31 agosto, 2015

O amor e seus traumas

Todo mundo que já amou e amou direito tem algum trauma. Não tem como fugir. Porque amar é a melhor coisa do mundo. Mas também dói pra cacete  porque - infelizmente - relacionamento é um dos maiores desafios que existem. A gente nunca sai de um amor da mesma forma que entrou e - nesses tantos fins e recomeços - a bagagem vai só aumentando. (E nossa lista de traumas também). Haja paciência para lidar com nossas mudanças internas, inseguranças, incertezas, desconfianças, ciúmes... Haja tolerância para entender que  o outro - aquele que a gente espera que nos compreenda, acima de tudo - também tem uma pá de cicatrizes que (vez por outra) ainda sangram.
E crescer vai se resumindo a isso: por um lado a gente AMADURECE. Por outro, a gente ENDURECE.
E amar passa a ser difícil, não porque o AMOR é uma faca de dois gumes. Mas porque onde existe MEDO (e qualquer derivado dessa forte criança), não tem como o amor chegar. E fazer casa.

Por isso, em homenagem aos meus traumas e às feridas alheias (vai me dizer que você não guarda uma?), eu escrevo esse texto. Porque bagagem boa é bagagem leve. Que a gente segura (sem grande esforço), enquanto o outro toma fôlego. E descansa da vida.


ps: moço, venha de mochila porque eu estou pagando excesso! :)

Agora a coluna da nossa querida psicóloga Rê Lommez que mandou bem demais nesse texto.

Oito, oitenta? Não se trata de números, se trata de amor!

Outro dia também li uma frase que dizia assim: ”As pessoas estão preferindo ficar solteiras porque estão cansadas de dar tudo e acabar sem nada.” E porque achamos que devemos dar tudo ao outro? É preciso dar amor, atenção, elogios e apoio, sim, para a pessoa a quem amamos e com quem escolhemos estar, mas não tudo. Essa é uma fantasia maternal que nós temos, principalmente as mulheres,  a de que devemos cuidar completamente de quem amamos, mas se nem com os filhos devemos ser assim? Diz o psicanalista Antonio Quinet:_ “uma mãe deve ser suficientemente boa:” E o que isso significa? O famoso criar para o mundo! “Dar amor, segurança, cuidados necessários, atenção, mas não tudo porque senão nossos filhos nunca acharão que precisam conquistar alguma coisa,” conquistar o que se  já tenho tudo?”Assim também acontece nos relacionamentos. Corremos o risco de criar uma relação de interdependência quando tentamos suprir todas as necessidades do outro. Tentamos nos fazer essenciais para que a pessoa amada queira ficar perto de nós, ate ela precisar estar perto de nós... Mas é isso mesmo que queremos? Alguém que esteja ao seu lado apenas por depender de você ou por escolha própria, apenas por vontade de descobrir aquele sorriso que você ainda não deu? “O que alguns chamam de fazer jogo podemos traduzir para a frase no Divã que diz:” é na falta que criamos o desejo!”Você tem sede enquanto bebe água?  No começo de um relacionamento conte um caso bem bacana que faca vocês morrerem de rir, e guarde outro para a próxima saída... É preciso dar ao outro motivo para querer mais! Dar motivos ao filho para que queiram ser mais que apenas nossos filhos, mas cidadãos, dar ao seu amor o suficiente para que ele esteja constantemente buscando o seu tudo!


"TPM no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM, lançado pela editora Empíreo.

28 agosto, 2015

Você acredita?


Você acredita em destino?
Você acredita que algumas pessoas não entram na sua vida por acaso?
Você acredita em amor à primeira vista?
Ou, quem sabe, em empatia no primeiro olhar?

Você acredita que podemos mudar nossos caminhos e escrever um capítulo à parte?

Você acredita em reencarnação, em vida após
morte, ou simplesmente em vida após um amor?

Você acredita em mim?
Acredita nos meus olhos quando digo que vale a pena, que tudo pode dar certo?
Você lê meu coração?
Acredita nas minhas palavras, quando escrevo frases sem sentido
e te deixo, assim, cheia de sim?

Você acredita que seu amor pelo mundo pode te trazer de volta para você?

Eu acredito.
Por isso, espero.
E te espero: SEMPRE FELIZ.

(Para Karina, um beijo da sua sempre amiga Fê!)



