18 março, 2016

Cinediário



Agora, a coluna do nosso queridíssimo Gustavo Rezende:


A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende


Dois motivos me levaram ao cinema para conferir Mundo Cão: a direção do sempre competente Marcos Jorge, e o fato do filme não ser uma dessas comédias brasileiras "padrão-globo". Apesar de muitos problemas envolvendo o roteiro, o ritmo e a edição, o longa consegue prender a atenção do espectador e envolvê-lo em uma "montanha-russa de emoções". Composto por um primeiro e segundo atos muito bem desenvolvidos, Mundo Cão não tem pressa em nos apresentar os personagens principais e o conflito central de seu roteiro. Apesar de ter apenas 1h40, o longa sabe trabalhar os caminhos que levam os personagens a terem suas vidas cruzadas. O sacrifício de um cachorro perdido, e o encontro entre o dono e o profissional que o recolheu das ruas, desencadeará uma sucessão de eventos trágicos e definitivos na vida de cada um dos envolvidos. Depois de encantar o público e a crítica com o espetacular Estômago, Marcos Jorge novamente utiliza um elemento de ligação entre os diversos contextos de sua narrativa. Se no filme estrelado por João Miguel a comida era o elo, agora os cachorros promovem a interligação dos diferentes núcleos que o diretor idealizou para seu longa. Um trabalho interessante, que lembra a trilogia da incomunicabilidade de Iñárritu, composta por Amores Brutos, 21 Gramas e Babel. Se por um lado o diretor acerta nos primeiros atos, ele se perde completamente no terceiro. Promovendo escolhas equivocadas, salientando conveniências e adotando a inverossimilhança de algumas ações, Marcos "pesa a mão" e desanda algo que vinha funcionando muito bem. Ao final da projeção, me senti como se tivesse ido a um show, e o artista tivesse deixado de cantar sua principal canção. Um sentimento de frustração, movido pela sensação que a apresentação poderia ser melhor. Além disso, o filme utiliza uma edição claramente inspirada em Whiplash. Com efeitos de transposição de cenas, cadenciadas por acordes de bateria, Mundo Cão não consegue o resultado brilhante do filme de 2014. Aqui, a técnica soa deslocada e descontextualizada. 
Com atuações impecáveis de Babu Santana, Lázaro Ramos e Adriana Esteves, Mundo Cão é um filme forte e envolvente. Pena que faltou fôlego.


Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.












17 março, 2016

Falando de pele (e poesia)

Escrever, para mim, é meu melhor exercício. De autoaprendizado. De humildade. De aceitação. É minha terapia gratuita, tendo – como psicóloga – a mais travessa das filósofas: a literatura.
Por isso, quando as letras surgem... Bom, deixo que elas me levem! Aonde eu vou chegar? Não sei. Mas, não importa. De mãos dadas com as palavras, espero que eu consiga, de alguma forma, encontrar respostas para minhas eternas perguntas ou – quem sabe? – descobrir um pouco mais sobre mim. O que já vale, na minha opinião, um bom texto. Ou minha vida.

(Palavras, eu nos declaro, marido e mulher.)



Agora, o Dr Bruno Vargas vai falar sobre celulite, a inimiga número 1 do nosso biquíni. Vamos lá?








Como acabar com a celulite?


Quem nunca sofreu com celulite? Os temidos furinhos surgem devido a fatores como hereditariedade, retenção de líquidos, problemas circulatórios e alterações hormonais. É importante lembrar que sedentarismo, má alimentação e excesso de toxinas no organismo também contribuem para seu aparecimento.

A melhor forma de evitar a celulite é se prevenindo. Algumas ações como manter uma rotina de exercícios; evitar oscilações de peso, alimentos gordurosos e com alto teor de sódio; e tomar muita água, contribuem bastante para evitar o surgimento dos furinhos. Álcool e cigarro também devem ser evitados.

E, apesar de parecer uma luta inglória, a tecnologia tem trabalhado cada vez mais a nosso favor e hoje já existem equipamentos bastante eficientes para amenizá-las. Um deles combina mecanismos de radiofrequência e vácuo, e atua nas três camadas da pele, da mais superficial a mais profunda. A radiofrequência é responsável por diminuir o volume das células de gordura e a tecnologia a vácuo aumenta a circulação do sangue e acelera o metabolismo. O resultado disso é uma pele mais lisa e bem contornada, trabalhada de dentro pra fora!

