04 setembro, 2013

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Ácido Hialurônico: aplicações na dermatologia e rejuvenescimento

O ácido hialurônico é uma substância presente na pele, sendo distribuído na epiderme e derme. Devido a sua grande afinidade pela água, a presença dessa substância confere uma maior hidratação, o que em última análise reflete na qualidade e viço da pele.

Sabe-se que a quantidade total do ácido hialurônico diminui com a idade, o que despertou um grande interesse na reposição dessa substância, principalmente a partir dos 30 anos, quando o declínio acentua-se.

O uso do ácido hialurônico na dermatologia estética passou por uma grande evolução nos últimos anos. Sabe-se que o ácido hialurônico  quando aplicado na pele (na forma de cremes) promove a hidratação da mesma; mas o grande avanço foi a estabilização do gel à base de ácido hialurônico, (através do processo de crosslinking), que possibilitou o uso do produto para dar volume e preencher,  principalmente áreas da face.

Existem diversas formas de uso do ácido hialurônico quando o assunto é rejuvenescimento:

1.   -  Hidratação: o ácido hialurônico usado na forma de cremes possui apenas o efeito hidratante; sendo assim, não conferem volume como também não preenchem rugas;

2.   -  Hidratação injetável: esse novo conceito de hidratação, também chamado de “Skinboosters”, consiste em procedimento médico, no qual o ácido hialurônico é injetado através de agulhas ou cânulas logo abaixo da pele; o efeito é uma hidratação mais intensa e com efeito mais prolongado; pode ser aplicado em toda a face, pescoço, colo e mãos; o protocolo são de 3 sessões com intervalo mensal;

3.   - Preenchedores: com o advento da reticulação do produto (o crosslinking “, que citei anteriormente) foi possível o uso do ácido hialurônico em camadas mais profundas da pele sem que o mesmo fosse degradado tão rapidamente. Com o uso de agulhas ou cânulas é aplicado o produto na derme (camada profunda da pele) com a finalidade de preencher sulcos e rugas;

4.   - Volumizadores: o conceito de volumização, que consiste na aplicação do ácido hialurônico em um plano mais profundo (abaixo da pele – um pouco acima do osso), possibilitou o reposicionamento/remodelamento de estruturas como a região malar (bochechas) e contorno da mandíbula , que se modificam muito com o envelhecimento.

Em última análise, o ácido hialurônico pode atuar em várias etapas do rejuvenescimento, quando manipulado por mãos experientes. Muito importante que o paciente tenha uma boa indicação para o uso do produto e que o médico tenha muita cautela na execução do tratamento.  Sempre digo que na dermatologia estética, o MENOS é sempre MAIS. Num  mundo de exageros, o bom senso é muito bem-vindo!



E você? Possui alguma dúvida ou quer sugerir temas para essa coluna? É só deixar seu comentário,  que iremos respondê-lo na semana que vem.

Muito obrigado pelo carinho,

Dr Bruno Vargas

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