23 dezembro, 2008
04 dezembro, 2008
Pelo inferno e o céu de todo dia...
04 novembro, 2008
Mulheres inteligentes e caras pra lá de babacas
(porque, às vezes, a gente fica seriamente burra?)
Toda mulher que se preza já se apaixonou por um babaca. A história é quase sempre a mesma, o final também. A gente conhece um cara, ele se mostra doce, maravilhoso e bem-resolvido. A gente – encantada – guarda a intuição no fundo da gaveta, veste o melhor decote (e o melhor sorriso) e sai linda, leve e solta para mais um capítulo cheio de frases mal-contadas, celular desligado e eventuais sumiços. Verdade seja dita: a gente sente que tem alguma coisa errada, mas acaba fazendo vista grossa. E acha que está sensível demais, exigente demais, desconfiada demais. E deixa rolar. O resultado? O cara te enrola, te pede desculpas. Depois vacila de novo e te enche de presentes. Meninas, estou escrevendo esse texto para eu mesma decorar. Imprimir. E nunca mais esquecer. A gente não pode sair por aí perdendo nosso tempo com esses babacas. Chega de desculpar tanto, de tampar o sol com a peneira. Quando um cara REALMENTE está afim de você, ele vai até o inferno por você. Essa verdade ninguém me tira. Não tem trabalho, família, futebol, amigos, crise existencial, nem celular sem bateria que façam com que ele – caso tenha educação e a mínima consideração – não tenha tempo de dizer um simples “oi”. Isso não é pedir muito, concorda? O cara não precisa dar satisfação a toda hora, te ligar várias vezes por dia, isso é chato e acaba com qualquer romance. O que eu quero dizer é que mulher precisa de carinho. Atenção. E uma sacanagem bem-dosada. Se o sujeito vive brincando de esconde-esconde, não responde lindamente suas mensagens, não te chama pra sair com os amigos dele e nem tenta te agarrar quando você diz que está com uma lingerie de matar por debaixo da roupa – minha amiga – o negócio está feio. Muito feio. Confesso que não é tarefa fácil colocar um ponto final de uma hora pra outra nessas histórias. Somos seres românticos, abduzidos pelos finais felizes dos filmes e livros. A gente sempre acha que alguma coisa vai mudar, que ele vai perceber TUDO o que está perdendo e vai aparecer com flores na porta da nossa casa. Mas a realidade é diferente. Não somos a Julia Roberts, não estamos numa comédia romântica e, na vida real, homens são simples e previsíveis. Quando eles querem uma coisa, não há nada – nem ninguém – que os impeça. Portanto, anotem aí: quando um cara está afim de você, ele vai te ligar, ele vai te procurar, ele vai te beijar, ele vai querer estar sempre com as mãos em cima de você. Não sou radical, apenas cansei de dar desculpas pra erros que não são meus. Ou são. Afinal um cara babaca sempre dá pistas de que é babaca. Só não enxerga, quem não quer.
ps: Esse texto é para todos os caras “sem noção” que encontrei ao longo da vida. Deus me ajude a nunca mais conhecer nenhum! Comentários, no link abaixo. Aqui a terapia é em grupo.
28 outubro, 2008
28 de outubro de 2005
(pode pensar o que quiser, ainda acho a reciprocidade uma das coisas mais gostosas- e divertidas - desse mundo)
Vem cá. Me dá a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora escuta. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra. Estou cansada de escrever sobre o meio ambiente, redigir manifestos contra o uso de peles de animais em casacos, falar sobre o que será a moda nas ruas. Hoje não! Uma hora eu escrevo sobre isso, sei lá. Mas deixa primeiro eu salvar a MINHA pele. Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também. Pode rir, é isso mesmo. Não vou fingir ser o que não sou. Quer me tratar bem? Amém! Se não quiser, vá com Deus, não me procure mais! Amor incondicional é muito bonito. Mas eu só tenho por mim, pela minha família. E pelos meus gatos. De resto, sou igual bicho. Me morde e eu te como. Com as minhas palavras. Que são meu maior mel. E meu melhor veneno.
25 agosto, 2008
"Tem o certo. Tem o errado. E Tem todo o resto". (Cazuza)
Essa é a minha história. Tenho sete vidas, nove tatuagens, vinte letras de música, um livro de muitas páginas, nenhum centavo no bolso e o coração na boca. Minha vida é feita de números, eu que sempre contei nos dedos. Mas gosto mesmo é das palavras. Letras. Frases. Sílabas. Nada me deixa muda, nada me faz parar. Só a rima certa, a estrofe perfeita. Ou o seu olhar.
(Existe esta vida mesmo ou te inventei pra me distrair?)
"Somos gente: dura tarefa. Com sorte, aqui e ali a ternura faz parte" (Lya Luft)
Beijos para todos e uma deliciosa semana!
21 agosto, 2008
MAIS UMA COROA PARA A MINHA E-TERNA RAINHA
Difícil escrever sobre a minha mãe. A famosa Gui, dona dos olhos mais verdes e do sorriso mais bonito desse mundo. Desculpe-me, mas está pra nascer mulher igual nesse século. Porque Guilhermina é Mulher com Eme maíuculo. Eme de Mãe. Eme de Maravilha. Eme de Mágica. (E bota mágica nisso!) Uma super-heroína? Não, nem tanto. Gui gosta do que é imoral, ilegal ou engorda (embora seja a pessoa mais correta que eu conheça). Na verdade, ela é mulher no ponto certo. Pronta pra encantar. Pronta pra acalmar. Pronta pra botar pra quebrar. Está sempre com os braços abertos, o café na mesa, a alegria na cara. Embora quase-perfeita, ela tem aquela simplicidade que nega: "que bobagem, eu não sou nada disso". E eu escuto ela falar e fico quieta, pensando: ah, se Vinicius de Moraes te conhecesse, mãe! Se ele lesse a poesia que eu vejo em seus olhos... Ah, "se todos fossem no mundo iguais a você".
