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05 setembro, 2016

Poesia de segunda...

Até que enfim... O blog voltou!

A partir de hoje, teremos postagens frequentes, com muita poesia, crônicas, Fernandicas... E o retorno dos nossos queridos colunistas!



Para começar, deixo a censura de lado e posto um P.S. que achei perdido em um caderno, outro dia...

PERDER

Ai como dói amar aquele rosto. Como dói lembrar daquele abraço que dura horas e horas e eu perco nele, me perco em mim e não me acho. Como dói saber que ele lembra e se lembra e insiste em não se esquecer e me esquecer. Ai como dói saber que alguma coisa deu certo, muito certo, e saber que tudo entre nós é puro, forte, simples e a gente se perde, eu me perco, toda vez que lembro dele, eu me perco, me abraço, abraço ele, e não me largo,,,

Ai, como me dói esse amor...


Próxima cidade - Porto Alegre, dia 15 de setembro

02 fevereiro, 2016

Voltamos!

Vou ser bem sincera: depois de lançar 2 livros ano passado,  fiquei bem cansada e resolvi priorizar e dar um tempo no blog. Porque escrever por obrigação é um saco. Escrever tem que ter tesão, não tem jeito. Mas, agora, o cansaço mental passou e a vontade de escrever chegou com o pé na porta. Me pego rindo feito boba: quando escrevo é a hora que me sinto inteira. De verdade. Portanto, é com muito prazer que volto a esse espaço - que está de cara nova - e reencontro essas letrinhas (safadas!) que estavam doidas para dar uma volta e formar frase por aqui.

Obrigada, palavras. Obrigada, queridos leitores.

Que 2016 seja um ano de boas histórias. E grandes amores.

Um beijo e até amanhã!



Um agradecimento especial à Flávia Mello, que fez o layout novo e à +Alessandra Ladeira que tirou essas fotos incríveis.

14 setembro, 2015

Não fode minha playlist!


A pior coisa do final de um relacionamento é que a porra das músicas que eram - teoricamente - "de vocês" e que você AMAVA (as músicas, até, talvez, mais que o cara), passam a te fazer mal.

Então, aqui: quebra meu coração. Mói. Corta em 5 pedaços. Mas NÃO acaba com minha playlist. Porque aí, meu amigo, a história vai ficar feia para o seu lado.

Fernanda Mello - vem Aí, AMAR É PUNK, em Outubro.




Agora, a coluna da nossa querida Renata Lommez, com um texto muito bacana sobre sentimentos.


Sentimentos marginalizados

Existe uma tendência em classificar sentimentos como bons ou ruins. É comum vermos as pessoas consolando outras que passam pelo luto, por exemplo, dizendo: ”_ não fica triste não, vai passar”. Mas como não ficar diante de uma situação que nos conduz a isso? É importante sentirmos tristeza, ao invés de engolirmos tristeza, porque o sentimento vai dar um jeito de se manifestar em nós. Se ele não entra pela porta, entra pela janela, isso quer dizer que quando a gente engole raiva, por exemplo, corremos o serio risco de termos uma baita dor de estomago! Sentimos inclusive sentimentos pelo outro, já perceberam? Alegria pelo outro, vergonha pelo outro, e se alguém insistir em dizer que você não pode sentir isso ou aquilo desconfie! Nós podemos e devemos sentir!
O que é fundamental em lidar com sentimentos considerados marginalizados está na forma como vamos elaborá-los e colocar em prática as ações que deles virão. A inveja é um sentimento dos mais negados e realmente dos que precisam ser mais bem trabalhados, mas ela existe, e isso é fato! Podemos conduzi-la para querermos melhorar de vida no aspecto que for do nosso desejo, ao invés de ficarmos estáticos no tempo só prestando atenção na vida do outro. Dessa forma vamos esvaziando o sentimento de inveja e construindo objetivos.  O medo nos protege de perigos, mas pode ser tão grande que não deixa a gente nem sair de casa. Uma dose certa de ansiedade no dia a dia nos exige dar o nosso melhor nas nossas tarefas com receio de sermos desaprovados! Até meus famosos anjinho e capetinha que compõe nossas estruturas mentais podem mudar de lugar! Na TPM o ID, nossos instintos, é o capetinha porque quer que façamos tudo que temos vontade, e o anjinho, nossa censura interna e inconsciente, chamada de Superego, tenta nos proteger das gafes, quase sem sucesso. Acontece que nossa censura em excesso pode nos impedir de realizarmos nossos sonhos porque estará sempre nos alertando, cuidado! E se tentarmos barrar todos os nossos instintos podemos assim perder também a capacidade de nos defender. Você já amou odiar ou, odiou amar alguém? Ouvimos sempre falar que existe uma linha tênue entre amor e ódio, pois é, é por aí... Prazer, me nome é sentimento, e por ser humano sou ambíguo.