Sobre o o doutor: +Dr. Bruno Vargas  é  Sócio Diretor da Inovatto, dedica seu tempo exclusivamente no exercício da dermatologia com excelência, concentrando a sua atuação nas áreas de Cirurgia Dermatológica e Laser em Dermatologia.

11 março, 2016

Hoje tem cinema!



Agora, a coluna do nosso queridíssimo Gustavo Rezende:

A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende


A semana do Oscar foi tão corrida, que acabei esquecendo de postar a resenha (na verdade um alerta) sobre o medonho filme Deuses do Egito. Sabe aqueles comerciais do refrigerante Dolly? Guardadas as devidas proporções, é mais ou menos isso que esse longa representa para a indústria cinematográfica. Extremamente mal feito, repleto de subtramas desnecessárias e com um elenco mal escalado (brancos representando egípcios?), Deuses do Egito parece um daqueles jogos virtuais onde nada parece real. Muito dessa artificialidade se dá pelo sério problema de imersão entre os personagens e a "tela verde". Os elementos visuais, inseridos por computação gráfica, são desconexos com os elementos físicos, gerando uma interação com planos completamente distintos. Uma verdadeira atrocidade! Não sei onde o bom diretor Alex Proyas estava com a cabeça, quando decidiu aceitar o desafio de rodar esse filme descartável. 
E o roteiro? Desde 50 Tons de Cinza não vejo algo tão ruim nos cinemas. Com um argumento raso, confuso e completamente sem foco, Deuses do Egito é como aqueles restaurantes que servem churrasco, pizza, comida japonesa e sanduíche. Ou seja, tem uma série de variantes, mas não faz nenhuma delas com consistência. 
Extremamente caricato e afetado, Gerard Butler passa longe da sua atuação em 300. Orquestrando um plano completamente sem sentido - ele quer destruir e, ao mesmo tempo, dominar o mundo - seu personagem passa quase toda a projeção emitindo sons inaudíveis, e compondo expressões faciais dignas de um bom canastrão. O resto do elenco também está no mesmo nível de Butler, e nada faz para "salvar a pele" desse grande fiasco.
Se você ainda não viu, não perca seu tempo! Guarde o dinheiro pra comprar ovos de Páscoa, afinal eles estão saindo pelos "olhos da cara".


Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.












10 março, 2016

Viver é etcétera



Moda pode ser tudo... Com Rosa Guariglia

"(...) viver é etcétera..."
Guimarães Rosa

Olá!

Já há uns dois anos que a moda do colar choker voltou. Primeiro, as tattoos chokers (aqueles colares bem fininhos de plástico imitando uma tatuagem no pescoço), que eu particularmente não gosto. Claro que depois da Giovanna Antonelli aparecer na novela das 21h usando um chocker de metal dourado a coisa se multiplicou. É daqueles acessórios meio polêmicos, mas voltaram com tudo até nas coleções da Dior e Chanel para o verão 2016. Por mais aflição que eu tenha em usar algo literalmente apertando meu pescoço, tenho visto algumas meninas da moda como a Behati Prinsloo (Sra. Adam Levine) e a Kendall Jenner usando de uma forma bem legal, pode ser da mesma cor da roupa e sempre de tecido, mais confortável e cumprindo bem o papel do acessório, que é o de mudar a cara da roupa.
Acho que já falei aqui que amo a Mulher Maravilha... quando era criança ficava fixada nos braceletes, acho lindo usar um em cada pulso. Como na última terça-feira foi o dia internacional da mulher e somos feitas de uma matéria diferenciada e complexa mesmo, até dei uma pesquisada em algumas roupas feitas em homenagem à minha personagem favorita dos quadrinhos, mas não gostei de nada para publicar. Aí me lembrei da loja perfeita para os fãs dos super heróis, que é a Midtown Comics (W 40th St) em Manhattan, NY. Tem tudo da Marvel e da DC Comics, sem contar aqueles bonecos POP! que são fofos demais. Vale a pena conhecer nem que seja para levar os rapazes como desculpa ou para um alívio das compras femininas.
Beijos!