Gui é isso aí, quem conhece, sabe. Ela é música. Arte. Colo. Abraço apertado. E Salto alto. Libriana de carterinha, ela nasceu pra fazer festa. Com suas caras, bocas e trejeitos, ela é referência. Ponto de apoio. Equilíbrio e panos-quentes. A verdade é que ninguém sabe SER como Guilhermina é. Inteira. Completa. Dona de múltiplos talentos e carinhos fabricados por ela mesma. Precisa de inspiração? Olhe um segundo para ela. Mas antes, prepare-se! Guilhermina vicia e só faz bem. Depois de conhecê-la, você vai sempre se lembrar: taí uma mulher que sabe das coisas. E ela sabe! Sabe por sentir, mesmo antes de pensar. Minha Corutjicha (como eu a apelidei há tempos atrás) tem o sexto sentido aguçado. Descobre minhas vontades, decifra meus humores, faz o impossível para me ver feliz. E eu SOU! Devo minha melhor parte a ela, que me ensinou a viver de um jeito apaixonado e cheio de virtudes. Ela me mostrou que existem - sim! - alminhas bonitas no mundo que valem nossas dores, cores e (tantos) amores. Com ela aprendi a andar com minhas próprias pernas, aprendi a acreditar, aprendi a amar e a receber, aprendi a afirmar: amanhã será bem melhor, SARAVÁ!!
Gui é assim: poesia que não pára. Tons. Pausas. Letras. E uma leve tristeza disfarçada.
Gui é minha melhor frase. Meu melhor verso. Minha canção perfeita. Minha lua. Minha mais divina luz. Minha inspiração. Refrão e desabafo.
Passo dias pensando: o que fazer para deixá-la um pouco (ou um tanto) mais feliz? Foi aí que descobri. Sendo feliz, primeiramente. Acho lindo e simples isso. Ao contrário do que possa parecer, não é egoísmo. O amor se recicla e nunca é desperdiçado. A gente vê o outro feliz e - instantaneamente - fica feliz também. Já sentiu? É PERFEITO! Por isso, devo confessar: o que me faz acordar todos os dias com um sorriso estampado na cara é saber que posso fazer minha Guizola sorrir. (E - porque não? - ás vezes, também, chorar). Cada conquista, cada emoção (pequena, média ou grande) é um presente meu pra ela. Um agradecimento (lá do fundo do coração) pela sorte de ter o maior de todos os presentes já ganhos: A PRESENÇA DELA EM MINHA VIDA!
Por ela, eu desafio a mim mesma. Por ela, eu me atrevo a ser melhor. Por ela, eu ouso acreditar que músicas serão gravadas, livros sairão do papel e gatos subirão - satisfeitos - em telhados da casa de vidro.
Por ela, EU SOU.
E sei que pouca coisa importa tanto quando as muidezas de uma vida com ela. O arroz doce quentinho. O purê de batata. A risada infinita. O abraço grudado. Aquele brilho no olhar que é um pouco de céu. Quando chego na casa de Dona Gui - minha rainha a quem devo minha coroa e todo meu amor - ela responde do interfone com a voz mais doce do mundo: "Oi,minha Pimpolitcha!!!". Nessas horas, eu fecho os olhos e agradeço (porque ela também me ensinou a agradecer pela vida): OBRIGADA PELA MELHOR MÃE DO MUNDO SER A MINHA!
(Corujitcha, sorte nossa que entendemos o encanto de amar e se doar como ponto alto da vida. Obrigada por me ensinar a SER. Obrigada por vibrar comigo. Obrigada por me fazer seguir em frente. Obrigada por me ensinar a dar valor a todas as pequeninices da vida. Elas fazem realmente a diferença).
19 agosto, 2008
ps: esse texto é para meus amores de verdade. que me me escutam, me puxam a orelha, me contam que a viagem foi um fiasco, que mostram quem são de verdade por dentro... feliz que tenho vocês! (mel, meu doce, thank´s!!)
15 agosto, 2008
FOLHINHA DE ABACATE NINGUÉM ME COMBATE!
Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece. O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona o fax. Verdade seja dita: entender, eu entendo. Mas não faz diferença, os dias passam rápido, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor. (Têm coisas que não precisam ser explicadas. Pelo menos para mim). Tenho um coração maior do que eu, nunca sei a minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada).
Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de Jornal Nacional, de lagartixa branca, de maionese vencida, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim. Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos dormem e acordam, nunca sei a hora certa. Mas uma coisa eu digo: eu não páro. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre questiono se você está feliz, se eu estou bonita, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim. Não gosto de meias-palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio. Aprendi que palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força. E força não há de faltar porque – aqui dentro – eu carrego o meu mundo. Sou menina levada, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz? Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Todo dia é dia de ser criança e criança não liga pra preço, pra laço de fita e cartão com relevo. Criança gosta mesmo é de beijo, abraço e surpresa!
(E eu – como boa criança que sou – quero mais é rasgar o pacote!)
AMOR TAMANHO ÚNICO!
