18 fevereiro, 2015

Por um mundo mais espontâneo


(em busca da sutil linha que separa os inconsequentes e os medrosos. Sim, queremos estar, ali, no meio da corda bamba: onde moram os ousados, que se arriscam na medida certa, e não tem medo de viver.)




Ter dúvidas é a coisa mais inquietante do mundo. Nos tira o sono, o chão, o juízo. Mas vamos entrar num acordo? O que seria de nós se não houvesse as tais incertezas? São elas que nos movem e nos fazem evoluir. Seja no trabalho. Ou no amor. Não interessa. Um mundo sem questionamentos não vai pra frente. Pessoas, então, nem se fala! O desassossego sempre desencadeou grandes revoluções dentro e fora da gente. Afinal – sejamos honestos! - “certezas absolutas” nos atraem como mosca no mel. Queremos soluções rápidas e, infelizmente, não existem respostas no fim da página.

Por isso, enquanto não chegamos a essas “verdades” que, teoricamente, nos bastariam, nós buscamos, questionamos, tentamos, analisamos, erramos, acertamos, crescemos...  E nos tornamos melhores, de uma forma ou de outra.

É assim que penso: certezas não me calam. Por isso, escrevo esse texto que, no melhor dos casos, soa apenas como um desabafo. Somos todos movidos por dúvidas e estimulados pela falta. Falta de um encontro. Falta de um sorriso. Falta de um desejo. Falta de um ideal. Falta de uma resposta. Falta da nossa própria falta.

Se no final dessa história terei um livro, um novo amor, ou apenas uma vida bem vivida... Bom, aí são outros quinhentos.

Mas eu acredito, sinceramente, que sim.


Desassossegados do mundo, UNI-VOS! Somos filhos da poesia. Do mistério. De Fernando Pessoa e Clarice. Somos netos da incerteza. E irmãos pela inquietude que nos une.




Que não nos falte coragem para questionar. Ousar. Recomeçar. E viver.  NUNCA.




Fotos: Alessandra Duarte /produção: Ritinha Duarte
Para patrocínios e parcerias, email para comercial.fernandamello@gmail.com e venda de livros pelo loja.fernandamello@gmail.com

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