(porque esse é o time que mais cresce no mundo?)
Não há nada – definitivamente NADA – que me tire mais do sério quanto o “dar de bobo pra se dar bem”. Parece que o tal jeitinho brasileiro virou febre. Passar a perna sorrateiramente é a última moda. O NEW BLACK. A tendência mais forte para todas as estações. E o pior: é tudo tão escancarado que merece até prêmio. Onde está a boa (e velha educação), o caráter, aquelas coisas que aprendemos no berço?
Minha mãe sempre me disse que as pessoas colhem o que plantam. Que quem faz mal para os outros acaba se dando mal lá na frente. Pois bem, eu acredito nisso. Sempre acreditei. E me pergunto: aquele Sean Parker (que criou o Napster, enganou o menino do Facebook e agora é atual sócio da Warner) continua se dando bem mesmo depois de ter se mostrado um mau caráter? Sei bem o que Dona Guilhermina me diria uma hora dessas: você não sabe o que ele sente quando coloca a cabeça no travesseiro. É, realmente, eu não sei. Dinheiro e sucesso não são premissas para a felicidade. E, às vezes, pessoas são tão rasas que nem têm noção do estrago que causam.
Mas eu fico indignada como as pessoas conseguem ter êxito passando por cima das outras. Isso é antinatural, gente! No meu mundo, pessoas boas recebem coisas boas como prêmios. Em todas as áreas da vida. Eu vivo assim. E, sinceramente, meu mundo anda tão cheio de Sean Parkers (bem mais pobres e menos talentosos, obviamente) que eu fico com medo de me abrir. Vivo desconfiada e isso não é nada bom.
As pessoas perderam seus valores. O respeito pelo outro. E, mesmo com o pé atrás, eu me estrepo, dia após dia, com gente querendo tirar proveito da minha cabeleira loura. NÃO É UMA BELA BOSTA? É, turma. É uma porra de um mundo que eu não quero que meus futuros filhos vivam porque tem muita gente estragando tudo por aí. (Precisamos de mudanças já!). Claro que tem gente digna e de boa índole, mas eu deixo para falar deles em outro texto porque eu venho perdendo a fé no ser humano. Infelizmente.
Mas a boa notícia é que continuo ainda com fé no que eu penso (mesmo que pareça ingenuidade), e por isso venho escrever esse texto para tirar o nó da garganta e alertar aos que ainda sabem ouvir: o mundo precisa de mais gentileza. E menos – muito menos! - rasteiras.
P.S.: A minha informação sobre Parker foi baseada no filme “A rede social”. Fiquei impressionada com a ganância e furação-de-olho retratada nas telas (pensei que só acontecesse isso na vida real, rs). Ô Justin Timberlake, FRANCAMENTE, você trabalhou tão bem que se te encontrasse na rua seria INCAPAZ de te dar um sorriso. E pior: você (o Sean) inventou o Napster, imagina o quanto de direito autoral que já perdi por sua causa? Bom, é isso. Cada dia a gente pega um pra carregar nossa cruz e servir de inspiração para textos bizarros. NADA PESSOAL.