Hoje eu vou dar o braço a torcer. Sem ais nem uis. Mas com um sorriso gigante estampado na cara. É assim. Às vezes a vida nos prega peças inesperadas. E o que é melhor: nos mostra um jeito novo de caminhar. (Ou um caminho diferente a seguir). A verdade, pouca gente sabe. Há anos moro sozinha. Com dois gatos. Uma coleção de amores perdidos. E um coração fincado na porta. Sempre fui dona do meu próprio nariz. Do meu espaço. Do meu dinheirinho que nunca sobra. Da minha liberdade, do meu jeito apressado de fazer tudo sozinha. Não tenho hora pra nada, minha bagunça tem seu lugar, sou meio cabeça-dura, ainda tomo sorvete no pote. E minto. Digo que malhei, que comi direito, que dormi 8 horas, que eu me viro, que não precisa se preocupar, que aquela dorzinha passou, que está tudo bem, obrigada! Mas tem horas que não dá. Cansa fazer tudo sozinha. Cansa não ter ninguém ao seu lado. Cansa não dividir. Cansa não poder dizer: aqui, pega pra mim? Cansa fazer tudo e tentar ser tudo ao mesmo tempo. É, não é fácil não. Dá um puta trabalho DAR CONTA DA GENTE. Mas sou atrevida por natureza e adepta da frase de Nietzsche: "Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia". Ai, Nietzsche você sempre soube! É isso mesmo. Eu odeio e assino embaixo. E odeio com todas as forças, com todas as letras, em capslock, de trás para frente, em inglês ou latim. EU ODEIO. Sou uma ótima companhia para mim mesmo, adoro ficar sozinha, lendo, escrevendo ou fazendo o meu nada. Prefiro me afundar em mim a ter que ouvir gente falando merda ou contando vantagem. (Desculpe a coleção de palavrões hoje, mas estou superlativa e palavrinhas não me bastam). Bom, mas deixa eu não me perder. Todo esse blablablá só pra dizer o seguinte: EU DEI A CHAVE DA MINHA CASA PRA ELE. Vocês ouviram? Eu, Fernanda, brasileira, nascida em Belo Horizonte e filha de dona Guilhermina e seu Márcio... Eu, bicho-grilo, espaçosa e anti-social... Eu, quase louca, seguidora de Lou Salomé...EU DEI A CHAVE DA PORTA DA MINHA CASA PRA ELE. Eu, logo EU! De repente me vi olhando pra aqueles olhos lindos e falei: TOMA, É SUA. Pega, entra e não vai embora. E ele entrou. Na minha vida. Na minha casa. No meu único armário que virou NOSSO. Confesso que não foi fácil. Mas admito que estou conhecendo (num gerúndio de amor sem fim) essa coisa maluca de gostar de verdade. É. De dormir e acordar todo dia. De escovar os dentes na mesma hora. De conhecer família, manias, amigos e piores defeitos. Não, não tinha como dizer não. Ele é tão doce, o coração dele é tão grande e o jeito dele é tão determinado que eu fico feliz em sentir o perfume dele grudado nas roupas que ele esquece, largadas pelo chão. (Alguém imaginava que um dia isso fosse acontecer?). A gente é tão igual e ao mesmo tempo tão diferente e eu não tenho mais 20 anos e eu sei, eu sei, eu sei... Nem tudo é um mar de rosas. Temos dias difíceis, relógios biológicos diferentes, ritmos que às vezes se chocam. Eu, com minha tpm, meus livros e meu jeito-gato. Ele com seu ciúme camuflado, seus mil programas e seu jeito de abraçar o mundo. Mas quer saber? Eu olho pra ele e fico pensando sozinha: será que alguém nesse mundo faria o que ele faz por mim? Porque ele me escuta, me aguenta, me mima, me inspira, me faz sentir a mulher mais linda e especial do mundo. E eu acredito nele, acredito em mim e acho o amor a coisa mais egoísta que existe. A gente ama o outro por tudo aquilo o que ele nos faz sentir. (E ser). É, pessoal. Por ele, esvaziei minhas gavetas, meu armário e meu coração. Pra reciclar energias. Pra ele entrar, ocupar o espaço em branco. E ficar. Não importa se a gente vai se casar em Pipeline, se vamos nos matar daqui a um ano ou se o mundo vai acabar amanhã. Nada interessa. (Embora eu espere que tudo o que eu sinto dure pra sempre). Estou agora - escrevendo no teclado novo que ele comprou - com coração nos olhos e um sorriso grudado na boca. Para mim, a melhor hora do dia é ver a chave girar e o sorriso dele entrar porta adentro. Nesse momento, o tempo pára e não há nada que me faça sentir como eu me sinto. "Torna-te quem tu és", disse o filósofo. E EU SOU. (Por nós).
PS: Feliz dia dos namorados para todos!