A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende


É preocupante o cenário do cinema nacional. Depois dos inúteis Qualquer Gato Vira-Lata 2, Loucas para Casar e Meu Passado me Condena 2, chega aos cinemas mais um filme que subestima a inteligência do espectador, e o condena a consumir um repertório inesgotável de piadas prontas, clichês, estereótipos e atuações caricatas. Meu Deus, até quando o cinema nacional vai adotar essa linguagem televisiva e entregar "series globais" fantasiadas de filme? É impossível trabalhar o roteiro e colocar uma pitada de nexo naquilo que será exibido para seu público-alvo?
Não me canso de falar do cinema argentino, produzido em um país com a economia dilacerada, mas que está anos-luz à nossa frente. Sabe qual o segredo? O talento dos roteiristas, capaz de inovar e criar histórias desafiadoras e inteligentes. Claro que o Brasil tem excelentes roteiristas e diretores, mas muitas vezes seus filmes não são consumidos pela grande massa, que prefere a "desculturalização" de tramas vazias e redundantes.
Linda de Morrer já começa errado através do título, que utiliza um trocadilho da pior espécie para contar a história de uma médica que morre ao buscar a beleza inatingível. Em "forma de fantasma" retorna à terra para impedir que o remédio - criado por ela - seja comercializado e faça outras vítimas. Usando fórmulas já desgastadas, o filme não apresenta absolutamente nada de novo, entregando mais uma "comidinha requentada". Ainda bem que a tortura dura pouco, pois o longa tem inacreditáveis 1h15 de duração. Agora, inacreditável mesmo é a atriz Glória Pires se sujeitar a fazer uma bomba dessa. Consagrada pelas atuações em Memorial de Maria Moura e O Quatrilho, Glória reúne todos os maneirismos e situações grotescas para entregar um personagem inacreditavelmente ruim.

Para esquecer!


Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.












27 agosto, 2015

Será que amar é mesmo tudo?

Eu só queria saber quando é que vai ficar menos difícil. Ou mais fácil, se assim soar positivo. 
Mas, aqui, dentro de mim, a palavra machuca, o silêncio fere e uma frase antiga (que eu mesma escrevi) ecoa na minha cabeça, feito disco arranhado:

SERÁ QUE AMAR É MESMO TUDO?

E não falo só de amor romântico, fraternal ou familiar. Estou falando - na verdade - DOS AMORES QUE NOS MANTÊM VIVOS.

O amor pela arte. Por um objetivo. Por um sonho. Por uma causa. Pela literatura. Ou - no meu caso - pelas palavras. (E por tudo o que isso envolve).

Escrevendo esse texto, às 18:23, horário de Brasília, já encontro, sem querer minha resposta. Que é clara. Dura. E danada de filha da puta: AMAR, MINHA AMIGA, É TUDO, SIM. MAS TER PAZ TAMBÉM.

Por isso, sigo sangrando. E sentindo tantas dores (que não são só minhas, mas também de outros). Esse, talvez, seja o maior desafio que me encara: amar a vida de todo coração. E ainda viver em pura - e completa - paz.



Para sair do limbo emocional que estacionou em mim nos últimos dias, segue a coluna da Rosa, com aquele encanto que só ela (e as pessoas charmosas de alma) têm. Obrigada, minha querida!

Moda pode ser tudo... Com Rosa Guariglia

"(...) viver é etcétera..."
Guimarães Rosa

Olá!

Acabei de ler o livro “Um brinde a isso – Uma vida dedicada ao estilo” (Intrínseca). Nele, Betty Halbreich, fala da sua história de vida e do trabalho na Berdorf Goodman em seu escritório Solutions. Betty tem 86 anos e é considerada única e insuperável como personal shopper, vestindo atrizes, cantoras, gente do show bizz em geral (a apresentadora do programa Fashion Police, Joan Rivers, foi uma de suas maiores clientes e grande amiga), e também mulheres não famosas que se despem na sua frente para uma opinião direta e, claro, têm bala na agulha para pagar por roupas Chanel, Dior, Saint Laurent e sapatos Manolo Blahniks.
Ela conta que não liga a mínima para roupas, tendo adquirido a “síndrome da loja de doces”, ou seja, depois de um tempo, se enjoa de tudo e que o interessante mesmo são as mulheres dentro das peças luxuosas que vende. Betty não ganha comissão por dizer que não tem talento para lidar com dinheiro, e também trabalha há anos em produções de filmes e seriados, em parcerias que, à primeira vista improváveis, dão super certo, como a dupla que fez com a stylist Patrícia Field no figurino da série Sex and the City.
É impossível não se identificar com essa linda e sábia senhora que acredita que roupas podem passar de geração para geração e têm que ser para as mulheres que vivem dentro delas, ou suas donas não se sentirão bonitas. Eu também acredito 
muito nisso e uso peças de qualidade que foram da minha mãe e da minha avó, misturando com acessórios que acho em brechós e trago de viagens. Tudo isso é atemporal e tem um valor afetivo que conforta a alma. 

Para arrematar, separei umas frases da eterna Coco Chanel, vejam se ela também não está coberta de razão: 

“Vista-se mal e notarão o vestido. Vista-se bem e notarão a mulher”.

“Para ser insubstituível, deve-se sempre ser diferente”.

“O luxo tem que ser confortável ou não é luxo”.

 Beijos!

Betty em seu escritório na Bergdorf Goodman (thecoveteur)



Rosa Guariglia é mineira de Belo Horizonte, advogada e sempre teve um espirito meio transgressor, procurando brechas para não parecer nem careta e nem muito moderna. Adora revistas de moda e tem a mania de fazer álbuns de referências de imagens de editoriais (e fotos de cabelos, lugares, dicas de onde ir...ufa!) para se inspirar. A maior fonte, segundo conta, são os amigos, de todas as áreas e que sempre mostram um olhar diferente para a vida. Para ela, a diferença nas formas de pensar e os pontos em comum que elas criam, é o que importa.