"TPM no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM, lançado pela editora Empíreo.


31 agosto, 2015

O amor e seus traumas

Todo mundo que já amou e amou direito tem algum trauma. Não tem como fugir. Porque amar é a melhor coisa do mundo. Mas também dói pra cacete  porque - infelizmente - relacionamento é um dos maiores desafios que existem. A gente nunca sai de um amor da mesma forma que entrou e - nesses tantos fins e recomeços - a bagagem vai só aumentando. (E nossa lista de traumas também). Haja paciência para lidar com nossas mudanças internas, inseguranças, incertezas, desconfianças, ciúmes... Haja tolerância para entender que  o outro - aquele que a gente espera que nos compreenda, acima de tudo - também tem uma pá de cicatrizes que (vez por outra) ainda sangram.
E crescer vai se resumindo a isso: por um lado a gente AMADURECE. Por outro, a gente ENDURECE.
E amar passa a ser difícil, não porque o AMOR é uma faca de dois gumes. Mas porque onde existe MEDO (e qualquer derivado dessa forte criança), não tem como o amor chegar. E fazer casa.

Por isso, em homenagem aos meus traumas e às feridas alheias (vai me dizer que você não guarda uma?), eu escrevo esse texto. Porque bagagem boa é bagagem leve. Que a gente segura (sem grande esforço), enquanto o outro toma fôlego. E descansa da vida.


ps: moço, venha de mochila porque eu estou pagando excesso! :)

Agora a coluna da nossa querida psicóloga Rê Lommez que mandou bem demais nesse texto.

Oito, oitenta? Não se trata de números, se trata de amor!

Outro dia também li uma frase que dizia assim: ”As pessoas estão preferindo ficar solteiras porque estão cansadas de dar tudo e acabar sem nada.” E porque achamos que devemos dar tudo ao outro? É preciso dar amor, atenção, elogios e apoio, sim, para a pessoa a quem amamos e com quem escolhemos estar, mas não tudo. Essa é uma fantasia maternal que nós temos, principalmente as mulheres,  a de que devemos cuidar completamente de quem amamos, mas se nem com os filhos devemos ser assim? Diz o psicanalista Antonio Quinet:_ “uma mãe deve ser suficientemente boa:” E o que isso significa? O famoso criar para o mundo! “Dar amor, segurança, cuidados necessários, atenção, mas não tudo porque senão nossos filhos nunca acharão que precisam conquistar alguma coisa,” conquistar o que se  já tenho tudo?”Assim também acontece nos relacionamentos. Corremos o risco de criar uma relação de interdependência quando tentamos suprir todas as necessidades do outro. Tentamos nos fazer essenciais para que a pessoa amada queira ficar perto de nós, ate ela precisar estar perto de nós... Mas é isso mesmo que queremos? Alguém que esteja ao seu lado apenas por depender de você ou por escolha própria, apenas por vontade de descobrir aquele sorriso que você ainda não deu? “O que alguns chamam de fazer jogo podemos traduzir para a frase no Divã que diz:” é na falta que criamos o desejo!”Você tem sede enquanto bebe água?  No começo de um relacionamento conte um caso bem bacana que faca vocês morrerem de rir, e guarde outro para a próxima saída... É preciso dar ao outro motivo para querer mais! Dar motivos ao filho para que queiram ser mais que apenas nossos filhos, mas cidadãos, dar ao seu amor o suficiente para que ele esteja constantemente buscando o seu tudo!


