra a desigualdade e terá um jihadista tupiniquim.

Miséria é miséria em qualquer parte.

Em tempo de Olimpíadas no Rio de Janeiro (riquezas são diferentes), é tempo de nos miramos no exemplo a não ser seguido dos franceses e que tenhamos o coração aberto para uma sociedade plural, democrática e igualitária, capaz de possa manter à distância a intolerância de todo tipo. Caso contrário, a Paris de hoje pode ser o Rio de Janeiro de amanhã.


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23 novembro, 2015

NO MEIO DA LAMA, O AMOR... (PUNK!)



Pessoal, está chegando! 
É QUINTA-FEIRA, DIA 26, na A Autêntica! Estarei vendendo e autografando AMAR É PUNK,  de 19 horas até o final da festa. Entrada franca até 22 horas. A partir de 23:00, shows com Paula Kfuri, Guilherme Calk e participação especial da Gabi Mello.
ESPERO VOCÊS!


Para começar a semana com pensamento positivo, generosidade e AÇÃO, um texto foda da +Renata Lommez  para a gente pensar...

E de repente, no meio da lama eis que aparece ele, o amor!

Não te dá uma vontade de chorar, um suspiro que não sai do peito quando você se depara com o drama que vivem as famílias, milhares, que sofrem com o descaso de Mariana? 
Não podemos aqui falar em acidente, Mario Sergio Conti tem dito que desastres e tragédias não são provocados pelo homem, são acontecimentos que não estão sob nosso controle, muito diferente do que aconteceu por lá. E como dói nosso coração cheio de amor ao ver as pessoas perdendo anos de luta, o pouco/muito que tinham, perdendo sua paz ao reviverem seu drama, perdendo sua historia e muitos afetos apenas porque são invisíveis como seres humanos e porque precisam se submeter à dependência do que o mais forte lhes proporciona apenas para que os prazeres desse sejam realizados. Freud escreveu em 'O mal estar na civilização':_ “Uma satisfação irrestrita de todas as necessidades apresenta-se como o método mais tentador de conduzir nossas vidas; isso, porém, significa colocar o gozo antes da cautela, acarretando logo o seu próprio castigo”. Apesar de vermos tanta gente querendo lucrar através do mais fraco, de vermos nas sociedades passadas e contemporâneas a busca pela realização dos desejos daqueles que detém o poder custe o que custar, quero observar aqui que é preciso acreditar no amor em suas diversas formas e enxergar como temos tentado mudar, como apesar ainda de muitos ”faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”, as pessoas se mobilizam pelo outro cada vez mais e existe uma busca constante pela mudança em nossos paradigmas. É hora de trocar o choro de dor pela busca da solução e chorar de emoção diante da apresentação do amor solidário pelo próximo que vem mundo afora, através de verdadeiros heróis que canalizam sua arte em ações, cuidados e força, força essa que ganhou peso e união de todos que estavam presentes no show da banda Pearl Jam, banda que transformou um espetáculo de música em e, principalmente um espetáculo de amor. Força que surge através de infinitos heróis anônimos que doam dinheiro que às vezes mal têm pra si, que doam tempo e assistência porque sabem que é preciso deixar de lado o próprio umbigo na ânsia de cuidar do outro. Precisamos ser sábios para lidarmos com o lado ruim da vida. O descaso de uns fazem brotar ou fortalecer o amor de outros uns, pelos outros. Tragédias, dramas, desastres acabam por formar uma corrente do bem surpreendente e, e no fim das contas tudo pode levar ao amor, basta querer, e querer de verdade amar. “Em última análise, precisamos amar para não adoecer.”Freud

"Amor no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM. 