Rosa

25 agosto, 2015

Borboletas Hardcore: dando rasantes na barriga desde 1500 AC

Mudam-se os anos. A moda. A tecnologia. As formas de se relacionar. Mas uma coisa nunca muda (por mais que a gente diga que sim): as tais borboletas no estômago. Mesmo que as minhas estejam, agora, - como eu poderia explicar? - um tanto quanto hardcore.

E daí? AMAR É PUNK, MEU BEM.
E as minhas borboletas, agora, também!
Curtiram?
Pois voltamos com a coluna do nosso querido Dr Bruno Vargas (meu derma favorito no mundo!), que agora está com uma clínica incrível na Savassi. Quer mais informações? Acesse o novo site.

O estresse afeta a produção hormonal e, por isso, teoricamente pode promover a acne.
Quando ele é muito intenso promove o aumento da produção de cortisol (hormônio ligado ao sistema emocional), estimulando os hormônios androgênios e acionando as glândulas sebáceas, que liberam óleos na pele, principais substâncias causadoras das espinhas e dos cravos. Alguns medicamentos psiquiátricos – notadamente o lítio, comumente prescrito contra o transtorno bipolar – pode ter algum efeito sobre a acne.
É fundamental um acompanhamento dermatológico caso o quadro se instale. O tratamento precoce irá prevenir as sequelas da acne na pele.

Visite o novo site: www.brunovargas.com.br


Sobre o o doutor: +Dr. Bruno Vargas  é  Sócio Diretor da Inovatto, dedica seu tempo exclusivamente no exercício da dermatologia com excelência, concentrando a sua atuação nas áreas de Cirurgia Dermatológica e Laser em Dermatologia.

24 agosto, 2015

Segundas intenções


AMOR ON-LINE

... em todo lugar que eu olho
alguma coisa em você me chama
e não sei por que
começo a sentir seu gosto
mesmo sem você por perto.

queria escrever pra você.
queria te trazer pra mim.

mas ao meu lado não havia presença
estava sozinha com a imaginação no colo
os olhos na tela e meu desejo na mão.

queria saber de você
como apareceu de repente
naquele momento improvável
em que o mundo inteiro dormia.

seus olhos em tantas teclas
palavras e letras sem fim
vontade jogada na rua
eu só queria te encontrar
pra me levar de volta.

mas deixo a ausência de lado
o mundo parece tão frio
minha cama grande vazia
e eu não conheço seu beijo!



(No travesseiro, meus pensamentos são seus.)

ps: Esse texto está no livro Princesa de Rua. Quem quiser comprá-lo, só mandar email para loja.fernandamello@gmail.com

21 agosto, 2015


Hoje vai ser só uma frase  porque  não preciso de muito para expressar tudo o que se passa dentro de mim:

O único nó que eu ainda não tiro de letra é o NÓ NA GARGANTA.


Foto: Alessandra Duarte

Agora, para começar o final de semana com arte (e alegria!), a coluna do nosso querido Gustavo do @cinediario!


A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende

Estamos vivendo uma overdose de comédias francesas. Com o recente festival Varilux, aportaram nos cinemas produções como Beijei uma Garota, Samba, Que Mal Eu Fiz a Deus?, O Que as Mulheres Querem e o levinho Sobre Amigos, Amor e Vinho. 
Partindo de uma premissa muito interessante - onde um cinquentão malhado e extremamente saudável sofre um infarto, e passa a fazer tudo aquilo que sempre se policiou - o longa do diretor Eric Lavaine acaba perdendo impacto, e entrega uma narrativa convencional, mas super divertida. Sabe aquele filme despretensioso, sereno, mas extremamente esquecível? Pois é! Esse é um ótimo exemplar. Apesar de toda a aura descontraída, um fato me incomodou profundamente no longa: o desenvolvimento dos personagens. Construídos através de arquétipos e estereótipos, as figuras humanas não convencem como conjunto. Lavaine tenta nos convencer que um grupo extremamente heterogêneo cultiva uma amizade há mais de 20 anos, não passando a verossimilhança necessária para tal feito. Temos aqui o "novo homem", o chato, o bobo, a expansiva, a "invisível", o ciumento, todos eles construídos de forma superlativa e exagerada. Bola fora de um roteiro, que poderia trazer uma reflexão super interessante sobre a mudança de perspectiva de um homem que levava uma vida certinha mas, após o incidente, passou viver como se fosse o último dia. Pena que o enfoque aqui tenha sido para as relações interpessoais e a comédia de cotidiano. Não que o filme seja ruim, longe disso. Sobre Amigos, Amor e Vinho é um ótimo programa após um dia pesado e desgastante; é capaz de arrancar risadas e deixar uma enorme sensação de bem-estar. Mas isso é muito pouco para uma produção com grande potencial como essa aqui.


Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.













20 agosto, 2015

Viver: um eterno reciclar de rímel borrado


Tem coisa que vale cada sapo engolido. Cada decepção. Lágrimas escorridas. E olhos borrados.
Tem coisa que não vale. Não vale um suspiro, uma dorzinha de estômago. Muito menos uma garganta irritada.
É simples assim.
Então, antes de se sentir estraçalhado (nessas horas que, infelizmente, vão existir), lembre-se do maior clichê do mundo: é assim que a gente aprende. E cresce como ser humano.
Lá na frente, meu irmão, você vai acertar e vai acertar DIREITO.
Se o percurso DÓI?
Ô se dói!
Mas viver é isso.
(Um eterno reciclar de rímel - e batom -  borrado).