"TPM no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM, lançado pela editora Empíreo.

01 junho, 2015

DAR VALOR DEPOIS QUE PERDE: UM DRAMA UNIVERSAL?



“Many is the time I knelt in the light
appealing to all that I know
Guide my eyes and steps
that I may find love true”
(Patti Smith)


Se existe algo que eu não entendo, é gente que só dá valor para o que tem depois que perde. Uma vez ou outra, tudo bem.  Escorregar na vida faz parte. Mas não é preciso ter muita inteligência para saber o quanto algumas coisas nos são caras, certo? Teoricamente, sim. O problema se instala quando o tropeço vira rotina, e a gente começa a acreditar que o passado era melhor. Que a grama do vizinho é sempre mais verde.
Se você se identifica com alguma frase acima, então, meu amigo, está na hora de rever seus conceitos. Essa história de “eu era feliz e não sabia” é coisa de gente fraca e não pega nada bem. A era do saudosismo já era, inventar um passado perfeito (para aliviar o presente) não vai te fazer crescer. NUNCA.
Será que a gente precisa perder a casa, a saúde, o emprego (e o respeito) pra lhes dar os devidos valores? Será necessário que o amor se vá para ver o quanto ele era especial?
Sejamos sinceros: será que precisamos PERDER para, depois, aprendermos a VALORIZAR?
Ah, não.  Eu estou cansada. Chega de ser a “mulher da vida” de um bando de” bocomocos” que só me deram valor depois que eu me mandei. Não é sempre assim? A gente aguenta o que pode, faz de tudo para a relação dar certo. Aí, um belo dia, acordamos de saco cheio e resolvemos dar no pé e pensarmos mais na gente.  Nessa hora, o céu se abre, uma luz incide no meio da cabeça dos pobres moços, e eles conseguem enxergar o quanto a gente era incrível. Incrível é pouco, na verdade. Eles veem o quanto éramos mulheres de verdade, parceiras de qualquer crime, que aguentávamos todas as chatices e ainda fazíamos um carinho gostoso antes de dormir. Parece familiar?
Pois é. Aí a gente muda de classe. De CHATA vira A mulher. A santa. A deusa. A insubstituível. 
Ô céus, e o pior é que isso acontece em todas as áreas da vida. Lembra aquele emprego bizarro? Ai, que saudade (já que o de agora é muito pior!). Lembra da sua adolescência (ah, que tempo bom, arguição é a melhor coisa da vida!). 
Como vocês podem ver, estou meio alterada hoje (o que, com a graça de Deus, me faz escrever 1500 caracteres por minuto) e, por isso, resolvi extravasar minha indignação diante de todas as criaturas (inclusive eu, vai saber) que cometem o deslize de achar que o passado é sempre melhor. 

Se o passado foi bom, ÓTIMO! Guarde-o na memória, e faça o seu AGORA ainda melhor. Que tal? Difícil? Então vamos lá. (Quando eu fico nervosa, eu viro um livro de autoajuda, me acudam!)

Regra número um: a gente tem memória seletiva e SÓ se lembra das partes boas. Dos anos que foram coloridos. Das pessoas legais. Dica para não cair nessa furada: seja realista e lembre-se de todos os defeitos alheios e todos os sentimentos ruins que você sentiu. Regra dois: para mim, um cara (ou um trabalho ou um amigo) que não te dá o devido valor deve ser rebaixado. É, rebaixado mesmo. Então, se o cara resolveu te dar valor AGORA, ao invés de você agradecer e bater seus enormes cílios, pergunte-se: um indivíduo que vive nesse estado de insatisfação constante vale a pena?  Regra número três: essa é a mais difícil. Sinta-se agradecido. Verdadeiramente agradecido. Por tudo o que você tem HOJE. Por tudo o que você É. Seja honesto com seus sentimentos. Não se supervalorize. Nem tampouco se subestime.  Seja forte. E bote para quebrar (se vier a calhar). 
No mais, é só viver com o coração ABERTO. Afinal, o mundo anda tão louco que quem não aproveitar o presente vai se arrepender amanhã. Essa é a minha única certeza.