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18 novembro, 2015

Passe Livre

Coluna Larissa Facco



Me beija de novo pela primeira vez

Não fale do que foi. Começa de novo. Me redescobre. Tenho novas tatuagens. Novos sonhos. Tenho cócegas também, nos pés, mas novos medos nas mãos. Brinca com a minha orelha. Me beija de novo pela primeira vez. Deixa meu coração sentir aquela palpitação a cada beijo seu. Deixa eu te sentir perto de mim outra vez. Deixa eu ser a sua bailarina com o ritmo certo para sua vida. Silencia meu mudo, minha boca, meus medos e meus desejos. Deixa o silêncio falar por ti. Despe a minha alma, do jeito que só você sabe fazer. Percorre suas mãos pelo meu rosto. Liga os pontos e descobre que o desenho que se forma, tem a suas características. Ri de mim, ri de ti, ri comigo. Me faz perceber que o som que eu mais gosto, é o que sai da tua risada e que o formato que mais me encanta em ti, é dos teus olhos,enquanto desnuda a minha alma. Me serve do teu amor, me embriaga dele. Fala de nós com a perspectiva de futuro, com a certeza da eternidade, e me lembra que estar com você, pode ser leve, seguro. Me lembra que o amor é renascimento, que seu amor é o meu renascimento.



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13 novembro, 2015

A sétima arte, em palavras

 O AMAR É PUNK já está pronto e à venda pelo email: loja.fernandamello@gmail.com. Para ficar ligado nos lançamentos, só seguir o meu IG: @fernandacmello ou snap fecmello. Dia 26/11, tem o evento oficial, em BH, na Autêntica, Savassi. #savethedate Beijos e um ótimo final de semana!



A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende

Scott Cooper acertou mais uma vez! Depois do excelente Coração Louco e do eficiente Tudo por Justiça, o diretor nos apresenta Aliança do Crime, um longa muito bem estruturado, conduzido de forma magnética e com atuações soberbas, especialmente de Johnny Depp.
Depois de inúmeras escolhas equivocadas, o ator está de volta na melhor atuação de sua carreira! De forma absorvente e mediúnica, o astro constrói um personagem violento, sádico, de uma frieza inquietante e absolutamente asqueroso. Amparado por uma maquiagem que o deixou careca, com a pele repleta de cicatrizes de acne, e os dentes escurecidos, Depp deixa aflorar toda a psicopatia de James "Whitey" Bulger, um mafioso que monopolizou as ações criminosas em Boston nos anos 70 e 80. Com um olhar de gelar a espinha, o personagem mostra toda sua crueldade e capacidade ameaçadora através de cenas como a que mostra como ele educa o filho; ou como questiona a ausência da esposa do amigo na mesa de jantar; ou mesmo a forma como reage quando um parceiro revela o segredo de uma receita familiar. 
Repleto de referências a filmes de Scorsese como Os Bons Companheiros e Os Infiltrados, e com uma atmosfera envolvente como a de Os Suspeitos de Bryan Singer, Aliança do Crime consegue seduzir o espectador em um trama que envolve amizade, poder, traição, ambição e violência gráfica explícita. 
O elenco estelar ainda conta com o ótimo Joel Edgerton, que desenvolve um personagem arrogante, ambicioso e irritante. Sua transformação psicológica e a adoção de atitudes amorais pelo poder, transformam o ator em um grande contraponto para Depp. Apesar de também estar presente, Benedict Cumberbatch está completamente desvalorizado na pele de um senador, irmão de James. Outros grandes nomes como Kevin Bacon e Juno Temple completam o casting. A bola fora está na pequena participação da "Anastasia" Dakota Johnson. Rindo não sei do que, a atriz não confere peso dramático ao personagem, mesmo em uma cena dramática envolvendo seu filho.
Muito bem fotografado, com uma edição limpa e eficiente, o longa marca a retomada de Depp às grandes atuações, tornando-o um dos favoritos ao Oscar de ator. Simplesmente espetacular!





Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.

11 novembro, 2015

Passe Livre


Coluna Pedro Raposo Lopes



A TEMPO E MODO

É mais sensual uma mulher vestida do que uma mulher despida. 
A sensualidade é o intervalo entre a luva e o começo da manga. 
(Antônio Lobo Antunes)

A brisa que vinha do mar tão próximo acariciava a pele vincada de mais de oito décadas de existência. A brisa era morna e o velho sentia-se morno por dentro e por fora, naquela varanda quase debruçada sobre o mar.

