Para ler (trechinho do Amar é punk que vem aí):
NO CHÃO
“O coração, minha filha, é um imbecil”
(Leminski)
Cara, estou sentada no chão da minha sala pensando em como seria um texto que falasse sobre você. É, sobre você. Sobre nós. E sobre essa bagunça que virei depois que você surgiu na minha vida. Porque tudo aconteceu tão devagar e, ao mesmo tempo, tão rápido. Não sei ser precisa nessas questões tecnológicas, sabe... Mas, um belo dia, eu senti que você não era só um beijo. Uma noite em claro. Nós não éramos só duas taças de vinho vazias sobre a mesa. ÉRAMOS MAIS QUE ISSO. E foi aí que eu fodi tudo. FODI. Porque foi bem nessa hora que estraguei o que a gente tinha de mais legal. Embolei nosso lençol com os meus sentimentos e quis mais do que você poderia me dar. Putz, como foi que eu deixei isso acontecer? Eu, tão moderna (supostamente dizendo). Eu, tão bem resolvida. Eu, tão independente. Eu, tão eu... De repente, virei eu, tão você... Não me conformo. Como permiti me tornar esse clichê ambulante? Como eu me permiti, assim, de repente, gostar de você e te dar um espaço tão grande na minha vida? (Fernanda Mello)
Dia 11 de Agosto vai ter lançamento em BH do meu livro "O amor na TPM", pela Editora Empíreo. Aguardem!
Livro do mês (daqueles que a gente lê e todas as amigas também):
Para entrar no clima da semana do rock:
Ok, para gente todo dia é dia do rock. Mas, para comemorar o dia internacional do rock que vem aí, vários clássicos para vocês! Aumenta o som e deixa rolar: Clássicos do Rock
E um dos meus preferidos:
Frases no Divã:
Hoje temos duas colunas novas: a "Frases no Divã" e "Moda pode ser tudo...com Rosa Guariglia", que vem logo abaixo. A Frases no Divã é escrita pela psicóloga, psicanalista clínica, gestora de pessoas e especialista em projetos para terceiro setor +Renata Lommez, que além de grande amiga, é uma super profissional, que já trabalhou, inclusive, como colunista na Editora Abril. E é essa loura super inteligente com ares de Fergie que me ajudou em todo o livro O AMOR NA TPM , que será lançado pela editora Empíreo, em Agosto. Bem-vinda, Rê! É uma delícia dividir com os leitores do blog a sua capacidade de nos fazer pensar. E refletir sobre nossas maiores dúvidas e anseios. Em Agosto, além das Frases do Divã, a Renata terá, aqui, uma coluna inédita. Afinal, se autoconhecer é a melhor ferramenta para a gente ser feliz. Não é?
Moda pode ser tudo... Com Rosa Guariglia
"(...) viver é etcétera..."
Guimarães Rosa
Olá!
Depois de conversar com a Fernanda sobre a minha participação aqui no blog, tive que buscar no dicionário a definição de moda. Isso porque não tenho formação na área, ou qualquer coisa parecida, mas, como (quase) todo mundo, sempre fui curiosa, amo os editoriais de revistas como Vogue e, ao longo da vida, acabei me arriscando algumas vezes a adotar novos visuais com resultados absolutamente desastrosos.
Em minhas andanças por outras cidades e países, constato cada vez mais o que é óbvio, ou seja, os modismos, o que se usa, o que se come e até o que se fala, tem mais a ver com os costumes, com o clima, e até com o contexto político daquele lugar específico do que com a tendência dos editoriais de moda, que lançam ou traduzem um espírito de rua. Quer um exemplo? Como usar muita roupa e maquiagem no calor do Rio em que as meninas arrasam no visual “cara lavada”, roupas leves, meio peladas, e não menos inspiradoras?
revista.vogue.globo.com |
Mesmo assim, há sempre alguma coisa que pega em todos os lugares, já notaram? Recém-chegada de férias curtas em uma praia da Europa e, após uma romaria de aeroportos na volta pra casa, elegi não uma peça de vestuário (mas bem que poderia ser o shorts jeans desfiado), mas um penteado, o coque alto. Não importa se o cabelo é médio, longo, se a moça está na areia da praia, no restaurante chique, no boteco ou numa sala de embarque de aeroporto. Ela está lá, com cara de arrumada. De dia, de óculos escuros. De noite, muita máscara de cílios, boca bem tratada, que pode ser nude ou vermelho vivo e um ar de saúde com um pouco (ou muito) blush, independe se faz frio ou calor. Vale até colocar grampinhos para segurar os fios que cismam em arrepiar sem correr o risco de parecer que está rodando uma touca como dizia a minha avó, porque hoje isso também se admite. É isso, pessoal, o coque alto salva gente do mundo inteiro (até os moços adotaram!) e eu vou continuar apostando no meu.