foto: Alessandra Duarte



11 maio, 2015

Entre o amor e eu


O amor não pede licença. Eu peço. E entro na sua vida com toda a educação e cara de pau do mundo, ocupando espaços, e virando tudo de cabeça para baixo. O amor bagunça tudo. Eu também. E te vejo no meio da corda bamba, equilibrando sua alma livre e seu jeito organizado de ser. Cara, me encontrar pode ter sido a melhor – ou pior coisa da sua vida. Um dia você me dirá. Ou te direi eu, nunca sabemos, ao certo, o amanhã. Só queria confessar, de um jeito muito simples, o que tentei escrever no começo desse parágrafo e não consegui. O amor se reconhece. Eu também.

foto: Alessandra Duarte

23 março, 2015

Devaneios de segunda



Há alguma coisa em seus olhos que me persegue
Uma incógnita angustiante
Um ponto de interrogação irreal
Que não me deixa entender direito quem você é
E o que realmente sente  por mim.

Há alguma coisa em você que não me deixa...


VOCÊ É A TORNEIRA VELHA QUE NÃO PARA DE PINGAR...



ps: poeminha antigo que encontrei nos meus cadernos da faculdade, época em que eu adorava inventar metáforas esquisitas para meus amores.




23 fevereiro, 2015

Devaneios de segunda



A vida se resume a isso: cada um dá o que tem. Quem está de bem com a vida, distribui alegria. Quem está amargo, oferece despeito. É tão simples que chega a ser ridículo. Mas a gente insiste em se esquecer dessa lei que – para mim – é universal e fica conversando com os céus, naquele estilo dramático “por que ele fez tamanha grosseria”? Ou: “como ela pôde dizer isso de mim”? E remoemos pensamentos, dia após dia, deixando essa matemática óbvia da vida passar batida.

Então, anota aí para sempre se lembrar: quando uma pessoa está de bem com a vida, ela vai desejar que você também esteja. Quem torce contra, meu bem, é sempre quem está na pior. Portanto, DESENCANA!


(E continue com esse sorriso no rosto porque ser FELIZ incomoda).






 Para embalar a segunda, um pouco de Cazuza: "não ligue pra essas caras triste, fingindo que a gente não existe"... http://mais.uol.com.br/view/156069


Fotos: Alessandra Duarte /produção: Ritinha Duarte
Para patrocínios e parcerias, email para comercial.fernandamello@gmail.com e venda de livros pelo loja.fernandamello@gmail.com

18 fevereiro, 2015

Por um mundo mais espontâneo


(em busca da sutil linha que separa os inconsequentes e os medrosos. Sim, queremos estar, ali, no meio da corda bamba: onde moram os ousados, que se arriscam na medida certa, e não tem medo de viver.)




Ter dúvidas é a coisa mais inquietante do mundo. Nos tira o sono, o chão, o juízo. Mas vamos entrar num acordo? O que seria de nós se não houvesse as tais incertezas? São elas que nos movem e nos fazem evoluir. Seja no trabalho. Ou no amor. Não interessa. Um mundo sem questionamentos não vai pra frente. Pessoas, então, nem se fala! O desassossego sempre desencadeou grandes revoluções dentro e fora da gente. Afinal – sejamos honestos! - “certezas absolutas” nos atraem como mosca no mel. Queremos soluções rápidas e, infelizmente, não existem respostas no fim da página.

Por isso, enquanto não chegamos a essas “verdades” que, teoricamente, nos bastariam, nós buscamos, questionamos, tentamos, analisamos, erramos, acertamos, crescemos...  E nos tornamos melhores, de uma forma ou de outra.

É assim que penso: certezas não me calam. Por isso, escrevo esse texto que, no melhor dos casos, soa apenas como um desabafo. Somos todos movidos por dúvidas e estimulados pela falta. Falta de um encontro. Falta de um sorriso. Falta de um desejo. Falta de um ideal. Falta de uma resposta. Falta da nossa própria falta.

Se no final dessa história terei um livro, um novo amor, ou apenas uma vida bem vivida... Bom, aí são outros quinhentos.

Mas eu acredito, sinceramente, que sim.


Desassossegados do mundo, UNI-VOS! Somos filhos da poesia. Do mistério. De Fernando Pessoa e Clarice. Somos netos da incerteza. E irmãos pela inquietude que nos une.