No chão, uma garrafa de um vinho tinto que se demorara muito a escolher no pequeno armazém, como se escolhesse um livro ou um quadro. Entre os dedos, um charuto com que foi presenteado por um querido amigo, um dos poucos (charutos e amigos) que sobraram depois de tanto tempo.

Já um pouco inebriado, observava o velho a jovem morena que, nervosa, certamente esperava por seu amado na calçada em frente. Gestos, ademanes e impaciência o denunciavam. A brisa fazia com que a saia batesse e esfregasse suas pernas muito bem esculpidas, pernas morenas sobre sapatos de salto muito altos, cuidadosamente escolhidos para a ocasião, ou assim o velho supunha.

E o tempo foi passando e o vinho foi sendo bebido e o charuto foi sendo consumido. A morena, do outro lado da rua, irradiava ansiedade. Os passantes observavam a bela mulher com olhos cobiçosos. Homens e mulheres, cada qual com a sua motivação. Ela, nervosa, dava pequenos passos para os lados, arrastando o salto sobre o passeio.

À medida em que o vinho produzia seus efeitos benfazejos, os movimentos daquela jovem mulher pareciam-lhe cada vez mais lânguidos, num descompasso entre a percepção e a realidade, pois que evidentemente a morena estava (ou deveria estar) cada vez mais ansiosa pela demora do negligente amante.

Bem poderia ser proposital a tardança. Aquele que provoca a espera sabe exatamente a eficácia daquilo que se produz no metabolismo de quem aguarda. Os batimentos cardíacos aumentam em sístoles e diástoles descompensadas e descompassadas, o corpo emite sinais que podem ser captados à distância e, por mais sentimento de raiva que se saiba produzir, também se sabe que tudo se desvanecerá e se esfumará num milésimo de segundo com a chegada, ocasião em que a raiva que se sente do algoz se sublimará em gozo.

O véu da noite começava a encobrir o sol quando aquele que se fazia esperar chega afetando pressa (uma pressa fingida, percebeu o velho da sacada quase debruçada sobre o mar). Vinha vestido como um dândi. Sapatos lustrosos, chapéu panamá, um terno de linho muito branco que se compunha perfeitamente com a atmosfera local.

Ela, súbito, como da sacada quase debruçada sobre o mar o velho supunha que aconteceria (afinal, não se passam oitenta anos impunes), deixa-se abraçar e abraça sofregamente. Palavras são ditas na língua estrangeira que o velho pouco conhece e que, dali, daquela sacada quase debruçada sobre o mar, também não conseguiria ouvir, haja vista a distância que os separava. A mão do jovem posta na nuca da morena, sob os cabelos cuidadosamente penteados, possibilitava inferir com razoável dose de certeza tudo o que se dizia.

De braços dados, caminha o casal rumo ao mesmo hotel do velho. Ele, o jovem, com uma elegância muito artificial, mas convenientemente convincente. Ela, a morena, equilibrando-se naqueles saltos muito altos, um andar pouco elegante, mas que, tudo sopesado, em nada embotava a beleza do quadro.

Recolheu-se o velho para o interior do pequeno aposento que ocupava. Como o vinho tivesse acabado, serviu-se de uma dose de scotch da pequenina garrafa posta na bandeja sobre a também pequenina geladeira. Deitou-se. Recostou-se num par de travesseiros. Ouviu o inconfundível barulho dos saltos altos da morena percutirem no piso acimentado do corredor. Ouviu a porta do quarto ao lado fechar e a sacada quase debruçada sobre o mar abrir.

Levantou-se tão rápido quanto pôde da cama e, qual um adolescente, pôs-se a auscultar a parede, não tanto pela curiosidade, mas à feição de um torcedor do regozijo alheio.

