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08 abril, 2015

Passe Livre

Coluna Gabriel dos Anjos

Acidente de um adeus

Dizem, que dor de amor sempre passa, mas e quando não sabe ao certo se era amor, paixão ou simplesmente fixação?
Existe um longo caminho dessas despedidas inesperadas, corações que ainda se amam, mas todo o resto já esfriou. Um término sempre pesa e depois de toda a confusão, acaba tudo num eterno choro na frente do espelho do banheiro. 
A cabeça fica martelando aquelas ideias, tudo parece não ter fim. O tal choro no banheiro que antes lavava a alma, hoje já não tira nem poeira. Fica um vazio constante. Falta carne fria, ferida exposta, falta vivência, falta experiência. 
Mas todos acabam percebendo que experiência não ajuda, um amor é diferente do outro, uma lágrima é diferente da outra.
Agora, basta somente um adeus, com os braços longos, é libertador, mas antes tem o sufoco, é como se fosse num acidente de carro e seu corpo está vivo e preso entre as ferragens. Não tem o que fazer, a não ser gritar por ajuda. 



-Gabriel dos Anjos. 
Instagram: @gabrieldosanjos_ 


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25 março, 2015

Passe Livre

Coluna Gabriel dos Anjos

Preciso falar com você

"Oi, preciso falar com você". Essa frase me causa intensos arrepios. Uma frase tão simples, tão curta. Mas com uma energia negativa tão forte. A voz de quem está pronunciando, é sempre severa. 
Pode vir por aí: a noticia de uma morte, de uma paixão que acabou, do término de um relacionamento (que no momento, soa na mesma intensidade do que a notícia da morte).
Não aguento mais, tento aqui rodear em algum assunto que me faça esquecê-la. Mas é difícil esquecer alguém, quando seus sentimentos estão entranhados, quando eles fazem um nó na garganta. 
Preciso me recompor, eu sei. Mas as lembranças enlouquecem, o choro entra num caminho, mal consegue seguir direito o seu fluxo. É preciso esquecer, mas quando você não esquece, por justamente gostar de lembrar? Sem ordem, na confusão esferográfica de um rodamoinho interno de meu ser. “ Oi, preciso falar com você”. 
E agora, o que se fazer? Nada. Essa frase lateja na cabeça. O tom de voz, o sentimento carregado, a lágrima caindo, a metamorfose. 
Desapareça, tire-me o ar. O motivo de sonhar, de amar. 
Falta um pedaço, falta ferida exposta. Carne crua, carne nua. Falta tudo a flor da pele, falta ardência da queimadura interior, superior, inferior - falta ódio - vontade de bater com a cabeça. 
Tiro você de mim, sua escova de dentes eu jogo no lixo (muito mais por orgulho, do que por vontade).
“Preciso falar com você”  pronto, explodiu. Ajoelha-te ao pé da cama, no escuro, na dor efervescente do coração, da palavra. Pronto, chore, você pode, você consegue.
E, depois do desespero, depois que se põe para fora tudo o que foi acumulado, assim, no raiar do seu sol, você entende tudo o que aconteceu. Todo o acidente. Pronto, passou…Passou. Bola pra frente, é possível. Ao caminhar, vão ter alguns incômodos devido ao espancamento sentimental. Mas aos poucos passa, o sorriso brota de novo no olhar.”


-Gabriel dos Anjos. 
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