Esqueça o trânsito caótico, a urucubaca política, o tal balancete no final do ano. Deixe de lado a cobrança interna, a dívida externa, a tão eterna dúvida. Viver é assim. Não há como negar. Para ficar ligado é preciso saber desligar. Fácil? Nem tanto. Descobrir qual é o seu tempo é tarefa nobre: exige um grande conhecimento sobre si mesmo. Portanto, esqueça o relógio. Seu tempo está dentro de você. Chega de viver com a ansiedade no colo e o celular na mão. Não deixe a agenda ocupar ? sem querer - o lugar do coração. Respeite sua hora. Desacelere. TURN OFF. Mais do que correr, é preciso saber parar. Não adianta viver no piloto-automático e deixar de sorrir. Nem tirar folga e levar uma enorme culpa dentro da mala. O mundo lá fora exige produtividade e imediatismo. Aqui dentro, corpo e alma pedem menos, muito menos. Como fazer, então, para conciliar tempos tão diferentes? A resposta não está em livros. Mas dentro de cada um. Quer tentar? Respire fundo. Desencane. Perca seu tempo com você!É uma responsabilidade enorme desconectar-se, eu sei. Mas vida ao vivo é pra quem tem coragem. Coragem de arriscar. Cuidado em saber a hora certa de parar. Difícil? Pode ser. É um exercício diário que exige confiança e um amor incondicional por tudo o que somos e acreditamos. Uma aceitação suave dos próprios defeitos, um rir de si mesmo, um desaprender contínuo, um aprender sem fim sobre o que queremos da vida. Não importa se tudo parecer errado e o mundo virar a cara para você. Esqueça. Se esqueça. Hora de se perdoar. RENASÇA. Eu sei pouca coisa da vida, mas uma frase eu sigo à risca: é preciso respeitar o próprio tempo. E eu respeito! Acredito no que diz o silêncio na hora em que a mente cala. E meu silêncio - que não é mudo e também escreve - dita com voz desafiante: confie em si mesma. Quebre a rigidez. Ouse. Brinque. Viva com mais leveza. E - por favor - desligue-se. Só assim você vai transformar vida em letra e letra em vida. E ter coragem e fôlego pra ser VOCÊ, no momento em que o mundo te atropelar sem licença e disser: CHEGOU A HORA!
BATALHA INTERNA: FICAR CONTRA VOCÊ, PRA QUÊ?
Ah, não sei não. Não é do meu destino ser moderada. Não está em mim, não entendo. Tomo cinco gotas de floral três vezes ao dia. Escuto músicas com sons de chuva. Tenho frases "zen" espalhadas pela casa. Procuro meditar. Adoro final de semana no mato. Ando descalça. Invento letras pra espantar mau-olhado. Mas quer saber? Tudo com o que eu me importo, ME IMPORTA MUITO. Me suga, me leva, me atrai, se funde com tudo o que sou e me consome. Toda. Por inteiro. Sorte minha me doar tanto - e com tal intensidade - e ainda sair viva dessa vida.
Li por aí que homens têm de ser DIRIGIDOS e mulheres têm de ser CONTROLADAS. Alguém já ouviu falar isso? Foi o autor Castaneda que escreveu. É, pessoal. Há muita verdade escondida ali, naquela simples frase maluca: homens precisam de direção e nós, mulheres, apenas de controle. CONTROLE SOBRE NÓS MESMAS, devo dizer. Porque direção - por mais que a gente negue e afirme estar perdida - a gente tem. Mulher nasceu com um sexto sentido aguçado e nosso "não-saber" é mais sábio que a própria razão. Duvida? Devo admitir que às vezes também duvido. De mim. Moro no lado ocidental do planeta, mas nasci amiga da lua. E me vejo por horas na rua, procurando explicações plausíveis pra tudo. Uma contradição? Pode ser. Mas uma coisa eu aprendi no susto. A gente tem um poder - dentro da gente -que não tem tamanho. E pra mim, canceriana e exagerada, esse é um desafio que me faz ficar cara-a-cara com quem pode, às vezes, se tornar a minha pior inimiga: eu mesma. Nunca me disseram que a maior batalha acontece aqui, bem dentro da gente. (Ou já me disseram e eu não entendi direito: frases só fazem sentido quando estamos prontas pra ouvi-las).
Por isso, hoje, com toda a minha birutice e uma vontade de aprender que não acaba, eu pego minhas fraquezas. Deixo-as enfileiradas. E as estudo como se minha vida dependesse disso. É. Com o auto-controle nas mãos, um propósito debaixo do braço e nossos inimigos internos dormindo, podemos - quem sabe? - nos tornar guerreiros impecáveis. Ou - se não - apenas sorrir mais. O que pra mim já vale a luta. Ou uma vida inteira.
p.s: Este texto é dedicado a Castaneda, às planícies (por onde o vento sopra) e ao Léo. Por me fazerem "ver"...
AS MULHERES E A MÚSICA DO CASAMENTO
(O que é mais difícil: achar a música da sua vida ou o homem certo?)