Os rumores que vinham do quarto ao lado não davam margem a dúvidas. O jovem dândi despiu-se com pressa, arremessou o corpo da amada sobre a cama e, sem o necessário zelo que a ocasião predicava, desatou aquilo que lhe embaraçava a satisfação. Movimentos velozes e descuidados, muito provavelmente como aprendera nos modernos filmes. Gemidos de prazer seguiram-se ao ranger da cama e tudo estava consumado em questão de minutos.

O velho, um pouco desconsolado, servindo-se do restante da garrava de scotch, deitou-se no mesmo instante em que pôde ouvir a televisão do aposento ao lado iniciar sua litania em língua desconhecida.

Sentiu vontade de bater na porta do vizinho e dizer ao jovem que a vida só merece ser vivida se sorvida com vagar. A vida, como o corpo de uma bela mulher, deve ser desnudada com muito zelo. A contemplação é tão ou mais importante quanto a ação. Tudo a seu tempo e modo. Os dias merecem ser passados com delicadeza, como quem desata os botões da blusa da amada. A vida deve ser vivida momento a momento, como as presilhas de um corpete que devem ser desabotoadas uma a uma, sem pressa, cada qual deixando entrever aquilo que ainda está por vir. Por mais robusto que possa parecer (e o daquela morena certamente o era), o corpo de uma mulher é coisa sempre muito frágil e pode alquebrar-se se não for explorado como quem explora uma ruína de argila muito antiga, assim como a vida pode ser toda ela derruída num átimo, porque coisa também muito frágil. A vida, assim como o amor, não é uma permanente urgência. Oitenta anos não se passam impunes.



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09 novembro, 2015

Dona Baratinha é punk!


Contos de fada no Divã

Ando frustrada com muitos contos infantis, dessa vez em especial com “O casamento da Dona Baratinha”. Confesso que fiquei constrangida ao contar para meu filho de seis e minha filha de quatro anos a história de uma baratinha que era infeliz porque não havia “arranjado marido”.
Com isso me veio à pergunta, já que sabemos o quanto a literatura pode interferir no nosso desenvolvimento porque ainda passamos adiante esse tipo de valores que não condizem mais com as conquistas que nós tivemos como pessoas e, principalmente como mulheres. Já nascemos idealizados com os desejos que nossos pais depositam sobre nós enquanto nos aguardam, recebemos educação, mas a cultura também é fundamental para nos formar como indivíduos e cidadãos. Alguns contos que foram escritos há muito tempo deixam em conflito quem busca se realizar de outras formas e que são infelizes porque não encontraram ninguém para se casar. Não há problema nenhum em “encontrar  alguém que lhe dê amor”, o problema está em acreditar que essa é a chave para a felicidade. E vou te contar uma coisa que acontece muito entre minhas pacientes, além de ter que lidar com o que lhe fizeram acreditar ser verdade é preciso lidar com a cobrança social. Tem muita gente que é bem sucedida profissionalmente, mas que se incomoda com os olhares pensantes sobre seu estado civil. São lindas as princesas, mas acho a maioria muito boba por esperar o príncipe encantado como objetivo de vida. Hoje somos princesas quando vamos sozinhas a uma livraria porque isso nos enche de conhecimento e sonhos, e não para arranjar alguém inteligente. Somos princesas quando vamos ao salão de beleza porque queremos nos cuidar, por dentro e por fora, porque somos independentes emocionalmente.  Somos felizes para sempre se estamos em paz conosco sem necessitar do olhar de alguém. Somos felizes para sempre porque temos atitude e não precisamos depositar nossa felicidade em um relacionamento que não seja com a gente mesmo.


"Amor no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM. 

06 novembro, 2015

Amar é punk (e Spielberg também!)

E, finalmente, chegou! O tão esperado AMAR É PUNK já está pronto e à venda pelo email: loja.fernandamello@gmail.com. Para ficar ligado nos lançamentos, só seguir o meu IG: @fernandacmello. Beijos e uma ótimo final de semana!


