29 maio, 2015

Com que letra eu vou?



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Porque imaginação não tem idade!



Para pensar:



Para ouvir:



Para hoje:

Está em BH? Então, cola lá!



A sétima arte, em palavras - Gustavo Rezende

Você que está em crise no casamento, não se preocupe! Quer colocar um ponto final nos desajustes e recuperar a relação? É muito simples, basta procurar um lugar onde esteja ocorrendo algum desastre natural, como tsunami, tornado ou terremoto. Acho que os roteiristas de filmes-catástrofe possuem uma ideia fixa com essa temática, e sempre colocam essas crises familiares como pano de fundo em produções desse gênero. Para não fugir à regra, eis que Terremoto: a Falha de San Andreas apresenta a mesmíssima estrutura e ainda tempera com um emaranhado de clichês e situações convenientes. Sinceramente, é demais pra mim!
A produção possui efeitos visuais incríveis, tudo muito bem estudado, projetado e super bem realizado. Mas esse é o único feito positivo do filme. Inclusive, o 3D é completamente desnecessário. O restante é um atentado à inteligência do espectador. O roteiro é algo inexplicável, de tão ruim. Tenho muita "preguiça" de histórias que elevam os protagonistas a um patamar superior ao resto dos mortais. Um exemplo: estão todos correndo para uma direção, mas a mocinha acha melhor ir para o outro lado, pois ela é sábia demais para acompanhar a massa. Aliás, eu nunca vi uma família tão sagaz, inteligente e forte como essa. Outro grande problema do roteiro são as conveniências. Logo no início do filme, a "menina-genial" tem uma conversa com o namorado de sua mãe sobre o prédio que ele está construindo. Do nada, ele diz que é o maior e mais resistente edifício de São Francisco. Não precisa nem ser muito perspicaz para imaginar onde será o abrigo dos protagonistas. Em outra situação, através de um boné, Dwayne consegue um avião novinho para pilotar. Isso realmente não dá para engolir.
O elenco não prejudica, nem acrescenta. Dwayne Johnson possui um carisma interessante, mas quando é exigido em cenas dramáticas, não convence. Fiquei com pena do Paul Giamatti, um excelente ator, que está ali apenas para explicar tecnicamente o terremoto.
San Andreas é mais um filme-catástrofe, ao estilo Roland Emmerich, que não mostrou a que veio. Uma pena!


Gustavo Rezende (instagram @gustavosrezende) é publicitário, especialista em desenvolvimento de produtos cosméticos e amante da sétima arte. Criador do instagram @cinediario, contribui semanalmente com críticas, indicações e curiosidades sobre os melhores filmes.







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