13 fevereiro, 2015

Com que letra eu vou?



Para ler:

“Brigitte Bardot” (Record, 322 pgs. R$ 35) faz um balanço competente da trajetória de um dos maiores símbolos sexuais da história do cinema, que completou 80 anos ano passado. O livro de Lelièvre – também autora de biografias de outros personagens polêmicos da cultura francesa, como Françoise Sagan, Yves Saint-Laurent e Serge Gainsbourg – mostra de forma convincente como o clichê da boneca sensual e sedutora foi assimilado pela atriz a ponto de suas imagens pública e privada, suas vidas exterior e interior, se confundirem. Bem interessante.




Para dar uma animada:
Sou vintage, baby!



Para quem quer curtir Alalaô em BH:


Vai ficar em BH e quer cair no samba? Aí vai a programação completa, com os bloquinhos e demais atrações que rolam na cidade: http://www.buzzfeed.com/agenciatarjapreta/programaaao-completa-dos-blocos-de-rua-em-belo-h-16gyk?bfwa&s=mobile







Para colorir o look:
Coroas Frida, do Dorotea Brechó! Achei um luxo!



Para quem prefere o básico-chique:
Uma make linda e cheia de glamour, dica do Blog "A saga da Bota"




Para quem não curte carnaval:


Uma playlist eclética feita por mim: Playlist Nanda Mello para Inkaholic






A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende

Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)

Simplesmente brilhante! Não consigo outra palavra para resumir Birdman. O filme é uma verdadeira declaração de amor aos atores e à arte de representar, seja no teatro ou no cinema. Com o maior número de indicações ao Oscar (9), Birdman consegue revolucionar vários aspectos cinematográficos
como narrativa, edição e mixagem de som, num roteiro simplesmente espetacular. O elenco é uma atração à parte. Atores como Edward Norton, Emma Stone (indicados) e Naomi Watts apresentam atuações incríveis, que dão peso à narrativa e servem como degrau para Michael Keaton, em uma das atuações mais apaixonantes dos últimos tempos. Inclusive a história de Keaton pode ser confundida com a do personagem. Depois de estrelar Batman, o ator caiu no ostracismo e em uma maré de azar na vida pessoal e profissional.

O filme, dirigido pelo mexicano Alejandro González Iñárritu (Babel, Biutiful), conta a história de Riggan Thomson (Michael Keaton) que no passado fez muito sucesso interpretando o Birdman, um super-herói que se tornou um ícone cultural. Entretanto, desde que se recusou a estrelar o quarto filme com o personagem sua carreira começou a decair. Em busca da fama perdida e também do reconhecimento como ator, ele decide dirigir, roteirizar e estrelar a adaptação de um texto consagrado para a Broadway. Entretanto, em meio aos ensaios com o elenco formado por Mike Shiner (Edward Norton), Lesley (Naomi Watts) e Laura (Andrea Riseborough), Riggan precisa lidar com seu agente Brandon (Zach Galifianakis), sua filha Sam (Emma Stone) e ainda uma estranha voz que insiste em permanecer em sua mente.

Como disse acima, a edição é incrível e estranhamente ficou fora do Oscar. O filme é editado com o objetivo de parecer uma única tomada, criando um efeito sensorial inesquecível. A câmera "baila" em cena acompanhando os passos dos personagens ininterruptamente. Iñárritu faz um trabalho maravilhoso de direção de cena e atores no filme mais criativo do ano. Sendo assim Birdman, na minha opinião, merece os principais prêmios da Academia: filme, diretor, ator e roteiro original.

Apesar de todos os elogios, lembro que não é um filme para todos os gostos. Birdman apresenta uma montagem muito dinâmica, inúmeros diálogos peculiares e um humor negro bem ácido. Inclusive o filme faz uma crítica bem interessante às celebridades formadas pela internet, que "camarotizam" suas vidas em uma exposição sem limites. Os espectadores acostumados à uma narrativa convencional, podem não comprar a ideia. Eu achei genial.

Nota: 9,5

Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes em cartaz e em homevideo.

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