Entrei na era do confessionário. Virou mania minha catalogar manias. Essas coisas engraçadas (e às vezes assustadoras) que toda mulher faz. Que eu faço. Pelo menos uma vez na vida. Não importa. Atire a primeira pedra quem nunca pensou: "ah, essa é a música do meu casamento". Antigamente, as mulheres se reuniam em volta da vitrola e ouviam emocionadasa tal marcha nupcial (e composições do gênero) e imaginavam-se lindas, plenas e luxuosas em direção ao altar. Hoje muita coisa mudou. Os desejos ficaram clandestinos. Fingimos não maispensar na "música do casamento", mas sonhamos sozinhas com nossos Ipodspela rua, achando que "Thank you" do Led Zepelin poderia ser (porque não?) a trilha sonora perfeita para o SIM. (Ou seria "Todo amor que houver nessa vida" do Cazuza?). É a mais pura verdade. A marcha nupcial é um clássico. Mas o nosso humor foge de qualquer definição. Um dia queremos casar na praia. Outro, na fazenda. Talvez - quem sabe?- numa rave. Em Las Vegas. Ou na rua Álvares Cabral, de calça jeans e All Star. Trocamos de sonho, mudamos de namorado e de faixa etária e, acumulamos, através dos tempos, uma quantidades de músicas que dariam uma coleção de CDs. (Será que alguém já pensou nisso?) Somos mulheres independentes, inteligentes e fofas, pagamos nossos impostos, já tomamos algum remédio de tarja-preta na vida, temos uma ou outra infração detrânsito, quase não desejamos mal. Temos a tecnologia ao nosso lado, passamos esfoliantes com microesferas, não casamos virgens, reivindicamos nossos direitos(seja lá quais forem), e, quer saber? CONTINUAMOS AS MESMAS DE SEMPRE. Colecionamos músicas de casamento e nomes dos nossos futuros filhos, acreditamos em amores eternos (quando não estamos desiludidas) e nos emocionamos quando nossas amigas escolhem seus vestidos de noiva. Somos românticas (e bregas) até que a realidade se instale. Talvez essa seja a maior verdade. Porque casar não é brincadeira. Vida a dois é uma montanha-russa. Quem não se segura, não chega vivo. Parece que o famoso"até que a morte nos separe" saiu de fininho e deu lugar à outra coisa: "Até que a vontade nos separe". Será essa a nova frase antes do beijo? Bom, se casar não é fácil, então, porque AINDA continuamos com as mesmas manias esquisitas de colecionar nomes de filhos, fotos de vestidos,músicas e sonhos? Porque acreditamos! Sem esperança e amor a vida não teria graça. Sem humor, muito menos. Por isso, quando aquela tia ou parente distante chegar de mansinho e perguntar (antes mesmo de dizer Olá): "E aí, casou?" Responda, sem muita cerimônia: NÃO, EU AINDA NÃO ENCONTREI A MÚSICA CERTA.
Obs: para quem já encontrou a música perfeita ou o amor de sua vida (ou teve a sorte de encontrar os dois), um lembrete: agradeça ao universo por essa benção e lembre-se sempre de levar paciência e determinação à tiracolo (o amor é lindo, mas não é fácil, não)! Para quem ainda não achou a canção ideal (ou alguém real para dividir a vida), uma sugestão de quem resolveu se arriscar: quem sabe não está na hora de escutar aqueles cds antigos ou - talvez - se aventurar num novo estilo, bem diferente do seu?
NA VIDA, MEU BEM, SÓ É FELIZ QUEM NÃO TEM MEDO!
Uma boa semana para todos! E muito amor e música boa!
Daqui até o que eu chamo de felicidade há um longo (e demorado) caminho. Que passa por um moletom velho, uma janela clara, ruas compridas e escuras, sinais vermelhos, um barulho infernal, uma avenida sozinha, uma esquina em silêncio, uma marquise que chora, um rádio de pilha estragado, um porteiro confuso, oito lances de escada, o coração batendo afobado e a plaqueta em cima da porta: 802.
(posso entrar?)
(ou: a teoria das minhas borboletas)
Vá.
Fale mal do mundo enquanto eu faço versos.
Investigue a vida alheia. Faça calúnias.
Invente histórias em que você não está.
Vá!
Mas vá logo!
O que te espera de si? Flores, perdão...
Ou um sentimento barato pra se enfeitar?
Vá.
Fale mal de mim enquanto eu faço versos.
Queixe-se da vida. Culpe o outro. Beba algum veneno forte.
Engula uma verdade sem rir. Insulte alguém feliz.
Meu coração tão leve - daqui - te sente:
Tanta falta de amor por si mesmo, porquê?
Como te escreves se nem sabes servir?
Queria te dizer, me desculpa a audácia
Do mundo, a gente pouco leva:O que viu ali.
O que sentiu.O que leu...
O que fez por alguém e por si mesmo.
O que foi, quase por engano.
Da vida, meu amigo, a gente só leva o coração.
E o meu é poesia. Música.
E uma leve descrença no ser humano que eu não posso evitar.
E o seu?(...)
Vá!CUIDE-SE.
Mas cuide DE SUA VIDA.
Sempre é tempo de mudar e se fazer feliz.
(FERNANDA MELLO - Mil maneiras educadas de mandar alguém à merda)
"Sou apenas o meu tipo inesquecível apesar de, ás vezes, me achar uma porcaria".
(Elis Regina)
Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é.