Rosa




Rosa Guariglia é mineira de Belo Horizonte, advogada e sempre teve um espirito meio transgressor, procurando brechas para não parecer nem careta, nem muito moderna. Adora revistas de moda e tem a mania de fazer álbuns de referências de imagens de editoriais para se inspirar. A maior fonte, segundo conta, são os amigos, de todas as áreas e que sempre mostram um olhar diferente para a vida. Para ela, a diferença nas formas de pensar e os pontos em comum que elas criam, é o que importa.

04 março, 2016

A Bruxa



Agora, a coluna do nosso queridíssimo Gustavo Rezende:

A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende

Uma aterrorizante alegoria sobre os mais primitivos instintos dos seres humanos: culpa, cobiça, inveja e luxúria. Assim pode ser descrita A Bruxa, coprodução entre Brasil, EUA e Canadá, que fez o maior sucesso no Festival de Sundance - saiu com o prêmio de melhor diretor - e na Mostra de Cinema de São Paulo. 
Abdicando dos famigerados "jump scares" (sustos fáceis), o filme investe na construção do medo genuíno, embutindo elementos e signos que gradativamente vão ganhando contornos macabros. Confesso que, em determinados momentos, o longa conseguiu mexer com as minhas estruturas, e me peguei desconcertado com os caminhos que a produção se propôs a percorrer. Repleto de conotações religiosas - observe a cena do jantar, uma clara alusão à Santa Ceia - A Bruxa conta a história de uma família que se instala próximo a uma floresta, após ser expulsa de uma comunidade por divergências religiosas. Assombrados por uma força maligna, cada membro dessa família terá sua vida radicalmente alterada, sofrendo consequências irreversíveis. 
O competente diretor Robert Eggers promove um trabalho intenso e sombrio, investindo em uma caprichada fotografia e uma eficiente direção de arte. Utilizando uma paleta de cores densa e uma cinematografia "suja", Eggers transmite - através das imagens - todo o íntimo de seus personagens, composto por uma profusão de sentimentos obscuros e lascivos. Contando com um elenco desconhecido, o diretor consegue explorar todo o talento e visceralidade de seus atores. Um dos destaques é a jovem Anya Taylor-Joy, que compõe o ponto de conflito do filme. Em um papel que transita em personalidades diferentes, a atriz entrega um personagem profundo, enigmático e vulnerável. 
Com um dos finais mais aterradores dos últimos tempos, A Bruxa prova que o cinema de horror não precisa de muita coisa para ser eficiente, basta saber construir uma atmosfera inquietante e ter uma boa história pra contar.

Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.











03 março, 2016

Proteja sua pele (e seu coração!)



Agora, o Dr Bruno Vargas tira nossas principais dúvidas sobre o uso do filtro solar. Vamos lá?








Como escolher o protetor solar ideal para seu tipo de pele

Quem tem pele mais clara deve utilizar produtos com fator de proteção solar (FPS) mais alto? Quais as diferenças entre protetores em creme e em gel? Atire a primeira pedra quem não nunca se perguntou essas questões na hora da compra do filtro solar. O dermatologista Bruno Vargas dá algumas dicas para escolher o mais adequado para sua pele.
“Realmente é mais recomendado que pessoas de pele mais clara optem por filtros com FPS mais alto, pois elas possuem menos proteção natural. Mas, é preciso ter atenção também quanto ao tipo de pele. Alguns filtros solares com grau maior de FPS, por exemplo, costumam deixar a pele mais oleosa”, destaca o médico.
Quanto à questão da textura dos filtros, Vargas explica: “filtros em creme são mais recomendados para peles secas, já que esse tipo de pele pede mais hidratação”.
“Já versões em mousse ou gel são indicadas para peles oleosas, já que a textura é mais leve. Os filtros em spray, por sua vez, são práticos para grandes áreas ou locais com pelos, pois neles é mais difícil espalhar o creme”, recomenda o dermatologista.
Para que a pele esteja devidamente protegida, é preciso também respeitar as quantidades ideais do produto na pele. “O ideal é utilizar cerca de 2mg/cm², o equivalente a 8 colheres de chá, para o corpo todo; e uma colher para o rosto, pescoço e cabeça”.


Sobre o o doutor: +Dr. Bruno Vargas  é  Sócio Diretor da Inovatto, dedica seu tempo exclusivamente no exercício da dermatologia com excelência, concentrando a sua atuação nas áreas de Cirurgia Dermatológica e Laser em Dermatologia.