Agora, para animar, as dicas da Rosa para a mulherada de TPM. (Adorei!)


Moda pode ser tudo... Com Rosa Guariglia

"(...) viver é etcétera..."
Guimarães Rosa

Olá!

Hoje vou pegar carona no livro fofo e delicioso de ler "Amor na TPM" (Empíreo) lançado ontem pela Fernanda.

O livro é um manual de sobrevivência para esse período que só as mulheres conhecem. Falando de roupas, preto é preto. Não adianta, preto emagrece, camufla, é chique e não dá trabalho.

Em segundo lugar, vestidos e saias são confortáveis e deixam o corpo longilíneo. Os macacões também são lindos e vão do cinema à festa.

Uma outra coisa que eu uso muito são calças com cintura mais alta (que acabaram com aquela estória de "pagar calcinha") e cumprem a função de esticar e modelar o corpo que só se expande...aquele horror de sempre.

Aí dá pra usar bata, dar nó na camisa, usar camisetas com decote (que fica bonito nessa época), ou é só jogar o bom e velho blazer por cima.

O negócio  é tirar a atenção do centro que só se expande. No auge, quando nada parece bom, apelo e uso modeladores por baixo. Tudo bem, não é nada sexy, mas temos que vencer o espelho pra sair de casa com a cabeça erguida como a Fê ensina. Dignidade, minha gente, é só o que precisamos porque já temos muitas coisas para administrar, ainda mais nesses dias que vão e voltam todos os meses. É estranho, é louco, mas seguimos sabendo que vai passar.

Beijos!

Rosa



Rosa Guariglia é mineira de Belo Horizonte, advogada e sempre teve um espirito meio transgressor, procurando brechas para não parecer nem careta e nem muito moderna. Adora revistas de moda e tem a mania de fazer álbuns de referências de imagens de editoriais (e fotos de cabelos, lugares, dicas de onde ir...ufa!) para se inspirar. A maior fonte, segundo conta, são os amigos, de todas as áreas e que sempre mostram um olhar diferente para a vida. Para ela, a diferença nas formas de pensar e os pontos em comum que elas criam, é o que importa.

17 agosto, 2015

Eu, a TPM e você: música nova na área!!!!




A TPM no Divã:

É possível ser feliz na TPM? Muito difícil, a não ser que a mulher seja muito madura e tenha um temperamento tranquilo. Essa mulher ira levar a TPM de maneira menos tensa, isso não quer dizer que ela estará feliz. Mas porque essa obrigação de ser feliz o tempo todo? Que ditadura é essa que não nos permite ter contato com sentimentos  marginalizados como a raiva, a tristeza e estados como a angústia, eles nos levam a nosso interior, nos fazem refletir e buscarmos nossas próprias saídas, alem de contribuírem para nosso amadurecimento. É claro que ninguém deve se acomodar no sofrimento, não é isso, mas as mulheres devem se permitir não serem tão perfeitas, bonitas, inteligentes e sensíveis. Podemos sim ficar descabeladas alguns dias, com roupa larga e sem make porque estamos nos sentindo feias e inchadas. A gente pode sim extravasar, dar uns berros  de preferência sozinha ok,  pode, mas você já tentou dançar, ou ouvir musica e chorar e chorar...?! O mais estranho é que na TPM a gente fica sem saber se somos essa, ou aquela dos outros dias do mês. O mais importante em qualquer situação desconfortável para nós seres humanos é fazermos com que ela nos faça crescer ao invés de nos paralisar, nos ajude na busca de quem somos. Já ouviram falar da frase “na crise, crie”?! É sair do casulo e virar borboleta!


"TPM no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM, que será lançado , amanhã em BH, pela editora Empíreo,em Agosto. IG da Rê: @renatalommez

14 agosto, 2015

Raiva: fazendo as pazes com seu lado Grrrr!

Sempre fui uma pessoa de dar na cara, independente do que isso signifique.
Mostro na cara quanto gosto. Quando não gosto. E - se me irritarem muito! - eu ainda dou na cara. Mas aí é com as palavras. Minha raiva é verbal, meu chute sempre vem em forma de frase. Ou texto. Se tenho medo de mim? Nenhum. E não me poupo nessas horas. Aprendi que sentir raiva é normal, reprimir emoções pode deixar a gente doente. E de mal com a vida.
O xis da questão é saber o que fazer com esse sentimento, tido - desde sempre - como feio. Peraí, raiva não é feio! Minha raiva, por exemplo, é uma puta de uma amiga. Que tem classe. Usa batom vermelho. E vive de salto alto.


Aprendi, a duras penas, que uma raiva bem canalizada pode ser uma mola impulsora na vida da gente. Quer coisa melhor? Reciclar o coração para dar um salto qualitativo na vida?
Então, faça as pazes com a sua raiva! Chame-a para perto, quando ela aparecer. Converse com ela, compreenda seus motivos. E veja como é gostoso quando seu maior inimigo vira um grande - e bravo! - aliado.

 Agora, para começar o final de semana com arte (e alegria!), a coluna do nosso querido Gustavo do @cinediario!