A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende


Steven Spielberg está de volta, e em grande estilo! Em Ponte dos Espiões, o genial cineasta utiliza mais uma guerra para contar a história de um homem que se destacou em uma sociedade acuda e paranóica com a possibilidade de um ataque nuclear. Esse era o contexto da Guerra Fria, período onde os Estados Unidos e a União Soviética travaram uma "batalha silenciosa", repleta de espionagens, prisões políticas e marcada pela perda do íntimo e do pessoal. É nesse cenário caótico que Spielberg nos apresenta a envolvente história de James Donovan, um advogado de seguros que aceita defender um suposto espião soviético, capturado pelos americanos.
Cada dia mais envolvido com o caso, Donovan acaba se vendo eleito como negociador oficial do governo americano em solo estrangeiro. Nesse contexto, o cineasta escancara uma edificante mensagem de amor ao próximo, tolerância entre os povos e, principalmente, persistência na busca por aquilo que se almeja. Com um roteiro repleto de sarcasmo - o texto final foi revisado pelos irmãos Cohen - o longa apresenta uma narrativa linear e convencional, mas repleta de momentos antológicos e emocionantes. Um dos grandes destaques do filme fica por conta do elenco. Encabeçado pelo sempre ótimo Tom Hanks, a produção conta ainda com a avassaladora atuação de Mark Rylance. Na pele do espião soviético, o ator constrói um personagem contido, inabalável e repleto de subcamadas emotivas, tornando-se um sério candidato a uma indicação ao Oscar de coadjuvante. 
Claramente dividido em duas etapas distintas (mas dependentes), Ponte dos Espiões se apresenta como um eficiente drama de tribunal em sua primeira metade, e como um ótimo drama de situação em sua metade final, apesar de apelar para o sentimentalismo em algumas passagens. Um alerta fica por conta de seu ritmo. Basicamente formado por diálogos e pouquíssima ação, o filme pode entediar aqueles que estão acostumados a narrativas mais movimentadas. 
Brilhantemente dirigido, com uma cinematografia impecável e uma mensagem extremamente atual, Ponte dos Espiões é um filme espetacular. Não deixe de ver!




Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.

04 novembro, 2015

Passe Livre

Coluna Larissa Facco



Playlist

Estou há dias tentando ouvir novamente aquelas músicas, que você colocou na minha playlist há um tempo atrás, me dizendo que eu precisava conhecer e lembrar de você quando tocasse.

E hoje, eu me pergunto: Porque raios, eu fui associar as músicas mais legais com a sua pessoa? Agora, não consigo escutar, me vem você na cabeça, a sua mão segurando a minha, o seus olhos, me olhando, a sua boca verbalizando aquela canção para mim, e meu coração batendo mais forte a cada sussurro dito.

Eu acreditei em cada palavra que me cantou, guardei como tesouro cada sílaba proferida. Mentalmente eu cantava todos os dias para mim mesma aquelas canções, como talvez, uma promessa, um desejo, uma jura de amor, algo para me apegar, quando eu sentia que as coisas estavam estremecidas.

Eu fiz daquelas palavras, o meu mundo, a minha vida, peguei para mim, desafiei meu coração a se abrir , e foi quase a fórceps que ele abriu. Coitado!

Eu queria que aquilo tudo fosse verdade, queria que tudo fosse algo mais. Eu achei que seria. Achei, com todas as minhas forças. Eu entreguei meu coração, minhas expectativas, meus sorrisos, meus olhares, minhas promessas, tudo isso á você.

E o que eu tenho hoje, após dois meses do nosso fim? Uma pessoa que antes, eu chamava de amor, de meu amor, que eu achava que era, e agora, é um estranho..


Instagram: @larissafacco e @blogumapluma
Snap: larifacco
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29 outubro, 2015

Amar é punk - the book!