CARTA PARA UMA AMIGA
Querida,
Como vai a vida? Por aqui, nada no mesmo. Tudo acontece. Gosto da segurança, mas prefiro dizer não ao tédio. Difícil conciliar. Difícil conciliar lados meus tão opostos, eu que nunca fui certa. Certezas são tão preciosas e ao mesmo tempo tão mornas, não sei se você me entende. Por isso alterno. Me alterno. Por isso choro, escrevo, invento. Vivo cá, vivo lá. Li um livro inteiro de Física Quântica, você consegue ver o universo como fórmula? Elétrons, matéria, tudo saindo e indo para um mesmo lugar? Complicado. Ou pode parecer simples, não sei. Eu quero entender o mundo, mas só consigo amar. Penso que se entendesse um pouco de mim eu perceberia mais os porquês e sofreria menos por nada. Mas eu continuo sentindo muito, intensamente, dolorosamente e sem fim. Quando dói, dói muito. Corta, rasga, machuca e sangra. Quando fico feliz, o mundo me engole, cada centímetro de pele vira universo, luz e energia. Vibra! É uma felicidade plena, uma alegria inteira, você consegue sentir meu coração daí? Então sinta! Pegue meu coração nas mãos e veja o mundo pulsar dentro dele. Ah, minha amiga, esse coração me engole! Engole minhas palavras, meu desejo, me alimenta. Uma bateria de mil volts, esse é o meu sentir. Existe uma frase linda da Adélia Prado que diz: "uma noite estrelada vale a dor do mundo". Ah, leio esta frase e fico submersa. Tanta coisa vale a dor do mundo. Tanta coisa vale a dor do meu mundo. Você vale a dor do mundo. Nossos amigos, família, os amores que temos e tivemos. Nossas tardes na praia. Ah, como eu iria esquecer? A nossa Maitê vale a dor do mundo. A Cá vale a dor do mundo. Imagine você que outro dia ela me entendeu com um único olhar e choramos juntas em silêncio porque comunhões valem as dores que deixamos de ter. Coisa mais linda isso. Como eu viveria se não tivesse vocês? Quantas bocas, gostos, cheiros, frases, peles, abraços me valem e sempre me valerão as dores desses e de tantos outros mundos? Desculpe, minha querida. Eu não sou linear. Eu não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, não existe começo nem fim em mim. Eu existo. Não sou produto, sou só coração. Vivo em um meio que me parece eterno. Um meio que me faz escrever, ser e mudar a cada dia. Se eu eu começasse a escrever minha vida, seria assim: ... Percebe? Eu sei que sim. Eu sou reticências. Sou 3 pontinhos. Sou o não-dito. Sou emoção e desejo. Palavras são o meu antídoto. Anti-monotonia, anti mau-humor, anti todo o amor que não há. Por isso hoje, especialmente hoje, em que nada de especial acontece e tudo ao mesmo tempo respira, eu te digo: obrigada por se lembrar de mim do outro lado do mundo. Você está em mim e eu em você. Porque a física ensinou, meu coração confirmou. Eu tirei zero em física, o coração está em eterna recuperação. Mas a vida? A vida, eu não sei. A vida, eu aceito. Aceito viver sem entender. Assim como aceito minha falta de jeito, minha eterna saudade e essa vontade de ser tantas e tanto e ter apenas um coração.
AMOR - 4 SÉRIES X 8
SPICE GIRL
(porque nós, mulheres, fazemos coisas insensatas e acreditamos em sinais, homens e propagandas de shampoo)
(É, mulher é um bicho esquisito. Quando a gente cisma - seja com uma blusa, um namorado ou um ritual - fazemos coisas que até Deus duvida.)
TEM-QUE-IR
(ou em outras palavras: porque todo mundo se diverte tanto e se sente tão vazio)
Ainda bem. O ano começou. Vamos viver, acabaram-se os meses do TEM-QUE-IR. Você tem que ir para a praia no reveillon, você tem que ir para a casa de campo no meio do mês, você tem que ir para o "paraíso tropical" no final de semana, não interessam os mosquitos, a falta de grana, você TEM-QUE-IR. Está combinado. Malas prontas, repelente na mão, vá! Você tem que ir para o show do Rolling Stones, você tem que ver de perto o U2, você tem que se acabar ao som do Fatboy, você tem que ir naquela rave sensacional que começa às 6 da manhã, você tem que estar naquela festa chiquérrima com champagne e gente que não sorri. Sinto informar. Mas você TEM-QUE-IR. Não se sabe se o Bono Vox voltará ao Brasil, não se sabe se o Mick Jagger estará na "Satisfaction" daqui há alguns anos, não se sabe se a champagne do mundo acabará de repente, nem tão pouco sabemos se estaremos aqui. Então, calcule seu tempo. Você não tem escolha. Sua única obrigação é ir, se divertir, ser feliz, custe o que custar. Não tem essa de preguiça, falta de espaço, falta de vontade, trabalho, ressaca e um vazio que volta junto com a pilha de roupa suja. Todo mundo vai. Então, você TEM-QUE-IR. E tem mais: você TEM-QUE-GOSTAR. Pague 500 reais por um convite, enxergue a banda pelo telão, cante o único refrão que você sabe de cor e volte com aquela decepção inconfessável no peito. Não, você não teve decepção alguma. Você A-D-O-R-O-U! Tudo bem que agora você está no vermelho, você quase entrou numa briga, perdeu sua afilhada no meio da multidão e na música que você mais gostava um psicopata vomitou em cima do seu pé. Mas quem importa? Seu amigo amou, a mídia amou, o mundo amou. Então você também amou. Ou será que você tem algum problema? E o TEM-QUE-IR não pára, a diversão te chama. A mala fica pronta debaixo da cama, a pele descasca mas você não perde a cor. Afinal, é carnaval. E você TEM-QUE-IR. Você tem que sambar, tem que beber, tem que perder o juízo, tem que se jogar, tem que beijar, tem obrigação de ser feliz durante 4 dias e 4 noites para contar timtim por timtim quando a festa acabar. Acabou? Ainda não. 4 dias tornam-se 8. Você tem que saber o que é Psirico, cantar de cor um funk que rima cuscuz com avestruz, pagar micos homéricos, ver a Carla Perez de entrevistadora e cair na avenida sem parar de pular. Cansou? Ufa! (Eu cansei sem sair do lugar...). Mas chegou a tão sonhada quarta-feira de cinzas! O TEM-QUE-IR deu um tempo (pelo menos por enquanto), haja saúde, dinheiro, paciência e dor na consciência de TEM-QUE-IR tanto, sem TER-QUE-SER nada. Se a diversão virar obrigação, vai chegar um dia em que a gente vai achar que felicidade é IR e não SER. E vai ter certeza que viver se resume ao próximo final de semana, ao próximo feriado, ao próximo show, à próxima viagem. (Vazio, não?) Eu não quero isso. Também não quero ser moralista. Muito pelo contrário. Vejo pessoas nesse ir-e-vir e o que enxergo é muito cansaço por pouco sorriso. Diversão não é sinônimo de felicidade. Mas pode ser. Basta se encontrar antes de sair. Aí não é preciso pular de galho em galho, de festa em festa, qualquer lugar é lugar, sua identidade (e seus desejos) já valem o ingresso. É a garantia de um "Beautiful Day", ao vivo, dentro de você.