A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende


Tom Cruise está para Missão Impossível, assim como Johnny Depp está para personagens pitorescos.
 Ator, produtor, elemento ativo na escolha do elenco e da equipe, o astro é a verdadeira alma dessa franquia que está cada dia melhor. Nação Secreta - o novo capítulo - é um dos melhores da saga e um dos melhores filmes de ação dos últimos tempos. Equilibrando de forma eficaz todos os elementos necessários para o sucesso de um filme desse gênero, o longa empolga, envolve e deixa uma deliciosa sensação de quero mais. O grande mérito dessa quinta produção é ter um roteiro muito bem escrito, personagens bem desenvolvidos e "apelar" para o humor inteligente como válvula de escape. Além disso, o longa ainda apresenta a personagem feminina mais sedutora, dúbia e relevante de toda a franquia. Ilsa, interpretada pela bela atriz Rebecca Ferguson, me pareceu uma clara homenagem à personagem de Ingrid Bergman em Casablanca. Além de carregarem o mesmo nome e terem a famosa cidade marroquina como pano de fundo, ambas personagens possuem personalidades semelhantes e um ar misterioso de suas reais motivações. As cenas de ação são muito bem dirigidas, e ganham volume e intensidade com a capacidade de Cruise fazê-las parecer real. Observe o belíssimo lance envolvendo uma ópera, palco de um atentado a um grande figurão do governo. Intercalando números musicais impecáveis e uma ação frenética nos bastidores, o diretor Christopher McQuarrie consegue transparecer sofisticação, sensualidade e urgência na medida certa. Fantástico! Outras grandes cenas estão presentes em Nação Secreta, com destaque para as situações envolvendo um avião em movimento, o mergulho em um tanque giratório e uma frenética perseguição de motos.
Missão Impossível 5 mostra uma grande descoberta de Ethan Hunt (Tom Cruise): o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Para combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos, o agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis.
Muito bem conduzido, com ação bem pontuada e ótimos personagens, Missão Impossível: Nação Secreta é um "filmaço" que vale o ingresso.


Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.













11 agosto, 2015

Defenda-se!

Foto Alessandra Duarte
Nunca permita que ninguém te deprecie. Nem de brincadeira. Isso é violência verbal. Contudo, caso isso aconteça, não acredite que seja verdade. Só os fortes, gentis, e de bem com a vida são capazes de elogiar com o coração.

Anote aí, antes de chorar e sentir pena de si mesmo: gente pequena sempre vai querer diminuir você para se sentir melhor. 

Então, com todo o respeito do mundo, MANDE À MERDA.



Agora, a coluna da nossa querida dentista Dra Gabriela Mayr, que vai falar sobre o ronco e a apneia. Vamos lá?

Sorrir faz bem - Dra Gabriela Soares Mayr

Tratamento do Ronco e da Apnéia:      

Muitas vezes quando o paciente ronca ou tem apnéia obstrutiva do sono (AOS), em que a pessoa tem a respiração obstruída por alguns segundos enquanto está dormindo, pode ser necessária uma equipe multidisciplinar no tratamento. Muitos casos podem ser solucionados pelo próprio cirurgião-dentista.                                                             
O Ronco:          
O ronco ocorre quando o tecido mole da região bucal vibra.
Durante o sono,o tônus muscular do pescoço e da faringe diminui.Isso causa um estreitamento neste canal e o volume de ar necessário precisa ser inspirado a uma velocidade mais alta, consequentemente,ocorre a vibração sonora dos tecidos moles.   
       
Apnéia:                              
A apnéia é uma desordem respiratória do sono debilitante, definida como uma parada respiratória durante 10 segundos ou mais. Durante o sono, os músculos do corpo relaxam permitindo que os tecidos moles do palato e da garganta e a língua obstruam as vias aéreas.O corpo reage interrompendo o sono profundo, restaurando a respiração normal, mas priva a pessoa de ter uma boa noite de sono. A solução se dá através do uso de um aparelho ergonômico e biocompatíveis feito a partir de duas pequenas placas transparentes de copoliéster: uma para a maxila e outra para a mandíbula.A mandíbula é mantida em posição avançada por 2 hastes móveis que são presas nas laterais das placas,aumentando a abertura da faringe.A velocidade do ar inspirado decresce,assim como as vibrações geradoras de ruídos dos tecidos moles e o número de episódios de apnéia durante o sono reduz significativamente.  
               
Este aparelho funciona bem em 95% dos casos de ronco e apnéia de leve a moderada e 30% dos casos de apnéia severa. É um aparelho muito bem aceito pelos pacientes devido ao extremo conforto que oferece e benefícios.






Para saber mais sobre o trabalho da Gabriela Mayr (IG @Gabriela_Mayr), Av Major Lopes, 100 - Savassi. 
Tel: 31 2555-0555





10 agosto, 2015

Amores bem resolvidos x Pessoas mal resolvidas

Sinto dizer: não há amor mal resolvido. Bem ou mal, gostando ou não, o amor acabou por algum motivo. E, infelizmente, as pessoas de fora tendem a achar que era um amor lindo, fantástico, sem defeitos, e ficam tristes por algo que não conheceram de verdade. A verdade é que SÓ quem viveu um amor, sabe de seus sabores e (eventuais) dores.
Portanto, não jogue seu romantismo e sua ilusão do PERFEITO nos ombros de outro casal.
Isso só mostra o quanto VOCÊ não superou a perda da SUA ingenuidade, no sentido de achar que contos de fadas - de fato - existem.