Que não nos falte coragem para questionar. Ousar. Recomeçar. E viver.  NUNCA.




Fotos: Alessandra Duarte /produção: Ritinha Duarte
Para patrocínios e parcerias, email para comercial.fernandamello@gmail.com e venda de livros pelo loja.fernandamello@gmail.com

05 agosto, 2014

CARTA PARA ALÊ

TODA A FELICIDADE DO MUNDO PRA VOCÊ!

(para a Alessandra, que faz aniversário hoje!)

Querida,

Como vai a vida? Por aqui, nada no mesmo. Tudo acontece. Gosto da segurança, mas prefiro dizer não ao tédio. Difícil conciliar. Difícil conciliar lados meus tão opostos, eu que nunca fui certa. Certezas são tão preciosas e ao mesmo tempo tão mornas, não sei se você me entende. Por isso alterno. Me alterno. Por isso choro, escrevo, invento. Vivo cá, vivo lá. Li um livro inteiro de Física Quântica, você consegue ver o universo como fórmula? Elétrons, matéria, tudo saindo e indo para um mesmo lugar? Complicado. Ou pode parecer simples, não sei. Eu quero entender o mundo, mas só consigo amar. Penso que se entendesse um pouco de mim eu perceberia mais os porquês e sofreria menos por nada. Mas eu continuo sentindo muito, intensamente, dolorosamente e sem fim. Quando dói, dói muito. Corta, rasga, machuca e sangra. Quando fico feliz, o mundo me engole, cada centímetro de pele vira universo, luz e energia. Vibra! É uma felicidade plena, uma alegria inteira, você consegue sentir meu coração daí? Então sinta! Pegue meu coração nas mãos e veja o mundo pulsar dentro dele. Ah, minha amiga, esse coração me engole! Engole minhas palavras, meu desejo, me alimenta. Uma bateria de mil volts, esse é o meu sentir. Existe uma frase linda da Adélia Prado que diz: “uma noite estrelada vale a dor do mundo”. Ah, leio esta frase e fico submersa. Tanta coisa vale a dor do mundo. Tanta coisa vale a dor do meu mundo. Você vale a dor do mundo. Nossos amigos, família, os amores que temos e tivemos. Nossas tardes na praia. Ah, como eu iria esquecer? A nossa Maitê vale a dor do mundo. A Cá vale a dor do mundo. Imagine você que outro dia ela me entendeu com um único olhar e choramos juntas em silêncio porque comunhões valem as dores que deixamos de ter. Coisa mais linda isso. Como eu viveria se não tivesse vocês? Quantas bocas, gostos, cheiros, frases, peles, abraços me valem e sempre me valerão as dores desses e de tantos outros mundos?  Desculpe, minha querida. Eu não sou linear. Eu não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, não existe começo nem fim em mim. Eu existo. Não sou produto, sou só coração. Vivo em um meio que me parece eterno. Um meio que me faz escrever, ser e mudar a cada dia. Se eu começasse a escrever minha vida, seria assim: ...
Percebe? Eu sei que sim. Eu sou reticências. Sou 3 pontinhos. Sou o não-dito. Sou emoção e intenção. Palavras são o meu antídoto. Anti-monotonia, anti mau-humor, anti todo o amor que não há. Por isso hoje, especialmente hoje, em que nada de especial acontece e tudo ao mesmo tempo respira, eu te digo: obrigada por se lembrar de mim do outro lado do mundo. Você está em mim e eu em você. Porque a física ensinou, meu coração confirmou. Eu tirei zero em física, o coração está em eterna recuperação. Mas a vida? A vida, eu não sei. A vida, eu aceito. Aceito viver sem entender. Assim como aceito minha falta de jeito, minha eterna saudade e essa vontade de ser tantas e tanto e ter apenas um coração.

p.s: A verdade é que sou intensa demais e não há quem dê jeito nisso. Sofro dores que não são minhas. Vibro com alegrias que não me pertecem. O bom de tudo é que, toda noite antes de dormir, eu rezo. E sempre sorrio. (Mesmo quando estou triste).



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