AMOR NA ERA DIGITAL: VOCÊ TEM GOSTO DE QUÊ?
(Sorte nossa que a tecnologia ainda não conseguiu plugar nosso coração).
QUAL É SEU TIPO?
"Emacipe yourself from mental slavery none but ourselves can free our minds"
(Bob Marley)
SOFRER POR AMOR: LUXO OU LIXO?
MANIFESTO: QUERO MEU LADO MULHERZINHA DE VOLTA!
(ou em outras palavras: até que ponto a gente sabe administrar o rebolado?)
Primeiramente devo dizer: a culpa não é de ninguém. Não me atirem pedras nem queimem meus sutiãs, que me são tão raros, caros e meus. Ando pensando muito sobre a questão ying/yang na sociedade e dentro de nós (minha monografia foi sobre a revolução feminina e a repercussão na publicidade atual) e o que eu vejo não são mulheres independentes e felizes com seus novos papéis, nem homens satisfeitos com um ter-que-ser que não combina com seus antigos moldes. O que enxergo são homens e mulheres perdidos e insatisfeitos, loucos por colo e amor, loucos por si só e loucos de saudade. Sim, loucos de saudade. Eu quero ser mulher de novo, estou cansada de virar homem tantas vezes por dia, tendo que resolver a vida e o mundo. Tenho que trabalhar, pagar contas, impostos, saber tudo sobre contabilidade, escrever, recitar Vinicius, ter uma bunda dura, um cabelo macio, quinhentos e cinqüenta e cinco cheiros gostosos pelo corpo, pés e mãos bem-feitos, saber o que está passando no cinema, ler de Sartre a Vogue, ajudar família, amigos, colocar os quadros novos na parede, responder e-mails, saber se o chassi do carro foi adulterado (!?) e estar linda e com a pele fresca quando aquela pessoa que você joga charme há meses te chamar pra sair. Ok, você toma banho em segundos, reclama com sua mãe pelo telefone enquanto decide o que vestir (a eterna dúvida do primeiro encontro) e tenta se focalizar em ser mulher. Apenas mulher. (Mesmo que tenha um bilhete em cima da mesa dizendo para entrar em contato com o contador com a máxima urgência). Máxima urgência? E o interfone toca e você está com duas blusas na mão, nenhum sapato no pé e uma interrogação bem no meio da maquiagem. O espelho não mente: você está ligeiramente linda, confusa e cansada. Mas pega a bolsa e vai... (Afinal, arriscar é viver!). No elevador você pensa, enquanto dá o ar da graça com o eterno blush (amigo de todos os posts e horas): o mundo está invertido ou será que sou eu? E você não encontra respostas mas encontra o cara. Parado. Mudo. Com um olhar bonito e alguma expressão que você não entende. Aí te vem a mesma imagem de minutos atrás: olha o ponto de interrogação bem no meio da cara dele... O cara não sabe o que fazer. Não sabe se abre a porta do carro, se escolhe o restaurante, se te beija, se te come ou manda embrulhar, se leva flores no dia seguinte, se conversa sobre poesia, sobre filhos ou musculação, tudo porque está na dúvida se você vai achar lindo ou vai rir na cara dele. Tudo porque ele está perdido, mas... Caramba! Você também está. Não sabe se ele tem a mente aberta igual aparenta ou se é mais careta que seu pai. E ninguém se percebe. O cara te acha inteligente, gostosa, divertida e acha que você é moderna demais pra gostar de uma mensagem fofa no dia seguinte. Meninos, é mentira. A gente gosta. Tem gente que pode não gostar, mas eu gosto. Vivemos num momento de transição e conflitos, fica difícil entender. Nada mais normal. Eu, por exemplo, trabalho, tenho minha casa, sou forte por acaso mas tenho meu lado mulherzinha que não me deixa. Sou emotiva, sensível, choro à toa, rodo a baiana, mas espero o telefone tocar, tenho meus nhem-nhem-nhens e estou cansada. Cansada de ser racional. Cansada de tomar iniciativa, cansada de ser homem em cima do salto 15. Por isso, em nome do meu equilíbrio, da falsa modernidade e dessa bagunça que virou um simples abrir ou fechar de portas, eu me atrevo a dizer: toda mulher tem seu lado mulherzinha. Rapazes, sejam fortes e persistentes! Nós somos complicadas mas contamos com vocês!
SUA VIDA: A MAIOR INVENÇÃO DE VOCÊ!
"Quando não há nada que detenha você, as coisas começam a acontecer".
(Martha Medeiros)
FÊ:LIZ!
Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo, ACEITAR É SER FELIZ.
EU QUERO SER ANGELINA
(ou em outras palavras: quando é que as pessoas vão parar de se meter na vida da gente?)