Não, meu amigo, caia na real e aceite de uma vez por todas: AMAR É PUNK PARA TODO MUNDO.


foto Alessandra Ladeira

07 agosto, 2015

TPM: Treinada Para Matar?


Amar é uma das coisas mais legais do mundo. Isso, é claro, se você, ou quem está ao seu lado, não estiver na TPM.

Aí, minha amiga, nem santo aguenta! Ou nos aguentam os eventuais namorados, maridos e afins 
que não foram canonizados ainda (deveriam?!) e que mesmo não entendendo patavinas do nosso desatino hormonal tentam nos compreender e nos ajudar.

Pergunto: já que as mudanças são tão intensas e nós mesmas não nos suportamos nesse período, como exigir que os homens, cheios de testosterona, entendam o humor oscilante e os beicinhos emburrados, durante nossos tortuosos dias de cão?
“PORQUE SIM!”, você, na TPM, irá me dizer. E eu, mais que depressa, vou concordar. 

Mas sabemos que nada é tão simples. Como canta a música “Mulher de fases”, da banda Raimundos,
lançada em 1999, no disco Só no Forevis: “meu namoro é na folhinha”. Salve os espertos Digão e
Rodolfo, que não só marcaram a história da música brasileira, como também cantaram sobre esse controverso tema: grande parte das mulheres é mesmo de fases.

Nesse período, a gente, sensata até a página 3, passa a se irritar com qualquer coisa. A chorar por bobagens. E a se comover com todos os sofrimentos do mundo.

ESTOU MENTINDO?

E dá-lhe chocolate para amansar nossa fera interior. Dá-lhe cafuné, dá-lhe paciência!

Agora, se você é mulher e namora com outra garota: parabéns! Além de ajudar a desconstruir esse paradigma preconceituoso que ainda ronda a palavra homossexualismo", você tem a sorte de se relacionar com alguém que sabe que a TPM não é invenção do século XX (embora, vez ou outra, a gente a use como justificativa para as nossas maluquices). Mas, se sua TPM coincide com a da sua namorada, minha querida... Boa sorte! Serão duas onças raivosas na mesma jaula. E duas caras zangadas no almoço de família, quando aquela tia desavisada perguntar: “E os namoradinhos, querida?”.

A grande verdade é que TPM não é invenção, infelizmente. É físico, químico, biológico e emocional. 
Se você é uma abençoada que não sofre desse mal, recomendo que não comente isso com outras mulheres. Porque – juro – garotas não veem com bons olhos quem nunca teve TPM (ou celulite) na vida. Afinal, de que raios de planeta você surgiu?

ps: esse é um pequeno trecho do meu novo livro O AMOR NA TPM, que será lançado pela Editora Empíreo, dia 18 de agosto, a partir das 18 horas, no Jângal Bar. Para saber mais sobre o livro e para aproveitar a pré-venda, só acessar: www.amornatpm.com


Agora, para começar o final de semana com arte, a coluna do nosso querido Gustavo do Cinediário!

A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende

Os tradutores brasileiros fizeram mais uma. Sinceramente, eu não consigo entender o que passa na cabeça de um profissional que traduz Kidnapping Mr. Heineken (Sequestrando Mr. Heineken) para Jogada de Mestre. Um sequestro, repleto de pontas soltas e desdobramentos fatídicos, pode ser considerado tudo, menos uma jogada de mestre. Além disso, o título em português esconde o grande atrativo do longa: a história verídica - e pouco conhecida - do atentado ao bilionário Freddy Heineken, dono da marca de cerveja que carrega seu sobrenome. Vai entender! 
Jogada de Mestre é um longa que apresenta altos e baixos na mesma proporção. O diretor Daniel Alfredson consegue compor uma ótima atmosfera, onde o suspense e o drama apresentam-se de forma crescente e envolvente. Esse resultado é conquistado através da experiência do diretor com películas desse gênero, como por exemplo, o segundo e terceiro capítulos da trilogia Millenium. Um outro aspecto interessante do filme é mostrar a história através do ponto de vista dos sequestradores. Essa mudança de foco foi uma boa sacada, pois as condições da Holanda nos anos 80 impactavam muito mais as classes desfavorecidas que os magnatas endinheirados. Sendo assim, o "material humano" dos bandidos é muito mais rico e complexo, merecendo o destaque. A ambientação e a reconstituição de época também são muito bem realizadas, com destaque para a trilha sonora e a cenografia. Mas o longa também está recheado de problemas. O primeiro deles fica por conta do ritmo, que não consegue sustentar a linearidade da narrativa, tornando-se muitas vezes arrastado. A edição também apresenta sérios lapsos, especialmente no que diz respeito à percepção de tempo. Muitas vezes temos a sensação que o filme teve um salto temporal, quando percebemos que ele continua no mesmo dia. Falha inaceitável para uma produção desse nível. Apesar de não ser o foco principal da narrativa, senti falta de uma maior participação de Antony Hopkins (Mr. Heineken). Atuando como um mero coadjuvante,  o ator rouba as cenas em que aparece, como se clamasse por mais destaque na trama.
Jogada de Mestre é um filme que quase chegou lá. Pena que faltou fôlego.



Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.










06 agosto, 2015

Para você não se esquecer de mim

Hoje eu acordei e me lembrei de uma música, ao mesmo tempo que sua imagem me veio, com aquele seu sorriso largo, que me faz tanto estrago.  A canção? "Secret Smile" do Semisonic.

Não sei, mas parece que existem músicas feitas especialmente para algumas pessoas, mesmo que não sejam escritas, originalmente, para elas. Você foi  tocando (mesmo de longe) e as palavras foram dançando: "But you can save me from madness"...

Ah, salve a música e toda a sincronicidade que acontece - magicamente -  entre a arte e a vida.
No meio da confusão do meu dia, estávamos ali: eu. Você. A música. E uma compreensão boa de que - pelo menos na arte - tudo tem sua métrica. E seu tempo perfeito.


E sem querer ser egoísta (porque espero, de coração, que todos tenham mais encontros que desencontros), eu escuto a última estrofe e parece que, naquele momento, alguém no mundo nos entende (e escreve somente para nós):


"When you are flying around and around the world
And I'm lying alonely
I know there's something sacred and free reserved
And received by me only".





Estou deliciosamente baranga hoje. E adoro quando fico assim. O amor é punk. E - como dizia meu querido Cazuza - também é brega!

Segue a música e, na sequência, a Rosa Guariglia fala sobre a moda das flashs tattoos (apesar de gostar de marcar permanentemente minha pele, achei a da Ambrosio uma fofura). E vocês?


 


Moda pode ser tudo... Com Rosa Guariglia

"(...) viver é etcétera..."
Guimarães Rosa

Desde muito nova sou apaixonada por tatuagens mas minha mãe nunca me deixou fazer na adolescência. Uma vez por ano eu  dava as minhas investidas para escutar que eu poderia fazer quando fosse independente. Então, jurei para mim mesma que faria quando crescesse.
Naquela época, "crescer" era fazer 18 anos. Bem, não fiz com 18, já tinha uns 24 quando fiz a primeira e a segunda acho que foi uns dois anos depois. Parei por aí mas vivo pensando qual vai ser o próximo desenho (amo as coloridas). Lembram de uma coleção do Jean Paul Gautier, em que as modelos usavam uma segunda pele inteira desenhada? Até hoje juro que vou ter uma assim, mas nunca achei. Acabei de ver no Instagram uma imagem da Cara Delavigne com tatuagens lindas, coloridas, coladas na pele. Em seguida, aparece a Beyonce com outras, bem pequenas, de sua coleção Flash Tattoos, que traz outras opções metálicas e maiores. A Rihana também desenhou uma coleção inteira de tatuagens que saem com água e a moda das jóias temporárias pegou no festival de música Coachella (a meca do hippie chic) deste ano. Ah neeeemmmm preciso ter isso!
Um beijo,
Rosa!





Rosa Guariglia é mineira de Belo Horizonte, advogada e sempre teve um espirito meio transgressor, procurando brechas para não parecer nem careta e nem muito moderna. Adora revistas de moda e tem a mania de fazer álbuns de referências de imagens de editoriais (e fotos de cabelos, lugares, dicas de onde ir...ufa!) para se inspirar. A maior fonte, segundo conta, são os amigos, de todas as áreas e que sempre mostram um olhar diferente para a vida. Para ela, a diferença nas formas de pensar e os pontos em comum que elas criam, é o que importa.

05 agosto, 2015

Passe Livre

Coluna Amanda Jéssica


Eu estava refletindo sobre como andamos tornando o mundo mais difícil. Crescemos ouvindo que temos que amar uns aos outros. Mas, quando nos tornamos grandes, esquecemos a essência desse aprendizado. Que criança é um ser muito mais puro, todo mundo está cansado de saber. Mas, nem por isso, a gente precisa involuir tanto.

Fui acumulando as coisas.

Há pouco mais de um mês, colocamos as fotos todas coloridinhas nos perfis do Facebook. A validade do casamento gay nos Estados Unidos fez com que nós comemorássemos tamanho "avanço". Dito isso, você deve estar se perguntando: "mas isso não é incrível?". É. Maravilhoso. Mas só celebramos dessa forma o acontecimento porque o outro lado existe. Enquanto pintávamos os nossos perfis de arco-íris, milhares de outras pessoas criticavam o fato de que, sim, "consideramos justa toda forma de amor".

Nem precisou de muito tempo. Dias depois, após voltar para casa em um dos poucos momentos em que posso me desligar do celular, ligo a WiFi e me deparo com a hashtag #somostodosmaju bombando. Para a minha surpresa - e não sei como ainda me surpreendo - estávamos nos unindo em mais uma causa. O preconceito da vez era com negros.

Parei para refletir um pouco. E fiquei tensa com a civilização que estamos nos tornando. Somos as gerações X, Y e Z todas misturadas e, ainda assim, juntas, não funcionamos como humanidade de fato. E não consigo me conformar com esse mundo assim, tão pelo avesso. Não é só preconceito com gay. Nem é só intolerância com negro. Simplesmente não aceitamos, com respeito e educação, aquilo que não nos convém, seja lá por que motivo for.

