Eu não estou a fim de me enganar e dizer que amanhã algum cara vai me olhar de um jeito diferente (e vice-versa) e eu vou dizer SIM com os olhos cheios de planos e desejos. NÃO, NÃO E NÃO. Me mandem pra terapia, me enviem florais de Bach em garrafas pet de 2 litros, me façam reiki, regressão, me mandem o Brad Pitt divorciado.. NÃO ADIANTA. Eu NUNCA mais vou me apaixonar e não há quem possa me fazer mudar de ideia. Posso até amar. AMAR, OK. Mas apaixonar? Sinceramente, NÃO. Não mesmo.
Eu até gostaria por um segundo (eu escrevo com mais facilidade quando estou apaixonada), mas não consigo mais. NÃO DÁ. Acabou a cota de paixões por essa vida, ninguém se apaixona depois dos 35. E não pensem que é por causa de alguém em especial, esse blablablá do tipo "você tem medo de sofrer"... Definitivamente, não é por aí. Eu simplesmente aprendi a não criar expectativas em relação às pessoas. E - vamos combinar! - paixão não existe sem uma caixa de expectativas dentro. Estou certa?
Mas - se por um curioso incidente divino - eu me apaixonar de novo e pensar: "fodeu, paguei minha língua", fiquem felizes por mim. Na verdade, soltem fogos, ergam bandeiras e saibam que eu estarei feliz demais (por pura conspiração química) e triste demais ao mesmo tempo. Porque não existe paixão sem DEMAIS. Não existe paixão sem PAZ. (Mas, peraí, eu não vivo dizendo que o que eu mais quero é paz?).
Bom, é isso. Definitivamente, paixão não é pra mim.Será que eu posso pular essa parte das idealizações desnecessárias e amar de verdade, sem frio na barriga?
Um comentário:
Sim, depois de um tempo a gente finalmente aprende que paixão tem a ver com posse, irracionalidade e não, não é uma coisa boa.
O amor sim é leve, tranquilo e um sentimento que não faz sofrer.
E como a paixão pode ser algo bom, se faz a gente sangrar?
Postar um comentário