Moda pode ser tudo... Com Rosa Guariglia

"(...) viver é etcétera..."
Guimarães Rosa

Olá!
Acabei de chegar de uma semaninha de férias com amigos em NY. Com o dólar tão alto, não deu para comprar na-da, mas eu não estava lá para isso. Então, tive tempo de sobra para olhar as pessoas.
Primeira coisa que eu vi e que dá para aproveitar aqui no calor que já deu seu recado, são os óculos escuros espelhados. A segunda coisa, foi que eu não vi ninguém usando calças do modelo flare. Tudo bem, está esfriando e elas precisam de algo para usar com botas. Vi modelos bonitos em lojas bacanas, mas ninguém nas ruas. De qualquer forma, as calças estão com a cintura mais alta mesmo, para o bem da nossa dignidade. Os tênis estão por todos os lados, e não só nos pés dos turistas que precisam andar confortáveis. As marcas famosas lançaram as mesmas bolsas que já fazem sucesso em modelos bem menores. Acho que só dá no fim de semana, se você trabalha o dia inteiro e corre de um lado pro outro. Quer saber de verdade? O mundo está cada vez mais plano, as fronteiras não existem nessa era de comunicacão on line e fast fashions. Isso não é novidade e estamos arrasando com tudo o que temos por aqui mesmo.

Beijos!
Rosa





Rosa Guariglia é mineira de Belo Horizonte, advogada e sempre teve um espirito meio transgressor, procurando brechas para não parecer nem careta e nem muito moderna. Adora revistas de moda e tem a mania de fazer álbuns de referências de imagens de editoriais (e fotos de cabelos, lugares, dicas de onde ir...ufa!) para se inspirar. A maior fonte, segundo conta, são os amigos, de todas as áreas e que sempre mostram um olhar diferente para a vida. Para ela, a diferença nas formas de pensar e os pontos em comum que elas criam, é o que importa.


Foto Alessandra Duarte


Eita que o livro AMAR É PUNK ficou pronto e, a partir de segunda-feira, já estará à venda online pelo email loja.fernandamello@gmail.com. Teremos eventos de lançamentos em várias cidades, inclusive BH, mas ainda estamos decidindo as datas. Assim que souber, eu posto aqui!
De qualquer forma, quem quiser adquirir o livro em primeira mão, só me mandar email que eu envio autografado!

Para comemorar, um texto do livro novo:

MEU LIVRO NOVO – veja bem – COMECEI POR VOCÊ.

Porque era você, depois não era e depois era de novo. Outra hora eu achava que nunca mais seríamos nós e, em outra, acreditava que iria morrer de amor sem você. Aí então eu percebi o que ninguém quer aceitar: a gente não ama do mesmo jeito todo dia. Tem dia que o amor vira raiva. Vira tristeza. Vira cansaço. Vira mágoa. Vira pão com ovo. Vira cara emburrada.

Tem dia que o amor parece qualquer coisa – MENOS AMOR. Na minha opinião, esses dias são os mais perigosos ou, talvez, difíceis. Porque o amor pode parecer não ser, MAIS AINDA É. E deixa-lo ir pode ser um caminho sem volta.

15 outubro, 2015

Criança, sempre!


Moda pode ser tudo... Com Rosa Guariglia

"(...) viver é etcétera..."
Guimarães Rosa
Olá!

Na semana passada a minha mãe me perguntou: filha está na moda usar calças mais largas e curtas? No mesmo dia ela tinha recebido três clientes usando a tal calça pantacourt. Fui dar uma olhada em fotos na internet, e li um post da Gloria Kalil (chic.uol.com.br) de novembro do de 2014, falando sua opinião sobre essa “coisa”. Ela detesta e chama de “nem-nem”, ou seja, nem curta e nem comprida. Também acho horrível, concordo que não fica bem em ninguém, acho que desfavorece até as mulheres feitas de outra matéria (altas com 1,5 m de perna e... magras). Outra “coisa” da categoria “ roupa nem-nem”, em minha opinião, é a calça jeans apertadíssima com cintura baixa, uma coisa assim “funkeira” que a gente vê o tempo inteiro nas ruas. A blusa sempre fica mais curta, nem cobre a cintura para baixo e nem cobre aquele pedaço famigerado da barriga para cima. Sempre (ou quase) tem uma sobra que não deveria aparecer, a calcinha aparece o tempo inteiro e, a não ser que você seja feita da outra matéria, esteja arrasando no “projeto verão”, e tenha menos de 30 anos, não vai ficar bonito. Posso ser básica, considerada clássica até certo ponto, mas vamos combinar? Olhem essas fotos?! Precisamos mesmo usar tudo o que aparece nas vitrines e revistas para ficar bonitas? Não, obrigada.