Beijos,Rosa
Para inspirar:
Créditos: Fashionjacket.com; Likaschwarz.blogspot.com; Santavilla.blogspot.com; FashionDrunk.wordpress.com |
Rosa Guariglia é mineira de Belo Horizonte, advogada e sempre teve um espirito meio transgressor, procurando brechas para não parecer nem careta e nem muito moderna. Adora revistas de moda e tem a mania de fazer álbuns de referências de imagens de editoriais (e fotos de cabelos, lugares, dicas de onde ir...ufa!) para se inspirar. A maior fonte, segundo conta, são os amigos, de todas as áreas e que sempre mostram um olhar diferente para a vida. Para ela, a diferença nas formas de pensar e os pontos em comum que elas criam, é o que importa.
Acessório da semana:
Os escolhidos da semana da Loja But Le (insagram: @lojabutle e facebook www.facebook.com/lojabutle). Muita marsala e muitas pulseiras, por favor!
A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende
Alguns elementos similares são observados nas duas adaptações das obras de John Green para o cinema. Em primeiro lugar, vale ressaltar a atmosfera envolvente que o autor constrói em suas tramas, sendo capaz de segurar a atenção do espectador durante toda a história. Outro ponto interessante são os adolescentes descritos por Green: muito mais maduros, racionais, seguros e detentores de sentimentos consolidados, que qualquer adolescente real da face da terra.
Os diálogos proferidos pelos jovens atores são repletos de poesia, profundidade e muita sabedoria, causando um pequeno traço de artificialidade na composição dos personagens. Mas isso não é uma crítica negativa ou algo que deprecie suas obras, apenas um traço do autor, que vem se especializando em falar a língua dos jovens. Uma outra característica das adaptações de Green está na escolha da trilha sonora. Assim como a belíssima seleção de A Culpa é das Estrelas, Cidades de Papel repete a dose e escala um competente repertório musical, que embala essa trama tão interessante sobre o rito de passagem para a fase adulta.
Confesso que estava com um pé atrás quando fui conferir a cabine de Cidades de Papel, afinal a história não tinha me chamado atenção e fiquei sabendo que tratava-se de uma adaptação livre da obra de John Green. E como eu gosto de ser surpreendido e ter minhas amarras desatadas! Foi esse gostoso sentimento que tive ao final do filme. Obviamente o longa possui alguns problemas de condução, principalmente no que diz respeito à verossimilhança de algumas situações, mas no geral o desconhecido diretor Jake Schreier se sai muito bem, e entrega um filme honesto, nostálgico e envolvente. Construído através de um road movie - um dos meus gêneros favoritos - o longa vai se aprofundando no íntimo dos personagens à medida que os quilômetros vão se passando. Ao final estamos completamente envolvidos por aqueles jovens que estão em busca de realizar / consolidar seus sonhos.
Leve, divertido e bem conduzido, Cidades de Papel é um filme que me surpreendeu!
Os diálogos proferidos pelos jovens atores são repletos de poesia, profundidade e muita sabedoria, causando um pequeno traço de artificialidade na composição dos personagens. Mas isso não é uma crítica negativa ou algo que deprecie suas obras, apenas um traço do autor, que vem se especializando em falar a língua dos jovens. Uma outra característica das adaptações de Green está na escolha da trilha sonora. Assim como a belíssima seleção de A Culpa é das Estrelas, Cidades de Papel repete a dose e escala um competente repertório musical, que embala essa trama tão interessante sobre o rito de passagem para a fase adulta.
Confesso que estava com um pé atrás quando fui conferir a cabine de Cidades de Papel, afinal a história não tinha me chamado atenção e fiquei sabendo que tratava-se de uma adaptação livre da obra de John Green. E como eu gosto de ser surpreendido e ter minhas amarras desatadas! Foi esse gostoso sentimento que tive ao final do filme. Obviamente o longa possui alguns problemas de condução, principalmente no que diz respeito à verossimilhança de algumas situações, mas no geral o desconhecido diretor Jake Schreier se sai muito bem, e entrega um filme honesto, nostálgico e envolvente. Construído através de um road movie - um dos meus gêneros favoritos - o longa vai se aprofundando no íntimo dos personagens à medida que os quilômetros vão se passando. Ao final estamos completamente envolvidos por aqueles jovens que estão em busca de realizar / consolidar seus sonhos.
Leve, divertido e bem conduzido, Cidades de Papel é um filme que me surpreendeu!
Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.
E semana que vem vai rolar promoção do @cinediario, @cineart_oficial e @fernandacmello! Sigam a gente no Instagram e aguardem!
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