DECLARAÇÕES: JURAS E JUROS
MULHER DE FRASES
Não sei quanto a vocês, mas amor pra mim ter que ter cheiro. Gosto. E FRASES. Não adianta dizer que um olhar vale mil palavras, que o silêncio diz tudo. Não, não e não. Eu quero sentir, tocar, cheirar, provar, morder e OUVIR. LER. Então, por favor, DIGA. Qualquer coisa que seja, qualquer frase, qualquer palavra perdida, FALE. Ou ESCREVA. Mas por favor, ETERNIZE. Palavras foram criadas para fotografar o coração. Então por favor, não poupe o mundo da sua essência. Click. Palavras são simples. Precisas. Lindas em sua pureza de ser dita. Ben(m) dita! Não precisa fazer pose. Deixe acontecer. Se a garganta der nó e a sílaba não sair, ESCREVA. Caneta e lápis na mão, SEJA. Mostre-se. Eu não me apaixono por pessoas. Eu me apaixono por frases. Me alimento de palavras. Verdades, incertezas, medos, doçuras e pequenas mentiras. Não importa. Eu quero provar seus verbos. Seus sujeitos. Seus objetos. Eu quero te ler. Te sublinhar. Te copiar. Te re-ler. Então, por favor, escreva-se. Inscreva-se. Eu quero te pregar num post-it pra nunca mais te esquecer. Quer saber? O que me encanta no mundo são letras, vogais, combinações inexatas entre o que quer dizer e o que se diz. Não precisa dizer bonito. Muito menos escrever bonito. Palavra vira poesia quando dita com a alma. Por isso, solte-se. Rabisque-se. Eu não vou analisar suas palavras. Eu vou apenas senti-las... Sentir você em cada letra escrita, em cada ponto, em cada frase desenhada. Por isso, permita-me. Eu não quero gramática, dicionário, frases de efeito, plágios descarados pra preencher vazio. Eu quero você. Você e suas palavras. Você e sua letra torta. Em qualquer frase, qualquer rima, qualquer asterisco no pé da página. Mas que seja você. Que brote do silêncio da sua alma bonita e se transforme em letras: palavras para eternizar a poesia que é seu coração!
P.S: Eu sou mulher de frases. Ainda bem que você tem palavra.
I DON´T WANT MUCH BABY. I WANT MORE.
Eu quero e preciso.
Querer mais é pedir muito?
Te espero.
Você cozinha. Eu escrevo.
A ins-piração é por conta da casa.
"ME CANSEI DE LERO-LERO DÁ LICENÇA MAIS EU VOU SAIR DO SÉRIO EU QUERO MAIS SAÚDE!!!!" (Rita Lee)
A vida não está fácil. Nem para mim, nem para você, nem para ninguém. Só que hoje eu tirei o dia para agradecer. Mesmo com contas para pagar e dúvidas sobre o futuro. Eu quero colo, eu quero um amor pra ocupar o lugar, eu quero um beijo. Meu computador não funciona, o furacão katrina pegou o mundo de surpresa, as respostas não estão onde eu procuro. Eu quero paz, quero solidariedade, quero um pouco mais de respeito e quero escrever sem chorar. Eu quero tanto e preciso de tão pouco. Por isso, eu peço: alguém aí coloca um pouco de vergonha na minha cara? Porque viver é ser. E eu sou, meu Deus do céu, eu sou. Meio desajeitada, meio apressada, meio abusada, mas sou. E tenho saúde, eu tenho S-A-Ú-D-E!!! Alguém aí está me ouvindo? Me desculpa por reclamar da luz que queimou, dos vendedores de telemarketing, das pessoas que falam em gerúndio, do meu orgulho ferido que não sara, das minhas angústias. Eu não ligo. Eu não estou nem aí para coisas pequenas, emails forjados, cheque-especial e frases mal-feitas. Eu não estou nem aí para tudo o que possa ser consertado. Para tudo o que tem solução. Eu tenho saúde e saúde a gente não compra. Não se compra saúde no Submarino, em lojas de 1,99, não se compra saúde na Daslu. Não, gente, saúde a gente tem, a gente conserva, a gente cuida, mas às vezes... sei lá, a gente perde. Estou triste porque o mundo lá fora está doente. Uma amiga querida está com o pai e a mãe muito doentes e eu me sinto impotente. Fazer o quê? O que eu posso fazer para diminuir a dor dessa pessoa que há mais de quinze anos só me traz alegria? O que eu posso fazer pra ver os olhos dela sorrirem de novo? Alguém me responde? Ter fé. Rezar. Ficar ao lado dela, já que o pai não tem muito tempo por aqui. Eu sei que situações como essa não são boas de se comentar, mas é um alerta. Para todos nós. Para todos nós que temos saúde ou que temos cura e podemos viver, ser e ajudar. Ajudar o outro, dar a mão, segurar a lanterna. Vamos viver cada minuto, vamos amar cada segundo, vamos nos preocupar com o que realmente importa. Vamos seguir aqueles conselhos que ouvimos desde crianças e não damos bola: cuide do seu corpo, cuide de sua alma, alimente seu espírito, se apaixone perdidamente por você mesma. Assim, só assim, poderemos ser gente suficiente para agüentarmos firmes quando a vida nos pegar. De surpresa.
VAMOS COMEÇAR POR NÓS...
Isso é um convite e uma opção.
"SEMPRE É POUCO QUANDO NÃO É DEMAIS." (Arnaldo Antunes)
Post-scriptum-punk: Preferi as palavras ao Prozac.
"Nunca se sabe para onde essa vida puta e louca quer nos levar"
(Clarah Averbuck)
"Mas então por que eu finjo que acredito no que invento?"
(Legião Urbana - Acrilic on Canvas)
"Desculpem, mas devo dizer: eu quero o delírio". (Lya Luft)
(A gente tem o que precisa, não o que quer. Por isso, " Um inesquecível AGORA!") E UM FELIZ DIA NOVO! SEMPRE!!!!!