Beijos!
Rosa



Rosa Guariglia é mineira de Belo Horizonte, advogada e sempre teve um espirito meio transgressor, procurando brechas para não parecer nem careta e nem muito moderna. Adora revistas de moda e tem a mania de fazer álbuns de referências de imagens de editoriais (e fotos de cabelos, lugares, dicas de onde ir...ufa!) para se inspirar. A maior fonte, segundo conta, são os amigos, de todas as áreas e que sempre mostram um olhar diferente para a vida. Para ela, a diferença nas formas de pensar e os pontos em comum que elas criam, é o que importa.






13 outubro, 2015

Para começar...


Eu te espero há tanto tempo

Nem me lembro se foi nessa vida

Mas ainda vejo seu rosto

Como se o futuro fosse ontem...



Feliz dia da nossa criança!

“Criança feliz quebrou o nariz...” Com a chegada do dia das crianças me lembrei dessa música tão cantada na infância de muitos! E se a gente prestar atenção a verdade é que criança que aproveitou a infância tem muitas estórias de tombo, risadas e diversão juntos. Quando a gente vira adulto também é assim, quanto mais nos arriscamos em busca dos nossos desejos mais temos chances de ser feliz. E a felicidade não esta exatamente na realização do desejo, mas na busca dele, no aprendizado. Feliz é quem se deixa viver, quem da à cara a tapa. Que usa seu medo a seu favor, apenas para não dar um passo maior que a perna e para competir consigo mesmo buscando melhorar. Tudo bem que é preciso apostar muito no nosso feeling, na nossa intuição, mas isso nada mais é do que nos conhecer e confiar nas na gente. É fundamental na busca desse autoconhecimento deixar para trás o receio em ser repreendido, que nasceu de algum fato envolvendo pessoas próximas na nossa infância. Por exemplo, o pai ou a mãe que não nos deixou realizar essa ou aquela tarefa, muitas vezes até achando que esta nos protegendo, e a mensagem que podemos receber lá no fundo é a de que não somos capazes de fazer, por isso fomos impedidos. Mas pense, isso ficou no passado! Quando somos adultos temos o poder de fazer as nossas próprias escolhas. Enfrente os” nãos” de cabeça erguida, use-os para se desafiar! Pense com você: ”_ se precisar vou quebrar a cara até eu ser quem eu quero ser!” E o que não está bom cabe a nos mudar, colocando na balança nossa bagagem de vida para que possamos nos encarar. Dizem que quanto mais cicatrizes temos mais tempo passamos sendo felizes, buscando nossos objetivos! Perder o medo da arvore na hora de colher o fruto e, alem de quebrar o nariz ralar o joelho e em seguida tentar de novo, por outro galho mais forte, até conseguir ser feliz. Adulto que não quebra o nariz não vira arvore que dá fruto, não sai da raiz. Feliz dia da nossa criança!

Instagram: @renatalommez



"Amor no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM. 





Sorrir faz bem - Dra Gabriela Soares Mayr

Componeer

Sistema de restauração de facetas pré-polimerizadas,compostas de 80% de porcelana e com perfeita anatomia de superfície.Permitem a restauração dos dentes em uma única sessão ,sem moldagem nem laboratório.O paciente consegue um sorriso natural e estético em uma única sessão. Para saber mais, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=LVnWdUSV8jE&sns=em

1-Escolha da faceta adequada:Forma e tamanho. 

 
2-desgaste mínimo dos dentes e se necessário da faceta.


3-Ataque ácido dos dentes e na sequência lava-se e aplica-se o adesivo.


4-As facetas são fixadas com resina composta. 



5- desgaste e polimento e resultado final. 




Para saber mais sobre o trabalho da Gabriela Mayr (IG @Gabriela_Mayr), Rua Major Lopes, 100 - Savassi. 
Tel: 31 2555-0555


29 setembro, 2015

Minha arte é pop!