Até comentei semana passada: "Não aceitamos bem os carecas. Falamos mal dos cabeludos. Criticamos quem é muito alto. E chamamos de tampinha quem é baixo demais. Se a pessoa tem o cabelo ruim (ruim para quem?), sempre tem alguém para dizer 'não sei por que não alisa'. Se a pessoa alisa, tem um infeliz para dizer que não é natural. Se o cara é feio, tem quem faça piadinha. Se a mulher é bonita, deu para o chefe". Não aceitamos o diferente. E até aceitamos - ou fingimos aceitar - quando isso nos interessa.

Por coincidência, momentos depois, acabei por ler um texto que caiu como uma luva. Ele se chama "Agressividade is the new black". A propósito, leiam e entendam por que Ruth Manus é incrível. Olhem o que ela diz: "Acho que existe um erro de conceito. As pessoas passaram a utilizar a agressividade como um artifício para aumentar a própria auto-estima. Como as pessoas se sentem politizadas? Sendo agressivas. Como as pessoas se sentem informadas? Sendo agressivas. Como as pessoas se sentem engraçadas? Sendo agressivas. Como as pessoas se sentem menos ignorantes? Sendo agressivas".

Tá aí: a-g-r-e-s-s-i-v-i-d-a-d-e. Essa tem sido a palavra de ordem. Somos, mesmo, a geração A. De arrogante. Autoritária. Alienada. Agressiva. E Anti tudo aquilo que não nos agrada.

É crítica pra cá. Crítica pra lá. Estamos rodeados de dedos apontados. Não sei se por impunidade. Não sei se por necessidade de mostrarmos, a todo custo, que existimos.

O que eu sei mesmo é que, mais uma vez, Ruth estava certa, afinal, "pessoas inteligentes não jogam pedras. E pessoas equilibradas não berram". Talvez, esses poucos - mas incríveis - seres dotados de sensatez  sejam a nossa única solução. Não dizem que "a união faz a força?". Então, vamos nos unir. Pintar as fotos de várias cores. Dizer que #somostodosmaju. Não furar filas. Jogar o lixo em lugar adequado. Votar com consciência. E, até, escrever textos-desabafo, no intuito de fazer as coisas começarem a dar certo. De boa intenção, o inferno está cheio. Mas o céu também. E não custa nada tentar.

- Amanda Jéssica
@amandajessicab
@coisasdestavida_
www.facebook.com/amandajessica.96

04 agosto, 2015

Esconde-esconde

Minha vida é assim. Brinco de esconde-esconde. Conto até cem, abro os olhos, cadê? Procuro, procuro e não acho. Não me acho. Às vezes dou sorte e encontro um pedaço meu perdido, uma frase atrás do muro. Mas a verdade inteira, quem sou, com todas as letras, palavras e sentidos, parece estar sempre a frente. A um palmo do meu nariz. E eu me atrevo. Corro, tropeço, me aventuro e vou. Conto até cem (posso ir?), quero me descobrir por aí. Quem é aquela embaixo da cama, sou eu? Quem é aquela, atrás do armário, com um pedaço revelado para poder ser encontrada? Sou eu? Sim. Sou eu. Às vezes dou de cara comigo, levo susto, chego a não acreditar. Às vezes - como por encanto - me encanto. E existem horas que só vejo sombras, vazios, interrogações. São meus mergulhos fora de foco. Miopia emocional? Traga-me os óculos, por favor. Eu não quero perder nenhum pedaço meu. Eu não quero deixar de me encontrar por medo. Eu quero descobrir o que há de melhor e pior em mim, minhas verdades, meus silêncios e me amar e me aceitar por inteiro. Quero me encontrar para me perder. Brincadeira que nunca acaba.

foto: Alessandra Duarte

03 agosto, 2015

Um texto por dia. Uma frase por momento.

É com esse título que eu começo a escrever hoje, já que me prontifiquei a encarar meu próprio desafio: um texto por dia, seja ele qual for.
O motivo desse destrambelhamento?
Sei lá. Eu gosto de desafios. Principalmente quando se trata de me arriscar com o que mais amo nesse mundo: as palavras.
São elas que me acompanham sempre: em cada descoberta. Cada alegria. Cada dor. Cada livro. Cada amor.
As palavras, assim como os grandes sentimentos, são responsáveis por girar a minha roda - louca!- da vida.

Make: Fairuze Reis / Foto: Rodrigo Guedes - Studio Dois

Para começar, então, um trecho que rabisquei ontem, entre uma pizza e um filme:

Gosto de quem chega assim: mete o pé no coração, derruba a porta. E bagunça tudo.
Sem ouvir minhas baboseiras. Meus medos. Minhas frases repetidas, dizendo para ir  - por favor! - com calma.
Na verdade, gosto de gente mais atrevida que eu.

(Sim, meu caro, esse texto é para você).


ps: Agora as colunas dos nossos parceiros estarão sempre após algum texto meu, sendo apenas uma coluna por dia. Esperamos que, assim, a leitura seja mais bacana para todos!