29 setembro, 2015

Minha arte é pop!


Vim ao mundo para questionar. Para me entender. Para ser feliz. Por isso, escrevo. Palavras são minha terapia. Meu remédio. Meu ponto de fuga e encontro. Na arte, eu me busco.  É lá que eu sempre estou. Procurando o verbo, indagando a letra, consolando a frase que chegou ao fim. Quer me conhecer? Me encontre naquele romance antigo, segundo parágrafo, mostrando que a solidão não se deve atravessar a sós. Talvez eu possa – e isso é quase certo – me mudar pros tons daquela bela música e por lá ficar: “feita de luz mais que de vento”... Ah, me desculpem os Jungs, Freuds e Lacans. Mas Cazuza me entenderia! Alguns artistas – e nisso incluo poetas, músicos e demais sonhadores – parecem conhecer a fundo a alma humana. Quando falam de si, mostram um pouco também de nós. Quem nunca pensou, ao menos por um segundo: essa canção foi feita pra mim? Eu já me apropriei de centenas de músicas (com o devido crédito ao autor, é claro), que dizia serem "minhas". Naquele momento, elas – e só elas – pareciam entender o que eu sentia. Letra por letra. Rima por rima. Em cada nota, um espanto. E uma sensação de pura comunhão com o mundo: é, eu não estou sozinha. A arte também foi feita pra unir. Pra protestar. Para seduzir. Por isso, passo a vida escrevendo. Lendo. Garimpando frases. Buscando o verso certo. A estrofe perfeita. Ou um conhecimento maior sobre mim mesma. Se estou conseguindo? Não sei. A arte nem sempre é bondosa. Um dia nos pega no colo e, no outro, nos faz enxergar o que ainda é difícil de ver. Mas tudo bem. Enquanto houver um poema pra nos consolar e uma boa canção pra nos comover, "a gente vai levando".


Vamos aproveitar que o dia se tornou tão Cazuza e vamos ler a coluna da Renata Lommez falando muitas verdades sobre o amor?


O amor no Divã

“Eu quero a sorte de um amor tranqüilo...”
Quando penso na Fê logo me vem à cabeça Cazuza! Hoje lendo os emails que recebo daqui me veio essa música “... com sabor de fruta madura...” Ah os ideais! Quem não quer ter a certeza de que não vai sofrer?! Já disse aqui em uma frase no Divã que o amor existe para nos devolver  paz, sono, auto-estima,  não para tirar! E tranquilidade nos relacionamentos tem mesmo a ver com maturidade!
As pessoas maduras (não mais velhas) se relacionam de uma forma mais serena, porque aprendem a gerenciar suas emoções. São acertos decorrentes de erros reconhecidos e reparados. Por isso eu sempre digo para quem se questiona sobre sempre entrar em roubadas. Ou porque seus relacionamentos nunca vão adiante? Temos a tendência em repetir escolhas enquanto não nos conhecemos o suficiente para compreendermos qual a parte que nos toca nesse latifúndio, qual responsabilidade temos diante do fracasso nas relações. Erro nas escolhas? Ou repetição dos próprios erros? Insisto em sempre nos perguntarmos “por que”, escutarmos a nossa voz interior, conhecermos nossas emoções para gerenciá-las.  Um amigo na hora da dor é fundamental, mas a experiência dele é única e cada um traz traumas e recalques individuais que conduzem a nossa própria e também individual condição. Tem uma fase da vida em que tudo é muito intenso, mas um intenso muito gostoso de viver, mesmo que seja preciso derramar muitas lagrimas enquanto sentimos estar em um vídeo clipe. O sofrimento também tem um limite, claro. Se estiver nos impedindo de viver a rotina normalmente é hora de pedir ajuda, ok? Grande parte das vezes é preciso sim querer amadurecer, passar por cima da própria vaidade. Mas não desista do amor. Lembre-se que para tudo tem a sua hora, e um amor por ser tranqüilo não quer dizer que seja morno.

Instagram: @renatalommez



"Amor no Divã" e "Frases no Divã" é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez,que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM. 

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