Vim ao mundo para questionar. Para me entender. Para ser feliz. Por isso, escrevo. Palavras são minha terapia. Meu remédio. Meu ponto de fuga e encontro. Na arte, eu me busco.  É lá que eu sempre estou. Procurando o verbo, indagando a letra, consolando a frase que chegou ao fim. Quer me conhecer? Me encontre naquele romance antigo, segundo parágrafo, mostrando que a solidão não se deve atravessar a sós. Talvez eu possa – e isso é quase certo – me mudar pros tons daquela bela música e por lá ficar: “feita de luz mais que de vento”... Ah, me desculpem os Jungs, Freuds e Lacans. Mas Cazuza me entenderia! Alguns artistas – e nisso incluo poetas, músicos e demais sonhadores – parecem conhecer a fundo a alma humana. Quando falam de si, mostram um pouco também de nós. Quem nunca pensou, ao menos por um segundo: essa canção foi feita pra mim? Eu já me apropriei de centenas de músicas (com o devido crédito ao autor, é claro), que dizia serem "minhas". Naquele momento, elas – e só elas – pareciam entender o que eu sentia. Letra por letra. Rima por rima. Em cada nota, um espanto. E uma sensação de pura comunhão com o mundo: é, eu não estou sozinha. A arte também foi feita pra unir. Pra protestar. Para seduzir. Por isso, passo a vida escrevendo. Lendo. Garimpando frases. Buscando o verso certo. A estrofe perfeita. Ou um conhecimento maior sobre mim mesma. Se estou conseguindo? Não sei. A arte nem sempre é bondosa. Um dia nos pega no colo e, no outro, nos faz enxergar o que ainda é difícil de ver. Mas tudo bem. Enquanto houver um poema pra nos consolar e uma boa canção pra nos comover, "a gente vai levando".


Vamos aproveitar que o dia se tornou tão Cazuza e vamos ler a coluna da Renata Lommez falando muitas verdades sobre o amor?


O amor no Divã

“Eu quero a sorte de um amor tranqüilo...”
Quando penso na Fê logo me vem à cabeça Cazuza! Hoje lendo os emails que recebo daqui me veio essa música “... com sabor de fruta madura...” Ah os ideais! Quem não quer ter a certeza de que não vai sofrer?! Já disse aqui em uma frase no Divã que o amor existe para nos devolver  paz, sono, auto-estima,  não para tirar! E tranquilidade nos relacionamentos tem mesmo a ver com maturidade!
As pessoas maduras (não mais velhas) se relacionam de uma forma mais serena, porque aprendem a gerenciar suas emoções. São acertos decorrentes de erros reconhecidos e reparados. Por isso eu sempre digo para quem se questiona sobre sempre entrar em roubadas. Ou porque seus relacionamentos nunca vão adiante? Temos a tendência em repetir escolhas enquanto não nos conhecemos o suficiente para compreendermos qual a parte que nos toca nesse latifúndio, qual responsabilidade temos diante do fracasso nas relações. Erro nas escolhas? Ou repetição dos próprios erros? Insisto em sempre nos perguntarmos “por que”, escutarmos a nossa voz interior, conhecermos nossas emoções para gerenciá-las.  Um amigo na hora da dor é fundamental, mas a experiência dele é única e cada um traz traumas e recalques individuais que conduzem a nossa própria e também individual condição. Tem uma fase da vida em que tudo é muito intenso, mas um intenso muito gostoso de viver, mesmo que seja preciso derramar muitas lagrimas enquanto sentimos estar em um vídeo clipe. O sofrimento também tem um limite, claro. Se estiver nos impedindo de viver a rotina normalmente é hora de pedir ajuda, ok? Grande parte das vezes é preciso sim querer amadurecer, passar por cima da própria vaidade. Mas não desista do amor. Lembre-se que para tudo tem a sua hora, e um amor por ser tranqüilo não quer dizer que seja morno.

Instagram: @renatalommez



"Amor no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM.