“Sabe uma das coisas mais bonitas que minha mãe me ensinou? Só sabe amar de verdade quem deixa que o outro SEJA. Putz. Acho isso a coisa mais foda do mundo! Isso é Amar com A maiúsculo, amor sem egoísmo e com total aceitação das nossas tantas imperfeições.” (Fernanda Mello)
Para ler:
"O estrangeiro", Alberto Camus.
Para assistir:
"Aqui é o meu lugar", com Sean Penn. Sensacional!
Para ouvir:
Para ficar mais saudável:
O blog da Nutricêutica está repaginado! Visitem, tem muitas dicas bacanas por lá: www.ondecomprarcolageno.com.br
"Estou achando tão difícil me expressar. Fico olhando pra tela em branco com ar de boba. E NADA. Nenhuma frase coerente. NADA. E no meio das inúmeras tentativas em que eu tento – em vão – escrever, me antecipa aquela saudade esquisita, que não vai embora nunca... E a saudade fica martelando na minha cabeça, me dá uma espécie de aperto no peito e eu fico rindo e imaginando que, com certeza, se você estivesse aqui, você diria que era melhor eu consultar um médico ou coisa parecida. Mas você não está aqui. E a tela vazia me desafia e eu digito três ou quatro letras aleatórias para passar o tempo e depois aperto o backspace rápido e sumo com tudo. Como se a sensação que eu sinto pudesse sumir feito mágica. Mas, não. Para a saudade não existe backspace. Não existe delete, não existe tecla para trazer a presença. Só existe você, do outro lado do oceano, fazendo cenas (mil cenas!)... E me deixando aqui: muda. Literalmente sem palavra. Sem espaço. Sem texto". (Fernanda Mello)
24 julho, 2012
CARTA PARA UMA AMIGA
Querida,
Como vai a vida? Por aqui, nada no mesmo. Tudo acontece.
Gosto da segurança, mas prefiro dizer não ao tédio. Difícil conciliar. Difícil
conciliar lados meus tão opostos, eu que nunca fui certa. Certezas são tão
preciosas e ao mesmo tempo tão mornas, não sei se você me entende. Por isso
alterno. Me alterno. Por isso choro, escrevo, invento. Vivo cá, vivo lá. Li um
livro inteiro de Física Quântica, você consegue ver o universo como fórmula?
Elétrons, matéria, tudo saindo e indo para um mesmo lugar? Complicado. Ou pode
parecer simples, não sei. Eu quero entender o mundo, mas só consigo amar. Penso
que se entendesse um pouco de mim eu perceberia mais os porquês e sofreria
menos por nada. Mas eu continuo sentindo muito, intensamente, dolorosamente e
sem fim. Quando dói, dói muito. Corta, rasga, machuca e sangra. Quando fico
feliz, o mundo me engole, cada centímetro de pele vira universo, luz e energia.
Vibra! É uma felicidade plena, uma alegria inteira, você consegue sentir meu coração
daí? Então sinta! Pegue meu coração nas mãos e veja o mundo pulsar dentro dele.
Ah, minha amiga, esse coração me engole! Engole minhas palavras, meu desejo, me
alimenta. Uma bateria de mil volts, esse é o meu sentir. Existe uma frase linda
da Adélia Prado que diz: “uma noite estrelada vale a dor do mundo”. Ah, leio
esta frase e fico submersa. Tanta coisa vale a dor do mundo. Tanta coisa vale a
dor do meu mundo. Você vale a dor do mundo. Nossos amigos, família, os amores
que temos e tivemos. Nossas tardes na praia. Ah, como eu iria esquecer? A nossa
Maitê vale a dor do mundo. A Cá vale a dor do mundo. Imagine você que outro dia
ela me entendeu com um único olhar e choramos juntas em silêncio porque
comunhões valem as dores que deixamos de ter. Coisa mais linda isso. Como eu viveria
se não tivesse vocês? Quantas bocas, gostos, cheiros, frases, peles, abraços me
valem e sempre me valerão as dores desses e de tantos outros mundos? Desculpe, minha querida. Eu não sou linear. Eu
não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, não
existe começo nem fim em mim.
Eu existo. Não sou produto, sou só coração. Vivo em um meio
que me parece eterno. Um meio que me faz escrever, ser e mudar a cada dia. Se
eu começasse a escrever minha vida, seria assim: ...
Percebe? Eu sei que sim. Eu sou reticências. Sou 3
pontinhos. Sou o não-dito. Sou emoção e intenção. Palavras são o meu antídoto.
Anti-monotonia, anti mau-humor, anti todo o amor que não há. Por isso hoje,
especialmente hoje, em que nada de especial acontece e tudo ao mesmo tempo respira,
eu te digo: obrigada por se lembrar de mim do outro lado do mundo. Você está em
mim e eu em você. Porque
a física ensinou, meu coração confirmou. Eu tirei zero em física, o coração
está em eterna recuperação. Mas a vida? A vida, eu não sei. A vida, eu aceito.
Aceito viver sem entender. Assim como aceito minha falta de jeito, minha eterna
saudade e essa vontade de ser tantas e tanto e ter apenas um coração.
p.s: A verdade é que sou intensa demais e não há quem dê
jeito nisso. Sofro dores que não são minhas. Vibro com alegrias que não me
pertecem. O bom de tudo é que, toda noite antes de dormir, eu rezo. E sempre
sorrio. (Mesmo quando estou triste).
Carta escrita para a minha fofa Alê, que está agora na África do Sul!
"8 Mulheres 1/2" dodo consagrado e polêmico diretor Peter Greenaway. Picante!
Da Kabbalah (para pensar!):
"Quando fazemos uma promessa, criamos um recipiente espiritual e uma energia vem preenchê-lo automaticamente. A nossa maneira de vivenciar essa luz é sentir um bem estar por termos nos comprometido a fazer algo.
Mas é aí que reside o problema. Recebemos a luz simplesmente por manifestar nossa intenção. E mesmo se não cumprirmos o prometido, receberemos essa luz. Mas não haverá um recipiente para contê-la. E essa energia cairá em um buraco negro. E é nessa hora que as coisas começam a dar errado.
A solução é simples. Cumpra sua palavra. Ou não faça promessas".
Para dar um up no visual:
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"Romance, surpresa etc, não chegam a ser novidade em termos de pré-requisitos para um amor ideal, supondo que amor ideal exista, mas "condição de entrega" me fez erguer o músculo que fica bem em cima da sobrancelha, aquele que faz com que a gente ganhe um ar intrigado, como se tivesse escutado pela primeira vez algo que merece mais atenção. Mesmo havendo amor e desejo, muitas relações não se sustentam, e fica a pergunta atazanando dentro: por quê? O casal se gosta tanto, o que os impede de manter uma relação estável, divertida e sem tanta neura? Condição de entrega: se não existir, a relação tampouco existirá pra valer. Será apenas um simulacro, uma tentativa, uma insistência. Essa condição de entrega vai além da confiança. Você pode ter certeza de que ele é uma pessoa honesta, de que falou a verdade sobre aquele sábado em que não atendeu ao telefone, de que ele realmente chegará na hora que combinou. Mas isso não é tudo. Pra ser mais incômoda: isso não é nada. A condição de entrega se dá quando não há competitividade, quando o casal não disputa a razão, quando as conversas não têm como fim celebrar a vitória de um sobre o outro. A condição de entrega se dá quando ambos jogam no mesmo time, apenas com estilos diferentes. Um pode ser mais rápido, outro mais lento, um mais aberto, outro mais fechado: posições opostas, mas vestem a mesma camisa." (Martha Medeiros)
Layout by Secret Feeling
10 julho, 2012
O
QUE VOCÊ QUER LEVAR DESSA VIDA?
Os ponteiros acusam: a hora escorre
pelos dedos. A terra gira mais rápido. As folhinhas do calendário viram
depressa demais. Quando percebemos, no meio do caos que nos rodeia, estamos no
meio de um plano inacabado, com a ansiedade no colo (e uma lista interminável
de insatisfação nas mãos). O resultado? Ansiedade! E uma aflição no peito que
não nos deixa parar...
Queremos ser mais rápidos. Mais
produtivos. Mais felizes. Mais jovens. Mais conectados. QUEREMOS SER MAIS SEMPRE.
A verdade é que não há nada de
errado em se aperfeiçoar, muito menos em querer ser melhor. A vontade vira problema quando nos tornamos
vítimas da nossa própria pressa. E a ansiedade, ao invés de mola, se torna fardo
diário na vida da gente. Estou errada? Creio que não. Tudo ficou fast,
gostando ou não do termo. O novo se
torna obsoleto em questão de meses. Surgem
versões atrás de versões, upgrades
diários, tanta novidade que a memória não consegue lembrar o número do nosso
próprio telefone.
E a gente passa a vida correndo.
Calculando. Somando. Tentando... Esquecendo que, no fundo, a vida é um grande
clichê e as coisas que REALMENTE fazem diferença são muito simples.
Vejam meu próprio exemplo: há anos
atrás, conheci um vendedor de picolé na praia, enquanto ele fazia seu habitual
trajeto de venda. O dia estava lindo, o mar tinha uma cor verde-esmeralda
incrível e ele perguntou, bem de repente, enquanto eu admirava a paisagem:
menina, no fim, o que a gente leva dessa vida? Fiquei sem saber o que responder,
afinal não estava preparada para uma pergunta daquelas. E ele mesmo se solucionou,
com aquele ar de quem está apenas pensando alto: é, a gente só leva
lembranças...
Pronto! Dez anos de terapias poupados.
Não quero levar dessa vida uma lembrança que inclui cara feia, trânsito
infernal, buzina, palavrão, correria e uma pressa desvairada. Não, não
quero. Não quero faltar aniversários, encontros
com amigos, esquecer abraços, me faltar como pessoa por pura falta de tempo.
Quero levar, como lembranças, todas as coisas simples que eu considero
essenciais: amores. Risos. Beijos. Abraços. Alegrias. Realizações. Palavras. E
aquele sentimento de que não vivemos e, sim, desfrutamos a vida. É. Para DESFRUTAR,
não existe pressa.
(Fernanda Mello)
Para ler: Para quem gosta do Neil Gaiman, corra já para as livrarias! Chegou a biografia “Príncipe de Histórias: Os Vários Mundos de Neil Gaiman”. São 743 páginas! Estou feliz só de olhar para o livro! :)
Para assistir:
O filme "A delicadeza do amor", com Audrey Tautou. Adoro ela!
Para ouvir:
Para ficar mais saudável:
Dica de moda: Crochê não é mais coisa de vô. Olha essa blusa linda da Emerenciana, feita pela Bianca Lemes:
"Fico imaginando que essa tal “mulher independente”, aos olhos dos outros, pareça ser uma pessoa que nunca precise de ninguém, que nunca peça apoio, que jamais chore, que não tenha dúvidas, que não valorize um cafuné. Enfim, um bloco de cimento.
Quando eu comecei a ter idade pra sonhar com independência, passei a ler afoitamente os livros de Marina Colasanti – foram eles que me ensinaram a importância de abrir mão de tutelas e a se colocar na vida com uma postura própria, autônoma, mas nem por isso menos amorosa e sensível. Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.
Sobre a questão da independência afugentar os homens, Marina Colasanti brincava: “Se isso for verdade, então ficarão longe de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são muito seguros de si. Que ótima triagem”. (Martha Medeiros).
03 julho, 2012
“Cansei. Ai, me desculpe. Estou fora. Não quero inventar amor, por mais emocionante que pareça. Por mais que renda histórias lindas e tristes. Chega. Chega de tanto prejuízo, de tanta espera, chega de ficar num limbo de relacionamentos esquisitos. (…) Quando escutar frases do tipo: ‘estou com medo’, ‘minha ex-namorada’, ‘estou confuso’, ‘não tive tempo’, vista já sua calcinha, seu orgulho, junte seu coração e dê o fora.”
—
Fernanda Mello.
Para ler:
"Melhores contos", do Caio Fernando Abreu.
Para assistir:
Corra Lola, corra! Imperdível.
Para ouvir:
O CD novo do Garbage: "Not Your kind of people". E o da Norah Jones: "Little Broken Hearts".
"Mas finjo de adulto, digo coisas falsamente sábias, faço caras sérias, responsáveis. Engano, mistifico. Disfarço esta sede de ti, meu amor que nunca veio - viria? virá? - e minto não, já não preciso.)
Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano". (Caio Fernando Abreu)